Muito além do uso de EPI’s: saiba como as empresas podem investir em segurança do trabalho. Com a proximidade do mês em que é celebrado o Dia do Trabalhador, os números mais recentes de acidentes ocupacionais assustam.

Segundo o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho (MPT), para a população com vínculo de emprego regular, foram 612,9 mil notificações de acidentes em todo o Brasil em 2022. Já em relação aos casos fatais, foram registrados 2,5 mil.

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As atividades com o maior número de registros foram da área hospitalar, com 59 mil casos, sendo os profissionais de enfermagem os mais acidentados, somando 36 mil ocorrências.

A vida, sem dúvida, é a mais importante nesse debate, por isso não podemos fechar os olhos quanto às violações de direitos humanos laborais dada a identificação de ambientes de trabalho insalubres e inseguros.

Para além disso, há perdas também econômicas devido a doenças e acidentes ocupacionais, que em sua maioria poderiam ser evitados com medidas de prevenção adequadas, chegando a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. O que reflete não só na geração de distribuição de riquezas, mas na produtividade do trabalho como um todo.

Na indústria, seja ela de qualquer segmento, o colaborador vai se deparar com algumas situações de alto risco de acidentes. Por isso, o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) não deve ser negligenciado pela empresa e nem pelo colaborador, visto que é indispensável para diminuir as ocorrências de mortes e ferimentos.

As companhias precisam estar de acordo com a Lei 6.514/77, que obriga o uso de EPIs como parte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e ter como um importante instrumento de proteção da segurança do trabalhador.

Pesquisa Infojobs

Além da conformidade com a lei, a empresa pode advertir o funcionário sempre que necessário para que não tenha despesas onerosas como multas por descumprimento. A conscientização é fundamental nesses casos e a organização pode atuar com realização de palestras de profissionais qualificados, investir na inspeção de um técnico de segurança do trabalho periodicamente, entre outras iniciativas.

Contudo, o alinhamento entre as responsabilidades da empresa e do colaborador não deve se limitar apenas ao uso de EPIs. Outros equipamentos com tecnologia e inovação podem ser inseridos em toda a cadeia produtiva para garantir ainda mais segurança aos envolvidos. Há no mercado portas automáticas que são sensíveis ao movimento e evitam a colisão com carrinhos, empilhadeiras e aproximação de um colaborador, evitando acidentes.

Outra possibilidade ainda é a adoção de niveladora de docas em galpões logísticos, que reduz o tempo de carga e descarga dos caminhões, tornando a operação muito mais ágil e segura sem oferecer riscos aos operadores, pois seu acionamento é automatizado.

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Com o avanço do uso de robôs, que no Brasil teve aumento de 3% desde 2015, segundo o ‘2021 World Robot Report’, divulgado pela Federação Internacional de Robótica (IFR), foi necessário aumentar a segurança dos trabalhadores em contato com essas máquinas.

Soluções como janelas de segurança, desenvolvidas sob medida e de acordo com cada necessidade, realizam a proteção de máquinas e instalações em cabines de teste, linhas de produção automatizadas, células de solda e outras aplicações que podem oferecer riscos. Essas janelas são projetadas para ilimitadas aberturas e fechamentos, restringindo ao máximo o acesso de pessoas durante a movimentação de máquinas, o que garante também a segurança do colaborador.

Os dados e recursos para as indústrias evidenciam que o trabalho realizado é de suma importância para toda a cadeia produtiva de um país.

Para tanto, deve ser realizado de forma respeitável, inteligente, tecnológica, inovadora e, principalmente, segura para o trabalhador, o protagonista e responsável pelo dia a dia da produção nas mais diversas áreas e setores.

Como priorizar a segurança do trabalhador na indústria

Por Giordania R. Tavares, graduada em administração pela UNICID, com especialização pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. A executiva tem mais de 20 anos de experiência no mercado de portas rápidas industriais e equipamentos desenvolvidos especialmente para isolamento e segurança dos mais variados ambientes industriais e logísticos, e como CEO foi responsável por tornar a Rayflex expoente de mercado no Brasil e na América Latina.

Ouça o episódio 143 do RH Pra Você Cast, “Inclusão 50+, bom para o presente e para o futuro (de todos nós)“. Como você se enxerga daqui a cinco ou dez anos? O questionamento, que já deve ter sido feito a muitos de vocês durante algum processo seletivo ao longo da carreira, nem sempre traz consigo uma resposta fácil. Especialmente para um público que, diante de tantos estereótipos e preconceitos, sequer sabe como será o dia de amanhã em sua vida profissional. A cada nova geração que entra no mercado, uma anterior se vê diante do dilema de ficar para trás e ver cada vez menos portas se abrirem.

O panorama, todavia, não só precisa como deve ser mudado. Pesquisas revelam que o tão falado “choque geracional” é extremamente benéfico não só a profissionais de todas as idades, mas também às empresas. E, afinal, se não olharmos para o público 50+ com atenção, como será quando chegar a nossa vez de lutar por espaço com os mais jovens? Para falar sobre as vantagens de mesclar gerações e como desenvolver mecanismos de inclusão, o RH Pra Você Cast traz Mórris Litvak, Fundador e CEO da Maturi. Confira o papo clicando no app abaixo:

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Capa: Depositphotos