Certa vez ouvi que “não existe caminho para felicidade e sim há felicidade no caminho”. 

Recentemente, pude experenciar esta frase na prática, porém associada ao sucesso: de fato, não há um caminho para o sucesso e, sim, o sucesso do caminho.

Há mais de 10 anos adotei a prática esportiva do ciclismodeestrada, um esporte altamente desafiador, seja da perspectiva física, seja da perspectiva de segurança. Estatísticas comprovam que este é o esporte que mais mata no mundo, por causas físicas ou por eventos de agentes externos, acidentes e afins (em 2021, o SUS computou 16 mil atletas da modalidade internados).

Este esporte, assim como todos os outros, depende de disciplina para sua prática. Entretanto, o ponto positivo é que sua simples prática, o deslocamento diário do treino, pode levar o atleta a lugares diferentes a cada novo dia.

Quando comecei a praticá-lo, era uma alternativa saudável e agradável para me manter ativo. Com o passar dos anos, descobri que ele contribui em minha concentração, foco, capacidade de raciocínio, agilidade na tomada de decisão e bem-estar físico, além de me proporcionar a possibilidade de comer de tudo um pouco, dado o elevado gasto calórico em sua prática.

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Nunca tive objetivo de me tornar uma referência no esporte ou até mesmo em ser reconhecido como um atleta. Entretanto, este esporte, talvez como poucos outros, proporciona a cada dia um novo desafio, a vontade de ir mais longe, a vontade de avançar mais quilômetros, mais altimetria (medida em metros de uma subida), mais velocidade e assim por diante. 

tive alguns insucessos no caminho nesta prática: duas costelas e uma vertebra fraturadas, alguns arranhões e dores… muitas dores. Entretanto, descobri que o sucesso estava no caminho, a cada quilômetro rodado. E voltando início deste texto, neste final de semana, tive a oportunidade de mais uma vez experimentar este SUCESSO DO CAMINHO, me desafiei e parti para o que até então foi meu maior desafio no ciclismo: pedalar, de uma única vez, a distância de 300km, numa prova chamada de Brevet, regulamentada pelo Club Audax Parisiense, é uma prova de resistência autônoma onde o ciclista deve cumprir a distância no trajeto determinado em uma janela de tempo específica, para esta distância o tempo máximo seria de 20 horas.

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Enquanto me desafiava a chegar ao quilômetro 300, buscava incessantemente o próximo quilômetro, de forma que o sucesso de cada um me levasse ao sucesso do caminho. Foi duro, foi difícil, foi dolorido principalmente a partir do quilômetro 250 onde comecei a dividir cada pedalada com câimbras nas pernas. Entretanto cheguei ao final e com um tempo muito bom para o trajeto, 12h 44min, dito pelos organizadores da prova.

Na solidão da estrada, temos oportunidade de dividir nossos pensamentos, com atenção à nossa segurança e a cada detalhe de nossos movimentos, de forma que pude analisar minha trajetória de carreira e fazer uma analogia com a prova, pois cada um dos desafios que passei foram um dos quilômetros que venci para me tornar o profissional que sou hoje. Se eu não tivesse aproveitado cada um destes desafios, eu não seria quem sou, nem estaria onde estou.

Hoje, depois dos 300km e ainda sentindo as dores deste desafio, posso afirmar com certeza que no ciclismo e na carreira não há caminho para o sucesso e sim uma sucessão de sucessos ao longo do caminho, estes sim conquistados um a um que te levam a vitória!

O sucesso do caminho

Por Samuel Souza, Diretor Administrativo, de Marketing e Relacionamento da Petronect.

 

 

 

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Capa: Deposithphotos