As empresas são compostas por pessoas com perfis, idades, ideias e currículos diferentes. Cada uma passou por diferentes experiências, vivências e levam sua bagagem por onde passam. Isto é totalmente saudável, já que proporciona uma ampla troca de experiências.
E apesar das diferenças, é sempre bom lembrar que a maioria tem o mesmo desejo: trabalhar, ter sucesso, subir na carreira e é claro, ganhar dinheiro. Entretanto, cada pessoa sobe esses degraus de maneira diferente e é nesse ponto que os gestores precisam estar mais atentos e, de fato, observar e reconhecer o colaborador que se destaca no trabalho, independente do seu perfil.
Acontece que é muito mais comum as empresas reconhecerem aquelas pessoas que se expõem, se expressam e se comunicam com mais facilidade. Afinal, estamos falando de perfis que, muitas vezes, já deixam claro todos os seus objetivos, o que encurta o caminho de análise dos gestores. No entanto, o que mais vemos são companhias que se esquecem do colabrador que está sempre ali, trabalha de dia e a noite se for preciso, mas que prefere os bastidores e foge dos holofotes.
Primeiro é preciso destacar que nem todo mundo tem facilidade de se comunicar ou espírito de liderança. Mesmo assim, independente do perfil, cada um que compõe a equipe tem um papel estratégico dentro dos negócios e merece ser reconhecido, ou melhor, lembrado.
Esquecer de um colaborador apenas pelo seu perfil mais introspectivo não deve acontecer jamais em uma companhia que deseja ter pessoas motivadas e que vistam a camisa da empresa. Se a sua empresa tem feito isso, é bom voltar duas casas antes de querer que os negócios prosperem.
De acordo com a Pirâmide de Maslow, criada pelo psicólogo americano Abraham Maslow, a prática de reconhecimento é uma das principais motivações do ser humano e está no grupo das Necessidades Psicológicas.
Qualquer pessoa, mesmo aquelas que fogem de exibições públicas, quer ser reconhecida pelo que faz e busca isso em todos os setores da vida. A grande verdade é que no fundo, todo mundo quer ser lembrado. Dentro do ambiente corporativo não seria diferente, já que a felicidade está ligada ao desempenho e produtividade.
Se as empresas não se importarem com esses atributos básicos, provavelmente estarão fadadas ao fracasso. É preciso reconhecer o empenho e participação de cada um que trabalha para que o s negócios deem certo. Tudo isso faz com que o ambiente se torna muito mais harmonioso, onde todos se respeitam, independente das diferenças.
O segredo do sucesso é reconhecer!
Um estudo feito pela OfficeTeam mostrou que enquanto 89% dos gestores acreditam que as suas empresas reconhecem adequadamente os liderados e lideradas, 30% destes afirmam que as organizações falham nesse sentido.
A preocupação de muitos gestores é de como reconhecer seus colaboradores. É claro que benefícios, bônus e plano de carreira são fundamentais. Mas menções públicas sobre as qualidades e habilidades dos profissionais diante de um trabalho são de extrema importância.
Essa prática impulsiona a autoconfiança, além de elevar a autoestima diante dos desafios. Segundo um levantamento feito pela McKinsey, elogios que partem dos próprios gerentes foram eleitos como o maior motivador não-financeiro que contribuem para a performance dos profissionais (opinião de 67% dos entrevistados).
No entanto, apenas 14% das empresas disponibilizam para os gerentes as ferramentas necessárias para que haja essa prática contínua no dia a dia das equipes. Não podemos mais aceitar isso.
As empresas querem ser inovadoras e os gestores querem profissionais diferenciados, mas para que isso aconteça é necessário olharmos com mais cuidado para o ativo mais valioso de uma companhia: seus colaboradores. Pode ter certeza de que eles vão retribuir com engajamento e mais comprometimento. Quem reconhece, motiva, incentiva e lembra, certamente, trilará o sucesso.
Por Allessandra Canuto, especialista em temas comportamentais e gestão da cultura e Valéria Oliveira, especialista em desenvolvimento de líderes e gestão da cultura.
Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 72, “O papel do RH e do gestor de pessoas na chamada “nova economia”” com Diego Barreto, vice-presidente de Finanças e de Estratégia e Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano, ambos do Ifood. Clique no app abaixo:
Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:
Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube
Capa: Depositphotos