A inteligência emocional e o autoconhecimento como base para a autoliderança. Nos últimos tempos, o ingresso e continuidade no mercado de trabalho passou a exigir habilidades que vão muito além dos aprimoramentos e conhecimentos técnicos, adquiridos nas universidades e cursos que capacitem para as atividades operacionais do dia a dia.

São as chamadas soft skills, que configuram um conjunto de habilidades interpessoais – como a tão falada autoliderança – consideradas tão ou mais importantes que as demais (hard skills) por 92% dos recrutadores, conforme o relatório Global Trends Report, feito pelo Linkedin.

Reunindo uma série de fatores como a capacidade de gerenciar pensamentos, comportamentos e práticas, tendo como foco o equilíbrio das emoções, a determinação e proatividade para a realização de tarefas e a resiliência para vivenciar as adversidades, a autoliderança permite que os profissionais estejam preparados para novos desafios e alcem voos cada vez maiores em suas vidas e carreiras. Entretanto, para acompanhar essa tendência, a grande pergunta que fica é: como é possível colocar essa soft skill em prática?

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Inteligência emocional e autoconhecimento

Por se tratar de uma habilidade interpessoal, a autoliderança pode ser conquistada em algumas etapas, levando-se em conta, primeiramente, uma profunda jornada de autoconhecimento e desenvolvimento da inteligência emocional.

É fato que todo líder deve conhecer a fundo seu negócio e ter muito bem definido o caminho a ser trilhado e o direcionamento que será dado à sua equipe. Este é o primeiro passo, precisamos entender onde estamos e para onde desejamos ir para que então possamos definir as próximas etapas.

Com a autoliderança não é diferente, para sermos líderes de nós mesmos, precisamos mergulhar em nosso interior e termos essas definições muito bem estabelecidas, saber quem somos, identificar nossos pontos fortes e como trabalhar as questões que precisam ser aprimoradas.

Nessa jornada, o desenvolvimento da inteligência emocional contribui diretamente para a prática da autoliderança porque nos capacita a identificar, entender e lidar tanto com nossas emoções e sentimentos pessoais, quanto dos outros indivíduos envolvidos em nosso dia a dia.

Felicidade, raiva, medo, ansiedade, insegurança, entre outros sentimentos e emoções, fazem parte do nosso ser. A grande questão é, como lidamos com eles? Precisamos identificar os gatilhos que nos fazem reagir a determinadas situações e encontrar formas de contorná-los.

Com isso, podemos aos poucos ir expandindo essa inteligência para compreender as dores e necessidades das outras pessoas ao nosso redor. Somente depois que aprendermos a liderar a nós mesmos, estaremos prontos para desafios maiores, como a liderança de equipes inteiras.

Esqueça os atalhos

Durante toda essa jornada de aprimoramento pessoal, é preciso ter consciência de que não existe um caminho curto. A extensão do processo depende de cada um e do quanto está disposto em edificá-lo; a construção diária e os treinos constantes devem fazer parte da trajetória.

Ainda que o autoconhecimento e a inteligência emocional sejam definidos como base para o desenvolvimento da autoliderança, outras questões merecem igual atenção para que essa empreitada alcance o sucesso esperado.

Temos no autoconhecimento e na inteligência emocional os pontos de partida, sem eles não conseguiremos colocar outras questões em prática.

Essa jornada pode ter desdobramentos incríveis, a partir do momento que estabelecemos metas reais e alcançáveis para nossa vida pessoal e profissional, que passamos a assumir nossas responsabilidades e tenhamos iniciativa para agir por nós mesmos, que reconheçamos nosso potencial, e que estejamos sempre abertos aos novos conhecimentos e às mudanças essenciais para nossa evolução.

Essa é a autoliderança que nos levará cada vez mais longe.

A inteligência emocional e o autoconhecimento como base para a autoliderança

Por Heloísa Capelas, reconhecida como uma das mais brilhantes especialistas em Autoconhecimento e Inteligência Emocional do país. Autora best-seller, palestrante e empresária, é mentora de líderes e ministra treinamentos para profissionais que buscam evolução na vida e carreira. É criadora do Universo do Autoconhecimento, plataforma de cursos on-line e considerada uma das maiores autoridades aplicação do Processo Hoffman, no mundo. É CEO do Centro Hoffman.

Ouça o episódio 140 do RH Pra Você Cast: “Quais os desafios atuais das lideranças?“. Quase 35% das lideranças não se sentem seguras para conduzir, desenvolver e engajar seus times, segundo uma pesquisa feita pela escola corporativa Sputnik. Além da insegurança, os participantes também afirmam que estão tentando se desenvolver melhor como liderança (18,9%). Qual o papel das empresas nesse desenvolvimento? Como oferecer as ferramentas necessárias para que esses profissionais tenham segurança ao exercer, da melhor forma, seus papéis? No episódio conversamos com Genis Fidelis, Gerente Executivo da Michael Page, sobre as principais inseguras dos líderes hoje; quais as habilidades necessárias (e as mais desafiadoras) e qual o caminho para liderar em cenários de crise. Acompanhe clicando no app abaixo:

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Capa: Depositphoto