13º salário: como evitar o estresse financeiro adiantando esse benefício?
Existem alguns acontecimentos na vida do trabalhador brasileiro que trazem um grande alívio financeiro. Talvez os mais comuns sejam: “caiu o salário na conta”, “caiu o vale-refeição”, “chegou a comissão” ou “caiu o décimo terceiro”.
Sobre esse último especialmente, além de ter um grande impacto positivo na vida financeira do trabalhador, carrega também uma ansiedade ao longo de todo ano. Afinal, todo trabalhador CLT já tem esse direito e espera recebê-lo no fim do ano.
Pesquisas já mostraram, em 2019 (antes da crise!), que quase 90% dos brasileiros pretendiam utilizar o 13º salário para quitar dívidas. Os dados são da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). E é aqui que entra a questão.
Por que esperar até o final do ano para quitar essas dívidas enquanto os juros vão aumentando ao longo do ano? No fim das contas, a dívida de janeiro não quitada pode se transformar em uma verdadeira bola de neve em novembro, e aí o décimo terceiro nem sempre pode ser suficiente para estancar esse problema, que se torna eterno para muitas pessoas.
Mais do que quitar uma dívida, o ponto aqui é que, em um mundo onde tudo é instantâneo (delivery, streaming, trends e memes que duram poucos dias), esperar um ano inteiro para ter acesso ao 13º é um atraso e uma burocracia que não cabe mais neste século.
Felizmente, o direito à antecipação do 13º já vem ganhando força entre algumas empresas e instituições financeiras. Antecipar o bendito salário extra garante que o trabalhador tenha um respiro na hora de pagar as contas e evite o estresse financeiro, além de poder usar essa quantia para aproveitar uma oportunidade ou investir.
Mas qual o preço do adiantamento?
Vale a pena?
Quem pode antecipar?
Quanto custa antecipar?
Para ser justo, precisamos falar das vantagens e desvantagens em adiantar o salário extra. A maior vantagem é a liquidez. É ter em mãos um dinheiro que já é seu, por direito, e usá-lo de forma mais inteligente para fazer esse capital render mais, uma vez que todo dinheiro parado desvaloriza diariamente.
Ou também, como falamos antes, usar esse dinheiro para evitar gastos maiores no futuro, como os juros de uma dívida de cheque especial, de rotativo de cartão de crédito, empréstimo, financiamento, entre outras.
Olhando para o outro lado agora, é preciso deixar claro que a maior parte das instituições que oferecem esse adiantamento acabam cobrando uma taxa. O adiantamento do 13º ainda não é gratuito para a maior parte dos brasileiros, mas vale fazer uma conta.
A taxa que você vai pagar é menor do que o acúmulo da dívida? Ou menor que uma oportunidade de compra à vista ou de investimento que surgiu? Basta colocar na ponta do lápis e fazer essa conta, muitas vezes vale a pena.
Ok, mas como adiantar?
“Peço para a minha empresa”. Bom, nem sempre. A forma mais comum hoje é através de uma linha de crédito oferecida pelos bancos aos clientes. Sabendo que as empresas têm uma data limite para fazer o pagamento do benefício, os bancos e financeiras oferecem esse crédito a uma taxa muito baixa de juros. Isso porque já é garantido que o cliente terá fundos para fazer o pagamento do empréstimo.
Muitas agências de crédito também fazem propostas de como adiantar o 13º salário aos seus clientes. No entanto, como essas instituições não possuem nenhum vínculo com as empregadoras, o valor fornecido se trata de um empréstimo comum, mas no valor do salário do profissional. Sendo assim, é preciso se atentar para não acabar caindo em uma cilada, pagando taxas de juros astronômicas.
Além das formas mais convencionais, plataformas de saúde financeira trazem formas de adiantar o 13º com o pagamento de uma tarifa única informada no ato da compra, não precisando se preocupar em pagar o dobro do valor posteriormente, por exemplo.
Outra vantagem é que alguns aplicativos não só oferecem o adiantamento do 13º, mas também o adiantamento do próprio salário mensal, das comissões, educação financeira e outros benefícios para melhorar a saúde financeira do trabalhador.
Outro ponto forte dessas soluções que permitem o adiantamento sem a necessidade de um empréstimo é a agilidade. Enquanto que na forma tradicional você precisa passar por aprovações de crédito e processo de liberação do dinheiro entrar na conta, no pedido por demanda, ou seja, em que você utiliza somente aquilo que já é de seu direito, o dinheiro fica disponível para a pessoa em minutos.
O modelo tradicional de pagamento do salário aos poucos vai se desconstruindo no Brasil, e com maior velocidade no mundo. Ter o dinheiro sob demanda desafoga folhas de pagamento, serve como incentivo para o funcionário e melhorar a vida financeira de todos os envolvidos.
O décimo terceiro sob demanda é só a continuidade dessa tendência que vivemos no mercado de trabalho. Apostar e acreditar nos benefícios que ela proporciona é o melhor caminho para as empresas, sejam elas de qualquer tamanho, segmento ou serviço.
Por Flaubi Farias, head de marketing no Xerpay, é jornalista, comunicador e profissional de marketing com mais de 10 anos de experiência no mercado.
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