Enquanto os líderes mundiais se reúnem na COP28 para discutir o futuro da política climática, novos dados do LinkedIn mostram que o mundo enfrenta uma escassez significativa de habilidades e talentos verdes, que são aqueles voltados para a preservação ou restauração do meio ambiente. Os dados da plataforma mostram que, se quisermos cumprir as metas climáticas, precisamos ir mais longe e mais rapidamente no que diz respeito à contratação desses talentos e no desenvolvimento de competências voltadas para essa temática.

A notícia positiva para o planeta é que, globalmente, as contratações verdes continuam a aumentar – ultrapassando significativamente as contratações globais nos principais mercados em todo o mundo. No seu pico, o ritmo de contratação de talentos verdes foi duas vezes maior que o da contratação geral no Brasil, superando o pico da taxa de contratação verde nos EUA, que ultrapassou 44%, seguido pelo Reino Unido (30%), Espanha (28%), França (25%) e Alemanha (19%), em comparação com a taxa global, que atingiu um pico de 24% a mais.

No entanto, ainda não existem talentos suficientes – e qualificados – para atender essa demanda. Os dados do LinkedIn mostram que, globalmente, apenas 1 em cada 8 profissionais possui uma ou mais competências verdes. Embora a porcentagem de usuários da plataforma com essas competências ou experiências tenha crescido 12,3% entre 2022 e 2023, o ritmo não é suficiente para atender a procura de talentos. Os nossos dados sobre ofertas de emprego mostram que a procura por competências verdes aumentou 22,4% no mesmo período.

“O caminho a ser seguido é claro e os dados mostram os passos que devemos dar para enfrentar os desafios. Os debates sobre as alterações climáticas devem ser acompanhados de investimentos adequados para melhorar as competências dos trabalhadores, e isso inclui a implementação de programas de formação e mais ofertas de empregos voltados especificamente para esta frente. O futuro do nosso planeta depende de talentos verdes qualificados”, diz Allen Blue, cofundador e vice-presidente de gerenciamento de produtos do LinkedIn.

Romper a disparidade de gênero é fundamental para uma transição verde equitativa

A pesquisa da rede social corporativa aponta para uma crescente disparidade de gênero nas competências verdes: 9 em cada 10 mulheres não possuem uma única competência relacionada a esta área. Apenas 10% das mulheres possuem competências ou experiência verdes, em comparação com 16% dos homens.

Além disso, a sub-representação das mulheres na liderança é mais acentuada nas indústrias voltadas à sustentabilidade. O público feminino representa apenas 20% dos cargos de vice-presidente e 21% dos cargos de diretoria nessas indústrias, em comparação com 27% dos cargos de vice-presidente e 25% dos cargos de diretoria em toda a economia global.

As disparidades também são visíveis nos desafios enfrentados por cada gênero – as mulheres precisam enfrentar obstáculos maiores. Quando os homens assumem os seus primeiros empregos verdes, a semelhança de competências com o seu emprego anterior (não verde) tende a ser 27% superior à das mulheres.

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Habilidades mais demandadas no Brasil:

  • 1. Certificação NEBOSH (National Examination Board in Occupational safety and Health);
  • 2. Amostragem de Solo;
  • 3. Terra Contaminada;
  • 4. Sistema PV;
  • 5. Arquitetura sustentável.

Curso gratuito no LinkedIn Learning

Para ajudar ainda mais os profissionais que buscam uma carreira verde, o LinkedIn disponibilizou um curso gratuito em português no LinkedIn Learning, que aborda conselhos práticos para os profissionais sobre carreiras sustentáveis: Empregos Verdes: Como Construir uma Carreira Sustentável.

Por Redação