Empresas como protagonistas na formação dos profissionais do futuro. Recentemente, foi divulgado no Fórum Econômico Mundial o relatório The Future of Jobs, organização que pontua as habilidades essenciais a serem desenvolvidas pelos profissionais até 2025, uma lista de 15 tópicos.

Em segundo lugar, a lista cita a necessidade de manter o aprendizado ativo e desenvolver estratégias para absorver conhecimento. E na era da rápida evolução tecnológica e das mudanças constantes no mercado de trabalho, as empresas ocupam uma função estratégica na preparação dos colaboradores.

A tradicional abordagem de adquirir habilidades e conhecimentos através de instituições educacionais está sendo revisitada e, em alguns casos, substituída por iniciativas de educação corporativa.

Tenho acompanhado instituições gigantes como, XP Investimentos, Einstein, Weg e Amazon que já assumem papel de protagonistas na formação de talentos, lançando inclusive faculdades para estudantes do ensino médio, com o objetivo de preparar os futuros profissionais do mercado. A tendência é que esse movimento cresça expressivamente nos próximos anos.

Da mesma forma, as inciativas de educação corporativas, devem se tornar cada vez mais robustas. Isso porque envolvem a criação de programas de aprendizagem contínua que visam desenvolver as competências dos colaboradores, aprimorar suas habilidades técnicas e comportamentais, e mantê-los atualizados com as tendências do mercado. Ganham as empresas e também os seus talentos!

Afinal, as empresas que investem nessas iniciativas podem se manter competitivas, inovadoras e ágeis, além de reter talentos e promover o crescimento interno. Para os profissionais, essa abordagem oferece oportunidades de desenvolvimento e progressão na carreira sem depender exclusivamente de educação formal. No entanto, devo dizer que a implementação desses métodos de ensino não está isenta de desafios!

A criação e manutenção de programas de educação corporativa ou universidades corporativas demandam investimento financeiro, de recursos humanos e de tempo. Além disso, a adaptação constante dos programas às mudanças no mercado exige uma abordagem flexível e receptiva. Mas agora você deve estar se perguntando, afinal, como distinguir um método de ensino do outro?

UMA ABORDAGEM INTEGRADA

As universidades corporativas vão um passo além da área de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) “convencional” das empresas, criando estruturas semelhantes às universidades tradicionais dentro das próprias organizações.

Elas oferecem uma ampla gama de programas e cursos que variam desde capacitação técnica até desenvolvimento de liderança e gestão.

Essas universidades internas podem ter parcerias com instituições de ensino superior ou serem totalmente autônomas, dependendo da visão e estratégia da empresa.

Uma das principais vantagens das universidades corporativas é a possibilidade de personalização dos programas de aprendizado de acordo com as necessidades específicas da empresa. Isso permite que a organização crie uma cultura de aprendizado que está alinhada com sua visão, valores e objetivos estratégicos.

Uma das principais vantagens das universidades corporativas é a possibilidade de personalização dos programas de aprendizado de acordo com as necessidades específicas da empresa. Isso permite que a organização crie uma cultura de aprendizado que está alinhada com sua visão, valores e objetivos estratégicos.

INTEGRAÇÃO DE APRENDIZADO E TRABALHO

Já o “novo” conceito de employer university (universidade empregadora) é uma abordagem que visa integrar de forma mais profunda a aprendizagem e o trabalho. Nesse modelo, as empresas oferecem programas de formação que são diretamente relevantes para as funções e projetos que os colaboradores estão realizando em suas atividades diárias.

Esse modelo de ensino cria uma ponte entre a teoria e a prática, permitindo que os profissionais aprendam enquanto estão aplicando suas habilidades no contexto real de trabalho. Isso não apenas acelera o processo de aprendizado, mas também cria um ambiente de trabalho mais dinâmico e colaborativo.

Portanto, é importante que as empresas estejam sempre atentas às necessidades e expectativas de seus colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho que incentive a aprendizagem e o desenvolvimento de suas habilidades.

Com isso, não apenas contribuem para a formação dos profissionais, mas também criam um espaço mais produtivo e motivador, gerando resultados positivos para todos os envolvidos.

Por Daniela Luiz, sócia-diretora da Didáctica, empresa especializada em educação corporativa fundada em 2010. Formada em Processamento de Dados pelo Centro Paula Souza (ETEC), Administração de Empresas (UNIRP) e Pedagogia (Claretiano), fez especialização em Gestão de Pequenas e Médias Empresas, Gestão do Conhecimento (ESPM) e Gestão em Educação Corporativa (PUC e FIA/USP). 

Para informações adicionais sobre treinamento, ouça o PodCast do RHPraVocê, episódio 69, “A realidade do ensino híbrido nas empresas“, com Peterson Theodorovicz, diretor regional da D2L no Brasil.  Clicando no app abaixo:

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Capa: Depositphotos