O cenário para a gestão de pessoas segue em constante evolução e, à medida que adentramos o ano de 2024, logo percebemos que seguiremos com o desafio de atrair e reter talentos.

Segundo estudo conduzido pela Accenture, mais de 90% dos CEOs, globalmente, reportam que a escassez de talentos e a falta de competências relevantes para o futuro estão entre os cinco principais desafios.

Ainda, como um tempero adicional, seguimos lidando com outros fatores que trazem ainda mais complexidade ao tema: como volatilidade econômica, a ascensão da GenAI (inteligência artificial generativa) e as crescentes expectativas dos funcionários.

Segundo alguns estudos conduzidos por Gartner, Accenture, Deloitte e Gallup, algumas tendências emergem como protagonistas nesse momento.

Inteligência Artificial generativa como aliada

Contrariando preocupações sobre a substituição de empregos, a GenAI expande oportunidades ao redesenhar funções, gerando novas responsabilidades e oportunidades para os colaboradores. Ao invés de enquadrar-se como ameaça, a inteligência artificial se apresenta como uma aliada na evolução e aprimoramento das capacidades humanas.

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Segundo pesquisa da Accenture, 95% dos(as) executivos(as) entrevistados(as), concordam que a IA irá criar mais oportunidades de trabalho. Será necessário, nesse contexto, líderes com diferentes competências, que estabeleçam a mudança como parte da cultura da empresa, dando ainda mais voz às pessoas nos processos.

Ainda, 95% dos trabalhadores concordam e veem valor no uso da GenAI, porém, não confiam que suas empresas utilizarão de forma a garantir ganhos para todos.

O importante aqui é identificar como ajudar as pessoas a desenvolverem suas habilidades relacionadas a IA.

Trabalho remoto, híbrido e presencial: qual o custo real?

O período de trabalho remoto durante a pandemia trouxe à tona uma reflexão sobre os custos associados ao deslocamento diário para o escritório. A busca por modelos híbridos ou totalmente remotos ganha força, enquanto 63% dos empregadores persistem em aumentar os dias de trabalho presencial.

A questão em debate é: quem arca com os custos do trabalho? Nesse aspecto, algumas empresas já estão buscando alternativas e repensando seus pacotes de benefícios.

Semana de trabalho de quatro dias

O conceito da semana de trabalho de quatro dias, antes considerado radical, parece estar ganhando aceitação, especialmente fora do Brasil. Algumas organizações estão reavaliando suas estruturas de trabalho para adotar modelos mais flexíveis, não apenas como resposta às mudanças no ambiente profissional, mas também como estratégia para atrair e reter talentos em um mercado cada vez mais competitivo.

Em contrapartida, algumas empresas que aderiram ao modelo, no Brasil, estão repensando o tema. Independentemente do formato, vemos uma busca por mais flexibilidade e equilíbrio.

Papel da liderança

Com as tensões geopolíticas, crises climáticas e divergências ideológicas, a habilidade de gerenciar conflitos torna-se vital para os líderes. Conflitos impactam diretamente o desempenho individual e de equipes, e gerentes capacitados a lidar com essas situações contribuirão positivamente para o sucesso organizacional.

O desafio aqui é: como ajudar essa liderança a lidar com a pressão 360° que estão expostos e que, possivelmente, será intensificada com um ambiente ainda mais complexo e de mudanças constantes.

Inovação em benefícios oferecidos pelas empresas

Diante da crescente preocupação com eventos climáticos extremos, organizações estão incorporando medidas de proteção contra mudanças climáticas em seus pacotes de benefícios. Isso não apenas reflete a responsabilidade social corporativa, mas também reconhece a importância de cuidar do bem-estar dos colaboradores em um contexto global em constante transformação.

Ainda, ações voltadas ao bem estar físico, mental e financeiro, seguem sendo importantes e algo no qual as empresas continuarão investindo.

Diversidade, equidade e inclusão integrada à cultura e práticas

A diversidade, equidade e inclusão deixam de ser iniciativas isoladas e tornam-se elementos integrados às operações cotidianas das empresas. A inclusão não é apenas um objetivo, mas também uma parte intrínseca da cultura organizacional, impulsionando a inovação e a prosperidade.

Redefinição do estereótipo de carreira

As carreiras já não seguem trajetórias lineares. Os funcionários estão explorando caminhos não convencionais, e as organizações estão se adaptando a essa mudança de paradigma. O colapso dos estereótipos de carreira abre espaço para a diversidade de experiências e perspectivas, enriquecendo o ambiente de trabalho.

Ainda, a tendência de contratar com base em habilidades, em detrimento da dependência de diplomas universitários, está ganhando ainda mais força. Muitas empresas estão preenchendo lacunas técnicas por meio de programas de formação específicos, reconhecendo que as habilidades práticas, muitas vezes, superam as credenciais acadêmicas.

À medida que enfrentamos as complexidades do futuro do trabalho em 2024, a adaptabilidade e a capacidade de abraçar a mudança tornam-se imperativas.

As organizações que conseguirem incorporar essas tendências de forma estratégica, possivelmente, estarão posicionadas para prosperar em um ambiente de trabalho dinâmico e em constante evolução.

O futuro do trabalho: tendências e impactos na gestão de pessoasPor Katiuscia Teixeira é Chief Human Resources Officer da Zenvia.

 

 

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