Há anos o tema felicidade permeia minha vida; desde muito nova até a construção de toda minha trajetória estruturada no autoconhecimento, na inteligência emocional e desenvolvimento humano. Faz um bom tempo, quando pouco ou quase nada se falava sobre isso, eu lançava o livro “O Mapa da Felicidade“. A vida me impôs escolhas e eu decidi pelo caminho de ser dona de mim, dos meus sentimentos e ações, portanto, escolhi ser feliz.
O autoconhecimento é a estrada que nos leva para a chamada felicidade, pois nos permite sentir orgulho de nós mesmos, do que somos, do que fazemos. É por meio dele que aprendemos a reconhecer nosso valor, a comemorar não só as grandes conquistas, mas as pequenas também, a perdoar a nós mesmos, aos outros e às circunstâncias sobre as quais não temos poder algum.
Um movimento recente na indústria do trabalho tem levado à Ciência da Felicidade cada vez mais como pauta prioritária também nas empresas. Hoje, a felicidade é vista em sua totalidade; olhando para o bem-estar pessoas não só nas suas vidas particulares, mas no exercício de suas profissões e carreiras. É comprovado o bem mútuo que esse sentimento traz do ponto de vista da performance das organizações e dos indivíduos que a compõem.
Em uma pesquisa realizada recentemente pelo HR First Class revela que 76% das lideranças de RH querem implementar programas de felicidade corporativa; o que é um bom sinal; indicativo de que as empresas estão sensibilizadas com o tema e com planos para instaurar uma estrutura organizacional que permita um ambiente saudável para seus colaboradores.
O estudo intitulado “Felicidade como Pilar Estratégico no bem-estar dos colaboradores”, conta inda que 40% dos entrevistados afirmam que cuidar da felicidade melhora o clima organizacional e o fluxo de pertencimento à organização. Na outra ponta, 52% disseram que os líderes tóxicos são a principal causa da infelicidade no trabalho.
O que podemos concluir é que, sem dúvida, o papel das empresas está cada vez mais preponderante na saúde mental e bem-estar dos seus colaboradores, mas é preciso atentar também que para além das empresas, cada um de nós, de forma individual temos que tomar a decisão de buscar os caminhos para vivenciar a felicidade.
Nunca devemos atribui-la o outro, aos bens, ao cargo, à função ou a acontecimentos externos, precisamos encontrá-la dentro de nós, fazendo escolhas e buscando as circunstâncias adequadas para viver esse bem-estar, sem condicionamentos externos.
É sempre bom lembrar que autoconhecimento nos paramenta a desbloquear aquilo que nos impede de enxergar em nós mesmos os caminhos e o potencial de sermos felizes. Quando sabemos quem somos, quando nos voltamos para dentro de nós, ativamos nossa capacidade criativa, nossos resultados, nos acolhemos, nos perdoamos e criamos ali uma dinâmica positiva em nossos comportamentos.
O líder tem este importante papel de investir em se autoconhecer para gerir de forma agregadora e empática, trazendo sua equipe para junto dele, olhando as necessidades individuais e do grupo. Os liderados, como indivíduos, também precisam buscar esse esclarecimento para entender seu valor na empresa e contribuir na construção da evolução das metas e propósitos da organização da qual fazem parte. É um caminho de mão dupla e que leva todos ao sucesso.
Estudos recentes apontam que a maioria das empresas reconhecem que bons resultados estão intimamente relacionados à felicidade dos colaboradores, combinados com sentimentos como ser tratado com respeito e igualdade e se sentir realizado naquilo que faz.
Da mesma maneira, a falta de motivação e de um ambiente salutar e pouco empático trazem um clima ruim que afeta a produtividade, provocam acúmulo de trabalho e pressão, desencadeiam doenças relacionadas ao estresse laboral, entre outros danos.
Grandes organizações têm criado um departamento e/ou o cargo de Chief Happiness Officer que é o responsável por cuidar essencialmente da promoção do bem-estar e saúde da equipe. As empresas têm experimentado junto a essas mudanças um clima positivo e de mais rendimento e entrega.
Vejo esse movimento como um caminho positivo, evolutivo e que tende a se disseminar por empresas de vários mercados, modelos e tamanhos, pelo Brasil e no mundo, e isso é realmente um importante passo!
Trabalhar em uma empresa que valoriza o ser humano é uma boa escolha. Outro bom caminho é não se esquecer do bem-estar com a sensação de valia que o trabalho nos dá. Mas valia – ou valor – não é só dinheiro, tem a ver com propósito: para quê eu trabalho, o que me motiva, o que estou construindo, o que posso conquistar com o fruto do meu trabalho?
Todas essas perguntas devem ser feitas para que você, em um ambiente feliz de trabalho, encontre ainda mais motivação e utilidade naquilo que faz. Isso nos traz satisfação pessoal e, portanto, a sensação de felicidade.
O autoconhecimento conseguirá guiá-lo não só em fazer essas perguntas, mas obter as respostas. Isso é ser feliz. Construa-a diariamente em todas das áreas da sua vida!
Por Heloísa Capelas, reconhecida como uma das mais brilhantes especialistas em Autoconhecimento e Inteligência Emocional do país. Autora best-seller, palestrante e empresária, é mentora de líderes e ministra treinamentos para profissionais que buscam evolução na vida e carreira. É criadora do Universo do Autoconhecimento, plataforma de cursos on-line e considerada uma das maiores autoridades aplicação do Processo Hoffman, no mundo. É CEO do Centro Hoffman.
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