As áreas de gente e gestão, recursos humanos e recrutamento têm passado por grandes desafios nos últimos anos. E, em alguns setores, como o de tecnologia, a escassez de mão de obra e a guerra por talentos elevaram esses desafios a outro patamar.

Atrair, desenvolver, reter e, principalmente, melhorar as experiências desses colaboradores não é uma tarefa fácil e exige mudanças substanciais na forma de liderar. E, isso vai além da disputa salarial.

Ou, quando falamos em felicidade, de pufes coloridos, mesas de sinuca, day-off. Tem a ver com propósito, com pessoas, com transformação de cultura.



Mas, de fato, encontrar as pessoas certas no mercado não é mesmo simples. Porém, o caminho poderia ser simplificado, criando um marketplace de talentos. Ou seja, mapeando os talentos disponíveis em casa.

Mas, qual o melhor caminho para isso?

De acordo com uma pesquisa feita pelo Gartner, talentos continuarão sendo um dos maiores desafios da era digital e a segunda maior prioridade de negócios entre os Conselhos de Administração nos próximos dois anos.

Essas tendências marcarão o futuro do trabalho e não só servirão para aumentar os gaps, como resultarão em muitas tarefas, papéis e até carreiras redundantes.

Por outro lado, os colaboradores precisam de aprimoramento e requalificação contínua para sobreviverem e prosperarem em meio às tendências que marcarão o futuro do trabalho. Isso envolve desde o modelo híbrido até um cenário marcado pela hiperautomação e pela inteligência artificial.

Para complicar ainda mais o cenário, outra pesquisa do Gartner TalentNeuron, revela que o número total de habilidades exigido para uma única função está aumentando em 6% ano a ano. Além disso, 29% das habilidades que eram pré-requisitos em um anúncio de emprego, em 2018, não são mais necessárias hoje. Ou seja, poderíamos dizer que não está fácil para ninguém.

Mas, a questão é que sempre que uma vaga precisa ser preenchida, até por falta de conhecimento, a primeira reação que muitas empresas têm é recorrer ao mercado.

E, mesmo quando a mobilidade de profissionais surge como alternativa, quase sempre isso está associado a exportar talentos vindos de outros países. Quando, na verdade, a solução pode estar muito mais próxima do que imaginamos.

Vemos hoje um movimento muito forte dessa questão de olhar as pessoas e de ferramentas que medem o engajamento. Só que, na prática, ainda falta muita coisa a ser desenvolvida, no que diz respeito a mapear os talentos, que é onde tudo começa.

Até 2025, 20% das grandes empresas terão implantado o Talent Marketplace para otimizar a utilização e a agilidade na identificação de talentos, segundo o Gartner. Afinal, imagine o mar de possibilidades que existem em empresas com mil, dois mil, três mil colaboradores?

E a tecnologia e a governança aceleram esse processo de encontrar os talentos dentro da organização, pois ajudam nessa missão de mapear todas essas competências, criar esse banco de talentos interno, conhecendo as habilidades, os anseios e as capacidades individuais.

Isso será crucial, por exemplo, para distribuir os papéis e responsabilidades para os talentos certos e fundamentar um conceito de rede ao invés de hierarquia, desenvolvendo assim a cultura de colaboração e real valor das pessoas.

Para ilustrar na prática: às vezes queremos saber se tem um especialista sharepoint, ou alguém que conhece bem de machine learning. Ou então, temos uma vaga de matemático aberta e desconhecemos que na empresa tem um matemático extremamente competente, preparado, exercendo outra função, pronto e com muita vontade de assumir um novo desafio.

O caminho proposto pelo marketplace de talentos é muito mais interessante. Você preenche essa vaga com alguém que tem um capital intelectual, já conhece seus valores, sua cultura e de quebra alavanca a carreira e melhora a experiência desse colaborador, que poderia não estar tão feliz onde estava.

Conseguimos encontrar pessoas e talentos, nem que seja para uma consulta específica e trazer essas pessoas para a mesa de discussão.

Estamos falando de uma ampliação exponencial das oportunidades de carreira e crescimento de pessoas, ou seja, a forma de valorizar aquelas que trabalham com você.

E não é só isso, o marketplace de talentos aliado à tecnologia permite ampliar as possibilidades de diversificar competências e experiências no processo de criação e discovery, acelerando resultados para os negócios da organização.

E, ainda torna as pessoas, equipes e resultados incríveis, o objetivo final de todos nós.

A tecnologia como caminho para a criação de marketplace de talentos

 

Por Alex Salino, CEO da Cadmus e idealizador da beefor, primeira plataforma para governança e gestão de equipes ágeis do mundo, que proporciona uma experiência única de protagonismo para as pessoas.

 

 

 

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 65, “O que não podemos deixar de lado sobre o futuro do trabalho?” com Guilherme Junqueira, CEO da Gama Academy. Clique no app abaixo:

Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:

Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube