Você sabe como navegar pelos relacionamentos profissionais na era do trabalho flexível?

Mais do que se adaptar a participar de reuniões de qualquer lugar, ter a cadeira e o espaço certo para trabalhar e não precisar se locomover todos os dias até o escritório, o trabalho híbrido impactou nossos cérebros por conta da mudança no relacionamento com nossos colegas.

Apesar dos muitos benefícios do trabalho flexível, em geral, a vida profissional tornou-se mais isolada por não estarmos sempre no mesmo espaço físico de nossos colegas. Se não tomarmos cuidado, um belo dia podemos olhar para longe da tela do computador e descobrir que nosso bichinho de estimação se tornou o único ser com quem interagimos por dias.

A falta de interações pessoais faz com que o cérebro funcione de forma diferente. Especialistas dizem, por exemplo, que a carga cognitiva das constantes reuniões virtuais é extremamente desgastante – trata-se da famosa fadiga de videoconferência. Isso porque o cérebro trabalha mais para “preencher” as informações que faltam. Em uma interação feita pessoalmente, o cérebro olha para sinais não verbais, como linguagem corporal, posição do corpo e gestos das mãos.

Mas em uma chamada de vídeo, essas informações são limitadas do pescoço para cima. Contribuem para isso a falta de ter um contato olho no olho com os outros e o fato de que as pessoas tendem a se distrair com a sua própria imagem no vídeo.

Outro problema que o isolamento relativo ao trabalho virtual pode trazer é a incapacidade de ter empatia e criar conexões com os outros, já que é muito mais fácil ter empatia com as pessoas com quem estamos fisicamente ao redor.

Segundo o livro “People Styles of Work”, de Robert Bolton e Dorothy Grover Bolton, existem quatro estilos pessoais de trabalho e entender essas categorias pode nos ajudar a navegar tranquilamente pelas relações com os colegas na era do trabalho flexível.

O método usado para estabelecer esses estilos usa a capacidade de resposta no eixo vertical e a assertividade no eixo horizontal. Uma pessoa que tende a ser menos responsiva e menos assertiva seria classificada como “Analítica”. Essas seriam pessoas que se dão bem com fatos, dados e detalhes. Elas querem ter certeza de todas as partes antes de agir, o que pode fazer com que sejam vistas como cautelosas demais. Geralmente, pessoas analíticas são mais quietas e gostam de procedimentos passo a passo.

Ser mais assertivo e menos responsivo entra na categoria “Condutor”. Essas pessoas são orientadas para resultados, podem parecer exigentes e talvez falem alto e rápido.

Aqueles que são altamente assertivos e responsivos são categorizados como “Expressivos”. Eles são entusiasmados e criativos, têm a tendência de sair pela tangente e se distrair.

Por fim, ser mais responsivo e menos assertivo entra na classificação “Agradável”. Nessa categoria, as pessoas são geralmente boas em conciliar várias tarefas, tranquilas, quietas e preocupadas com os sentimentos dos outros.

A ideia por trás dessas classificações é que assimilar os estilos dos colegas ajuda a entender como abordar uma interação difícil ou explicar suas próprias opiniões. O objetivo é ser flexível ao se ajustar ao modo de trabalho de outra pessoa a partir do entendimento e ajuste do seu próprio estilo.

Que tal explorar qual categoria de trabalho você e seus colegas estão? Poucos se encaixam 100% em um só estilo, mas entender onde se está na matriz pode tornar os próximos projetos muito mais eficientes, ajudando a decidir como agir e como tornar os relacionamentos profissionais mais fáceis, independentemente de a interação ser realizada de forma presencial ou remota.

Nosso modo de trabalhar vai continuar a evoluir com novas tecnologias que irão surgir e novas habilidades que serão necessárias, mas o fator humano será sempre o centro de como uma equipe deve operar.

Ainda bem, não é?

Relacionamentos profissionais na era do trabalho flexível

Por Vanessa D’Angelo, Head de Marketing LATAM da GoTo.

 

 

 

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