Na indústria de mobilidade global, quando falamos em realocação de funcionários com diferentes culturas, estilos de vida e características demográficas, ter uma política de realocação mais flexível torna-se fundamental. E, com o crescimento da participação da Geração Z no mercado de trabalho, a necessidade de renovação das políticas está cada vez mais evidente.
Essa geração, que nasceu no boom da transformação digital, exerce um papel fundamental no desenvolvimento de novos negócios. De acordo com dados da ONU, a Geração Z, ou nativos digitais, representa a maior geração do planeta, com 32% da população mundial.
É a geração mais competitiva, que está buscando sempre novos desafios. E, como consequência, impulsiona uma inovação contínua de políticas e programas de mobilidade.
Tempo é dinheiro, e para quem está começando a vida em um novo destino, as coisas devem ser resolvidas de forma eficiente, gastando o menor tempo possível. Afinal, estamos falando de jovens com costumes e até com uma forma de ver a vida bastante diferenciada das gerações anteriores.
Para eles, o mais importante, do que qualquer outra coisa, é a experiência de vida que uma transferência internacional oferece.
Isso começa, por exemplo, já na forma como eles optam por receber a assistência de realocação que as empresas oferecem, com mais flexibilidade e poder de decisão para empregá-lo da forma como julgam mais oportuno. A preferência por serviços on-line é outro fato.
E, essa mudança de comportamento tem levado às empresas a repensarem suas políticas. A questão é, como atender às expectativas e necessidades dos nativos digitais quando o assunto é mobilidade global?
A moradia é um diferencial importante quando estamos falando de realocar jovens da Geração Z. E, isso tem muito a ver com as preferências e estilo de vida. A maioria está na faixa dos 20 anos, normalmente são solteiros e não estão prontos para comprar uma casa ou não querem alugar uma moradia sozinhos.
A possibilidade de dividir o espaço e o aluguel com outras pessoas de faixa etária semelhante, com os mesmos objetivos, representa uma diferença significativa para quem está mudando de país.
O número de pertences que levam consigo também é bem menor. O mais comum é levar algumas roupas e uma pequena seleção de objetos pessoais. Nada de muito apego a objetos e bens materiais, por exemplo, como acontece com pessoas de outras gerações.
Outro ponto que temos observado também, até mesmo pelo comportamento que já apresentam no Brasil, é a não necessidade de ter um carro para deslocar-se de um lugar para outro. O transporte por aplicativo ou outras opções mais sustentáveis, acabam sendo a preferência.
Tanto que em diversos lugares do mundo já vemos alternativas mais favoráveis ao meio ambiente e à saúde, como os programas de compartilhamento de bicicletas e scooters elétricas.
Entender como atrair esta nova geração de jovens pode ser um desafio. É preciso tomar decisões mais assertivas e contar com parceiros que ajudem como definir as políticas de mobilidade para serem mais efetivas.
As chances de sucesso serão maiores. Além disso, programas mais concisos, eficientes e flexíveis, refletem positivamente na diversidade, inclusão, aquisição e retenção de novos talentos. É preciso dar o próximo passo.
Por Haroldo Modesto, executivo com vasta experiência no tema e diretor-geral da Crown Worldwide no Brasil, empresa multinacional de mobilidade global, logística e organização de espaços de trabalho.
Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 72, “O papel do RH e do gestor de pessoas na chamada “nova economia”” com Diego Barreto, vice-presidente de Finanças e de Estratégia e Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano, ambos do Ifood. Clique no app abaixo:
Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais: