Com o objetivo de entender o que pensam os talentos em todo o mundo e o que os motivam no âmbito profissional, a Randstad lança a nova edição do seu estudo anual Workmonitor, realizado com mais de 27 mil pessoas em 34 países. Os dados revelam que a busca pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional continua sendo unânime entre os profissionais, eleito o principal aspecto ao avaliar uma oportunidade de emprego, tanto no Brasil (95%), quanto globalmente (93%). Logo atrás, vêm segurança no emprego (93% vs. 89%) e férias anuais e suporte à saúde mental (92% vs. 83%).
Apesar da firmeza e clareza nas exigências dos profissionais em relação aos empregadores, os dados mostram que quase metade dos trabalhadores em todo o mundo (45%) e no Brasil (47%) estão preocupados em perder seus empregos neste ano, o que os motiva a ter mais cautela em suas decisões quando não têm suas expectativas atendidas.
Lucas Crepaldi, Head de Marketing da Randstad Brasil, explica essa mudança de cenário em relação aos anos anteriores: “Durante o período da pandemia, especialmente, os profissionais mais qualificados experimentaram um aumento significativo no poder de escolha em relação às oportunidades, fato que resultou em picos históricos de demissões voluntárias e acontecimentos sem precedentes, como o Quiet Quitting. Contudo, desde o ano passado, após um período de adaptação às demandas dos talentos, as empresas voltaram a impor suas próprias condições, como a volta ao trabalho presencial. ”.
A volta aos escritórios
Com base na perspectiva de que o trabalho remoto veio para ficar, nos últimos anos, mais de um terço (37%) dos trabalhadores realizaram ajustes e adaptaram suas vidas para uma nova realidade, como mudar de casa ou adquirir um animal de estimação.
Embora 40% dos profissionais brasileiros e internacionais tenham afirmado que o home office ainda permanece como uma condição inegociável e que considerariam sair do emprego se as empresas determinassem mais idas obrigatórias ao escritório, observou-se o conflito de interesse, pois nos últimos meses aproximadamente a mesma porcentagem das companhias (40%) em que trabalham os respondentes ficaram mais rigorosas e exigiram essa volta dos colaboradores ao escritório.
“Garantir um equilíbrio estável no dia a dia é um aspecto fundamental para os profissionais contemporâneos que, cada vez mais, estão priorizando sua própria felicidade, saúde mental e vida particular em relação à carreira. Isso destaca a necessidade de as organizações ouvirem atentamente seus colaboradores para entender e avaliar suas prioridades, na busca de encontrar um melhor caminho para ambos, principalmente os mais jovens”, diz Crepaldi.
Equidade e exigências
A importância da equidade é cada vez mais evidente para os profissionais, que preferem empregadores alinhados com suas visões, valores e compreensões do mundo. Os dados revelam que a maioria (52%) dos trabalhadores em escala global acredita que a responsabilidade pela promoção da equidade recai sobre o empregador, enquanto apenas 18% atribuem esse encargo a eles próprios.
No Brasil, observa-se uma distribuição mais equilibrada: 43% dos respondentes apontando o dever para as empresas e 30% assumindo a responsabilidade a eles mesmos. Dentre as principais demandas dos profissionais, a equidade de remuneração entre os gêneros é destacada como a mais urgente, com 70% dos brasileiros expressando essa preocupação em comparação com 65% globalmente.
Colab
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“No âmbito nacional, metade dos profissionais não aceitaria oportunidade de emprego caso as empresas não demonstrassem esforço proativo para melhorar sua diversidade e equidade, e se não estivessem alinhadas nas questões sociais e ambientais. Os talentos querem trabalhar em empresas que refletem as suas próprias opiniões e valores. Por isso, os colaboradores precisam ser vistos como indivíduos completos, muitas vezes com origens e circunstâncias específicas que podem influenciar suas preferências, desejos e papéis em uma equipe. Eles buscam organizações onde possam se expressar plenamente, trabalhar com propósito e sentir-se parte de algo maior, contribuindo para promover mudanças positivas”, pontua o Head de Marketing.
Por Redação