Será que há um “limite” para o talento? Não é de hoje que vemos histórias de profissionais que têm dificuldade para se recolocar no mercado de trabalho por excesso de qualificação ou de experiência, o que pode ter acontecido com um ex-funcionário do Nubank que alega ter sido desligado por ser “sênior demais”. E falando em demissão, um CEO foi a público sob lágrimas após despedir alguns de seus colaboradores. No entanto, sua postagem repleta de emoção parece não ter agradado muito quem a viu.
Vamos juntos entender o que está rolando? É hora do GiroRH da semana. Como certa vez disse o navegador Amyr Klink, “um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir”. Em outras palavras, como eu diria: partiu!
Decisão judicial
O executivo Juliano Pereira dos Santos terá de pagar R$ 5,5 mil de custas e despesas processuais após perder ação movida contra a Oracle do Brasil. Em outubro do ano passado, o diretor-técnico da Proz Educação rescindiu um contrato milionário com a multinacional após ter sido chamado de “negão” por Matheus Mason Adorno, representante da Optat Consulting, fornecedora homologada da corporação, em uma videoconferência.
Santos entrou na Justiça contra a Oracle do Brasil pedindo indenização por danos morais, alegando omissão por parte da empresa após o ocorrido com a Optat, porém a solicitação foi negada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A defesa irá recorrer da decisão enquanto o processo contra o autor da ofensa continua em andamento.
Evento de sucesso
Teve fim, nesta quinta-feira (18), o congresso digital TopRH Sync. 100% online, o evento trouxe os indicados ao prêmio Top of Mind de RH para palestras e entrevistas sobre os principais temas do presente e do futuro dos Recursos Humanos. Foram mais de 80 atrações espalhadas por diferentes salas temáticas. O evento teve mais de 3 mil inscritos e um feedback muito positivo de quem teve acesso às empresas e aos profissionais que mais inovam em prol do RH.
Quem se inscreveu, mas não teve a oportunidade de acompanhar as apresentações, terá mais 30 dias de acesso para ficar por dentro do melhor da terceira edição do TopRH Sync. Além disso, nas próximas semanas o RH Pra Você disponibilizará um report exclusivo sobre o congresso digital.
Oportunidades de estágio
No embalo do Dia do Estagiário (18 de agosto), a Cortex, empresa de inteligência de vendas B2B, mapeou os principais portais de vagas do país para identificar quais áreas, atualmente, possuem mais oportunidades de estágio em aberto.
Ao todo, a busca levantou 87 mil vagas abertas para quem quer estagiar, sendo 28% delas para a área de Administração. São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Rio de Janeiro são os estados onde há maior procura das empresas por estagiários.
Confira as profissões com mais vagas de estágio abertas no Brasil:
- Administração de Empresas – 15.506 oportunidades
- Análise de Sistemas – 7.108
- Engenharia – 6.205
- Publicidade e Propaganda – 4.193
- Recursos Humanos – 4.175
- Financeiro – 2.043
- Odontologia – 2.025
- Direito – 1.853
- Design – 1.663
- Logística – 1.643
- Psicologia – 1.247
- Pedagogia – 1.139
- Farmácia – 1.031
- Enfermagem – 874
- Arquitetura – 817
Plano de saúde recheado
A multifuncionalidade do plano de saúde oferecido pela Microsoft Brasil aos seus colaboradores não para de crescer. Para fortalecer suas políticas de bem-estar e diversidade & inclusão, a companhia anunciou que o plano cobrirá tratamentos para transição de gênero, fertilidade e câncer.
Mas não para por aí! O pacote médico também passa a incluir cirurgia bariátrica e também todo o acompanhamento necessário para melhorar a qualidade de vida de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista).
Pressão na Amazon
Na busca por melhores condições de trabalho, os funcionários sindicalizados da Amazon conseguiram aliados importantes para expor a causa ao público e pressionar a companhia a ouvir suas reivindicações: um grupo com 70 influenciadores do TikTok. O número pode não parecer tão intimidador a ponto de preocupar a corporação, mas a quantidade somada de seguidores que eles possuem talvez mude um pouco o panorama: são mais de 51 milhões.
Dentro da campanha People Over Prime, a coalizão tem a missão de interromper todo o trabalho na empresa até que as demandas dos colaboradores sejam ouvidas. Em algumas das sedes, grupos de trabalhadores já iniciaram paralisações.
Quem disse que sou fácil?
