Manter a saúde mental em dia após quase dois anos de pandemia é privilégio de poucos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 milhões de pessoas no mundo sofrem com problemas relacionados ao emocional, sendo o Brasil o país na América Latina com mais casos de depressão, além de ser, globalmente, o que mais sofre de ansiedade. A instabilidade financeira, agravada pela Covid-19, piorou a situação.

No início de 2020, uma série de estabelecimentos comerciais foram fechados, gerando problemas econômicos que permanecem até hoje.

Resultado?

Segundo a FecomercioSP, no primeiro semestre de 2021, a quantidade de famílias com dívidas nas capitais brasileiras alcançou a maior taxa dos últimos 11 anos. Só na capital paulista, 73,5% das famílias estavam endividadas em novembro do ano passado, o percentual mais alto desde 2010.

Em uma Pesquisa de Bem-estar Financeiro de Funcionários da PwC, realizada no ano passado, mais da metade dos funcionários entrevistados revelaram que o estresse devido às questões financeiras piorou desde o início da pandemia.

Isso traz impactos negativos tanto para a vida pessoal quanto profissional. E impactos para o funcionário, mas também para as empresas. Afinal, emocional abalado diminui a produtividade, facilita a distração, aumenta a rotatividade na equipe, eleva os custos de contratação e treinamento.

Para evitar o que vou chamar de perde-perde, as companhias podem criar ações que auxiliem no controle da situação financeira.

O departamento de Recursos Humanos tem esse papel social de ajudar os colaboradores a terem uma relação mais saudável com o dinheiro. Normalmente, quando a orientação é recebida no local de trabalho, ela é mais valorizada que quando vem de casa ou da escola.

Algumas das formas com que as empresas podem contribuir é despertando a consciência financeira dos trabalhadores – seja através de palestras, workshops ou canais de relacionamento, ao explicar como organizar o dinheiro, criar um planejamento e atingir o objetivo, por exemplo – e introduzir ferramentas úteis para favorecer o controle dos gastos.

Também é possível ajudar oferecendo suporte emocional, benefícios e crédito consignado aos colaboradores. Essa modalidade de empréstimo possibilita que os funcionários tenham acesso a uma linha de crédito sem burocracia e com juros menores que os aplicados no cartão de crédito ou cheque especial, por exemplo.

Outro benefício é a extensão do prazo de pagamento e adequação das parcelas de acordo com o salário.

Ao ouvir os colaboradores, ensinar sobre finanças e atender suas necessidades financeiras, todos saem no lucro: as empresas ajudam a recuperar a saúde mental de suas equipes, o que propicia um ambiente de trabalho mais leve e produtivo, enquanto o funcionário ganha qualidade de vida, o que agrega nas relações com familiares e amigos.

Uma combinação que ajuda a movimentar a economia do país.

O impacto do bolso na mente

Por Camilla Clemente, Sócia da Neon ConsigaMais.

 

 

 

 

 

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