As 800 mil vagas que a área Tecnologia da Informação (TI) vai demandar até 2025, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologia Digitais – Brasscom, é apenas um dos sinais promissores para quem vai atuar neste setor.
A perspectiva é que o mercado de TI cresça 12% em 2024 no Brasil, segundo a International Data Corporation (IDC). Movimento que pode impulsionar ainda mais perfis pouco representados em cargos de TI.
Por aqui, as oportunidades no cenário tıech são ainda mais promissoras para as mulheres. Elas ocupam menos de 20% desse espaço, segundo a consultoria Michael Page na publicação Woman in Technology (2021). Essa parcela é inferior à média dos países latino-americanos, 30%, e dos Estados Unidos, em que elas já ocupam 60% dos cargos.
A partir da minha experiência, liderando uma empresa de tecnologia da informação em que 46% dos colaboradores são mulheres, aponto três passos para começarmos a mudar o cenário brasileiro. Estas dicas podem ajudar a alcançar uma carreira de sucesso e construir uma identidade única na tecnologia.
A primeira delas é a atenção à Inteligência Artificial (AI). Desenvolver continuamente habilidades em IA tornou-se um requisito além de básico, já que pode garantir salários ainda mais altos. A capacitação adequada é apontada como o principal gargalo do setor.
Segundo a Brasscom, mais de 66% das vagas que devem ser geradas em TI até o próximo ano não deverão ser preenchidas por esta razão. Portanto, focar em ferramentas de IA é uma forma de aproveitar o aumento da procura por este profissional e o consequente crescimento na remuneração. Evidências trazidas por sites de recrutamento como Indeed, Glassdoor, Catho e Linkedin, indicam salários médios para especialistas em IA entre R$ 14 mil e R$ 20 mil.
Priorizar os segmentos em alta no período precisa ser considerado também. Manter-se atualizado, guiando-se pelas tendências, é um caminho mais efetivo para buscar o sucesso.
Segundo a consultoria de recrutamento Robert Ralf, as indústrias que vão liderar, em 2024, as contratações na área de tecnologia estão: no setor financeiro, através dos bancos, seguradoras e fintehcs; no agronegócio; na saúde, e na educação. Entre os profissionais mais procurados, estarão os consultores ERP, engenheiro de dados, analista de segurança da informação, desenvolvedor RPA/automação e gerente de TI.
E a terceira dica, mas tão essencial quanto as anteriores, é destacar habilidades, em vez dos seus diplomas, em processos seletivos no segmento. As habilidades comportamentais e as redes de relacionamento são os diferenciais procurados pelos recrutados e estão sendo decisivas nas contratações do segmento.
O estudo “Tendências de aquisição de talentos 2024”, da consultoria global de gestão organizacional Korn Ferry, demonstrou que essa é uma tendência geral. Segundo dados do Linkedin citados pela pesquisa, há um aumento, de 36% nos últimos três anos, de anúncios de oportunidades de trabalho que não exigem diploma profissional na área de tecnologia.
Por Isabela Castilho, CEO da Rocketseat.
Ouça o RH Pra Você Cast, episódio 146, “Upskilling e Reskilling: os caminhos para a autoaprendizagem“. O “Global Sentiment Survey”, uma das pesquisas mais importantes destinadas ao público de treinamento & desenvolvimento, trouxe uma nova atualização sobre as tendências e preocupações globais dos profissionais do setor. O que não mudou em relação a 2022, porém, foi a primeira colocação entre os temas que a comunidade de T&D enxerga como os de maior atenção para a área – e o topo segue com Reskilling/Upskilling. Apesar de serem palavras já disseminadas, quais suas particularidades? Como as empresas estão enxergando (e aplicando) os conceitos? Qual o caminho para a autoaprendizagem? Falamos sobre tudo isso nesse episódio do RH Pra Você Cast, e quem nos guiou foi Mari Achutti, fundadora e CEO da Sputnik. Acompanhe clicando no app abaixo:
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