O final do ano está chegando. Junto com ele, temos as tradicionais festas de fim de ano das empresas que celebram o encerramento de mais um ciclo de trabalho. Isso é algo prazeroso e importante, mas, não é o bastante.

Vou explicar o por que: Se a empresa achar que só uma festa na última semana do ano é necessária para engajar e reter os profissionais, está errada. Não basta só realizar um encontro anual, contratar a Anita para uma noite especial e daqui a 365 dias voltar a promover ações corporativas com a equipe.

Esta observação que trouxe aqui tem ganhado mais destaque nos últimos dois anos, onde até então o tema de saúde mental era tratado como um tabu tanto pelas empresas quanto pelos colaboradores.

Além disso, com a chegada da pandemia e o aumento dos casos de burnout, houve muitas mudanças no ambiente de trabalho, o que despertou a atenção sobre a necessidade de aplicar novas ações e investir na felicidade no trabalho. 

Burnout se torna doença ocupacional

Sendo assim, os encontros corporativos devem ser mais do que festivos. Os líderes precisam pensar em questões psicológicas, no cuidado das emoções e na saúde de cada colaborador, além de criar ações em que se trabalhem os valores da empresa e o reconhecimento das pessoas no dia a dia. 

Outro ponto importante é que os líderes criem um ambiente com segurança psicológica para que o funcionário se sinta à vontade para compartilhar um caso de depressão, por exemplo, sem sofrer boicotes na sua carreira ou ser julgado.

Veja mais: O que mudou nos direitos trabalhistas de quem tem Burnout?

Finalizo este texto dizendo que a felicidade corporativa vem conquistando um espaço cada vez maior, que até então não era visto. Tanto que até mesmo as produções televisivas estão abordando o assunto. Um exemplo disso é a série Greys Anatomy, que em um episódio explorou sobre como lidar com o burnout. Sem dúvidas, este era um tema raro em 2020, que se tornou mais falado em 2022 dentro das instituições. 

Os CHOs estão falando mais sobre isso dentro das empresas, que estão nos procurando cada vez mais para abordar a felicidade no ambiente de trabalho.

Isso é um reflexo claro de que o mundo mudou e não podemos ignorar essa mudança. 

Um novo olhar sobre as confraternizações

Por Renata Rivetti, especialista em felicidade corporativa e liderança positiva . É TEDx Speaker e Chief Happiness Officer. Formada em Administração pela FGV-EAESP, com Pós em Psicologia Positiva na PUC-RS, compõe o corpo docente do “MBA Felicidade Organizacional” – Happiness Business School e ISEC – Instituto Superior de Educação e Ciências em Lisboa – ministrando as aulas de “Psicologia Positiva e Ciência da Felicidade”. É diretora da Reconnect Happiness at Work, uma empresa especializada em felicidade corporativa e liderança positiva, cujo propósito é criar culturas corporativas mais saudáveis, com mais significado.

Ouça o Podcast RHPraVocê Cast, episódio 90, “Burnout como doença do trabalho: o que muda?” com Marcela Ziliotto, Head de People na Pipo Saúde e José Ricardo Amaro, Diretor de RH da Ticket. Clique no app abaixo:

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Capa: Depositphotos