Um mapeamento realizado pela empresa de recrutamento Intera revelou que 35,46% das ofertas de emprego feitas em dezembro de 2021 foram recusadas. A estatística chama atenção quando recordamos que há mais de 10,6 milhões de desempregados no país, mas mostra que as empresas precisam sair da zona de conforto para ter poder de atração.
Contudo, o que, de fato, está motivando os profissionais a recusarem tantas vagas? E como lidar com tal situação para que os negócios parem de perder bons talentos? Quem responde essas e outras perguntas é Felipe Beranger, responsável pelo estudo e pela área de Sucesso do Talento da Intera. Confira o papo no vídeo acima ou acompanhe o episódio do RH Pra Você Cast pela sua plataforma de streaming favorita.
Sem recrutadores, sem talentos
Sob um processo de desaceleração de novas contratações, a Amazon dispensou profissionais de Recursos Humanos terceirizados. Empregados que tinham a responsabilidade de encontrar novos talentos à companhia foram desligados em um medida que, segundo os próprios e especialistas de mercado, não é tão comum dentro da gigante tecnológica.
Ao todo, cerca de 100 colaboradores autônomos não fazem mais parte do quadro da empresa. Tim Cook, CEO da Apple, afirmou que ainda haverá investimentos e contratações em determinadas áreas, mas “em reconhecimento às realidades do ambiente”. Vale lembrar que outras marcas poderosas no mercado, como Oracle, Microsoft e Tesla, também provocaram demissões nos últimos meses por conta de suas respectivas desacelerações.
Sênior demais
Na última terça-feira (16), um desabafo sobre uma demissão chamou atenção no LinkedIn. O agora ex-colaborador do Nubank, Igor Ferreira, que exercia o cargo de People Growth Enabler no banco digital, alegou que foi demitido da companhia por ser “sênior demais”. “Fui convidado a me retirar do Nubank com a justificativa de ser ‘sênior demais para os objetivos e rumos da área e não encontrarmos nenhum outro desafio ou projeto para você aqui’”, disse.
No relato, ele também acusou a empresa de mantê-lo como colaborador por conveniência, apenas para aumentar os números de contratações voltadas à política de diversidade & inclusão.
“Servi ao Nubank até onde lhes interessava, foi conveniente me contratar, assim como tantos outros, para elevar os números de D&I na empresa, à época da maior crise de imagem que viveram tendo em vista o discurso racista estrutural bem problemático da então CEO Cristina Junqueira no Roda Viva. Querem saber sobre a cultura de D&I no Nubank, basta assistir a esta entrevista, a realidade está ali”, declarou.
Ao portal UOL, o banco respondeu que “não comenta casos específicos por respeito ao sigilo de seus funcionários e clientes”.
Só resta chorar
No embalo dos desabafos sobre demissão no LinkedIn, quem também viralizou ao falar sobre o tema na rede social foi o CEO da startup norte-americana de marketing HyperSocial, Braden Wallake. Após demitir alguns colaboradores da empresa, o executivo foi a público e compartilhou uma foto chorando, alegando tristeza pelo ocorrido. “(…) quero que as pessoas saibam que nem todo CEO é sangue-frio e não se importa quando tem que demitir alguém”, escreveu.
A postagem, que até o momento tem mais de 56 mil reações e ultrapassou os 10 mil comentários, divide opiniões. Enquanto algumas pessoas exaltaram a exposição da vulnerabilidade por alguém na posição de Wallake, outras acusaram o CEO de exibicionismo, alegando que as vítimas da situação são os colaboradores demitidos e não o executivo, e dizendo ainda que se há legitimidade na emoção ele deveria auxiliar os ex-funcionários a se recolocarem no mercado.
E você, de qual lado está?
Terapia psicodélica
Nos Estados Unidos, um benefício “diferente” está sendo testado em algumas organizações. Na busca por estratégias que potencializem o cuidado com o emocional do colaborador, empresas locais passaram a utilizar a cetamina para realizar terapias assistidas.
Legal para uso médico no país, a cetamina, que normalmente é utilizada como anestésico, vem se popularizando após pesquisas indicarem que ela é útil para o tratamento de enfermidades mentais.
“Não estamos falando de uso recreativo. É uma experiência totalmente nova tomá-la com um terapeuta que o oriente e o permita ter diferentes perspectivas”, disse Shane Metcalf, cofundador e diretor de pessoas e cultura na 15Five, empresa de software de RH que aderiu ao benefício.
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Por Redação