Nos últimos anos, o mercado de trabalho vem passando por mudanças significativas, e as habilidades comportamentais tornaram-se essenciais para garantir uma boa colocação profissional. Os recrutadores, que anteriormente analisavam prioritariamente conhecimentos técnicos, cursos, idiomas e experiências prévias, agora têm um olhar mais amplo para o indivíduo e seu potencial de aprendizado.
Hoje, as empresas enxergam o valor de ter um time diverso, com experiências e visões distintas, e estão cada vez mais interessadas nas chamadas soft skills, competências que podem ser desenvolvidas a partir de experiências pessoais ao longo da vida.
Enfrentar desafios, praticar esportes, liderar um projeto na faculdade e ser pai ou mãe, por exemplo, são algumas das vivências com potencial de serem vistas como “minas de ouro” para o aprimoramento das habilidades comportamentais.
Elas podem contribuir diretamente para que uma pessoa evolua em pensamento crítico, inteligência emocional, resolução de problemas, criatividade, espírito de liderança, resiliência, trabalho em equipe, empatia e raciocínio lógico – que são algumas das competências mais valorizadas pelos recrutadores.
A resolução de problemas e a criatividade podem ser estimuladas ao buscar soluções inovadoras para os desafios cotidianos. Cursos de teatro e outras atividades ligadas ao universo das artes também contribuem muito com a criatividade, mas até mesmo praticar muay thai pode estimular nosso lado criativo, afinal, é preciso encontrar estratégias inovadoras para vencer os oponentes.
A liderança pode ser desenvolvida ao tomar frente de projetos em grupos. E pode ser praticada liderando trabalhos de escola, faculdade ou até mesmo organizando algum evento grande em família. A resiliência é aprimorada ao encarar adversidades e aprender com elas.
Você pode se tornar mais resiliente até mesmo surfando, adaptando-se à instabilidade das ondas do mar.
O trabalho em equipe, por sua vez, exige colaboração e comunicação efetiva com os outros. A empatia é cultivada ao praticar a escuta ativa e compreender as emoções dos colegas. E o raciocínio lógico é fortalecido ao resolver problemas matemáticos e lógicos, como em partidas de xadrez ou exercícios de sudoku.
Para de fato desenvolver essas habilidades, não basta ter as experiências: é essencial praticar o autoconhecimento e estar aberto a aprender com os desafios enfrentados. Conhecer a si mesmo é fundamental para o desenvolvimento das soft skills. Identificar suas forças, fraquezas e seus valores é o caminho para o crescimento pessoal e profissional.
Tudo é uma questão de saber aproveitar ao máximo as lições cotidianas e adaptá-las em diferentes contextos para se tornar um profissional mais completo e valorizado no mercado de trabalho atual.
Por Gisele Silva, Coordenadora de Atração de Talentos da Bayer no Brasil.
Ouça o RH Pra Você Cast, episódio 146, “Upskilling e Reskilling: os caminhos para a autoaprendizagem“. O “Global Sentiment Survey”, uma das pesquisas mais importantes destinadas ao público de treinamento & desenvolvimento, trouxe uma nova atualização sobre as tendências e preocupações globais dos profissionais do setor. O que não mudou em relação a 2022, porém, foi a primeira colocação entre os temas que a comunidade de T&D enxerga como os de maior atenção para a área – e o topo segue com Reskilling/Upskilling. Apesar de serem palavras já disseminadas, quais suas particularidades? Como as empresas estão enxergando (e aplicando) os conceitos? Qual o caminho para a autoaprendizagem? Falamos sobre tudo isso nesse episódio do RH Pra Você Cast, e quem nos guiou foi Mari Achutti, fundadora e CEO da Sputnik. Acompanhe clicando no app abaixo:
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