A saúde mental é um aspecto crucial do bem-estar global de um indivíduo e desempenha um papel fundamental em sua capacidade de realizar seu trabalho de forma eficaz. Existe atualmente uma grande quantidade de doenças conectadas à saúde mental da população.

A ansiedade, por exemplo, atinge cerca de 18,5 milhões de brasileiros, e é responsável por mais de um terço do número total de incapacidades nas Américas.

Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde publicado em junho de 2022, quase 1 bilhão de pessoas viviam com transtorno mental em 2019 no mundo. O relatório também aponta que pessoas com condições severas de saúde mental morrem, em média, de 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral, principalmente devido a doenças físicas evitáveis.

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Desafios globais como desigualdade social, a pandemia de Covid-19, guerras e crise climática são consideradas ameaças à saúde global. Segundo o estudo, casos de depressão e ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia.

A saúde mental desempenha um papel significativo na produtividade, satisfação e engajamento dos colaboradores. Colaboradores com boa saúde mental tendem a ter melhor desempenho, maior motivação e maior capacidade de lidar com o estresse e a pressão do trabalho.

Além disso, promover a saúde mental no local de trabalho também contribui para a retenção de talentos, redução do absenteísmo e diminuição dos custos associados a problemas de saúde mental não tratados.

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Dito isso, existem algumas alternativas para que as organizações promovam um ambiente favorável a saúde mental das pessoas, como:

  • Treinar líderes para promover a saúde e o bem-estar nas equipes;
  • Ouvir o que os funcionários precisam e usar o feedback deles de forma efetiva;
  • Monitorar e identificar os riscos psicossociais e implementar intervenções preventivas para fornecer suporte e criar uma cultura organizacional saudável;
  • Desenvolver uma cultura organizacional que valoriza a saúde mental e o bem-estar dos funcionários;
  • Promover a saúde mental ao desenvolver aspectos positivos de trabalho e as habilidades dos empregados.

Para promover saúde e bem-estar ao longo prazo é importante também que as empresas atuem de forma sistêmica e estrutural, e não somente promovam ações individuais com os colaboradores, como, por exemplo: incentivo à atividade física, a alimentação saudável, entre outros.

Existem, hoje, diversos instrumentos no mercado que podem ajudar as empresas nesse diagnóstico organizacional, tais como: avaliação de clima, monitoramento de estresse e burnout nas pessoas, avaliação e desenvolvimento da liderança, entre outros.

A Organização Internacional do Trabalho e a Organização Mundial de Saúde recomendam que os governos e as empresas implementem estratégias de prevenção para reduzir o número de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho.

Pesquisa Infojobs

Os valores humanos devem estar presentes na cultura organizacional das empresas para que possamos ver mudanças significativas no modelo de trabalho atual. O esforço para construir um ambiente de trabalho mais saudável e respeitoso deve partir de todos os departamentos, independente da hierarquia.

A construção de saúde no ambiente corporativo passa pela possibilidade de vivenciar o prazer e a satisfação individual do colaborador, assim como o uso de estratégias de mediação do seu sofrimento, promovendo melhorias nas condições de trabalho e na comunicação e apoio entre gestores e trabalhadores.

Ao investir em estratégias e programas para promover a saúde mental no local de trabalho, as organizações podem criar um ambiente positivo, reduzir o estigma associado a problemas mentais e permitir que seus colaboradores alcancem seu potencial máximo.

Ao adotar medidas eficazes para apoiar a saúde mental, as organizações colhem os benefícios de colaboradores mais engajados, produtivos e satisfeitos, contribuindo para o sucesso geral da empresa.

Saúde Mental: Mais do que estratégia, investimento!Por Alessandra Pinatti Kinjo, consultora da Vetor Editora, Mestre em Psicologia pela USP – Ribeirão Preto e possui larga experiência em recrutamento e seleção, e avaliação psicológica voltada para a seleção.

 

 

Ouça o episódio 134 do RH Pra Você Cast: “Nova classificação do burnout faz um ano: as confusões e avanços sobre a mudança“. Em janeiro de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mudou a classificação da síndrome de burnout, que passou a ser descrita como um fenômeno ocupacional, ou seja, um esgotamento condicionado exclusivamente ao trabalho – dentro da #CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde). Passado um ano, ainda há certa confusão sobre a nomenclatura, o que caracteriza ou não o burnout. Além disso, o que mudou ao longo desse tempo? Qual foi o impacto para as empresas e para os RHs? Conversamos sobre tudo isso com Ana Maria Rossi, presidente da #ISMA-BR (International Stress Management Association). Acompanhe clicando no app abaixo:

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