Quatro gerações trabalhando juntas pede adequação e empatia de empresas e colaboradores. O mercado de trabalho está mais diverso do que nunca.

A presença de quatro gerações distintas no ambiente de trabalho é histórica e faz parte de uma realidade que desafia as empresas a encontrarem soluções eficazes para lidar com conflitos e promover um ambiente de colaboração produtiva. 

Geração Z (dos que nasceram a partir dos anos 90), Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964), X (nascidos entre 60 e 80) e Y – ou Millenials – (entre 1981 e 1990), são termos utilizados para caracterizar diferentes gerações, que passaram a atuar juntas, pela primeira vez, no mundo corporativo.

Cada geração traz consigo valores, expectativas e estilos de trabalho únicos, o que pode levar a ruídos, desafios de comunicação e compreensão mútua. 

Essa diversidade de ideias, que é essencial para o crescimento dos negócios, exige que as empresas adotem estratégias e soluções para que não haja um choque de culturas tão diferentes.

Historicamente, temos um colaborador maduro, fiel e que busca estabilidade na carreira. Do outro vemos jovens inquietos e ávidos por desenvolvimento, crescimento profissional e pouco apego à empresa. 

Se de um lado temos os Baby Boomers e X, que buscam por salários mais altos para manter o padrão de vida, as gerações Y e Z valorizam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. 

Não à toa, os líderes têm sido cada vez mais cobrados a desenvolver e engajar a equipe, proporcionar ambiente saudável e com oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional desses colaboradores. E para enfrentar os desafios que esse cenário de união de gerações nos traz, o primeiro passo é incentivar a compreensão e a empatia entre todos. 

Ao adotar uma abordagem proativa para lidar com as diferenças, as empresas conseguem promover um ambiente de trabalho colaborativo, inovador e eficiente. Dessa forma, estabelecer uma cultura organizacional que valorize e incentive o respeito, que destaque as contribuições de cada um por meio de políticas claras e transparentes é essencial e benéfico para todos. 

É papel da organização promover iniciativas de troca entre as diferentes gerações, como a criação de grupos de trabalho diversos e como a estruturação de programas internos de mentoria, por exemplo.

Ao estimular as interações em conversas com mentores internos, todos os lados conseguem ampliar sua percepção de mundo, percebendo as variadas expectativas, necessidades e motivações. 

Mas, para além das estratégias organizacionais, cada profissional inserido no mercado corporativo, independente de sua geração, precisa estar predisposto a aprender.

Estar aberto a aprender e escutar sem julgamento é a chave para que o encontro de gerações seja potencializador!

Com sensibilização e mobilização para trocas, as organizações criam mais espaços de colaboração e construção de longo prazo. 

Por Denise Paludetto, Diretora de Pessoas e Cultura e Responsabilidade Social da Omni&Co, psicóloga e mentora de líderes.

Ouça o episódio 143 do RH Pra Você Cast, “Inclusão 50+, bom para o presente e para o futuro (de todos nós)“. Como você se enxerga daqui a cinco ou dez anos? O questionamento, que já deve ter sido feito a muitos de vocês durante algum processo seletivo ao longo da carreira, nem sempre traz consigo uma resposta fácil. Especialmente para um público que, diante de tantos estereótipos e preconceitos, sequer sabe como será o dia de amanhã em sua vida profissional. A cada nova geração que entra no mercado, uma anterior se vê diante do dilema de ficar para trás e ver cada vez menos portas se abrirem.

O panorama, todavia, não só precisa como deve ser mudado. Pesquisas revelam que o tão falado “choque geracional” é extremamente benéfico não só a profissionais de todas as idades, mas também às empresas. E, afinal, se não olharmos para o público 50+ com atenção, como será quando chegar a nossa vez de lutar por espaço com os mais jovens? Para falar sobre as vantagens de mesclar gerações e como desenvolver mecanismos de inclusão, o RH Pra Você Cast traz Mórris Litvak, Fundador e CEO da Maturi. Confira o papo clicando no app abaixo:

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Capa: Depositphotos