A rápida evolução do ambiente corporativo nos últimos anos nos trouxe muitos ensinamentos valiosos. As companhias ainda estão em busca do modelo que mais se encaixa com as suas necessidades e as demandas dos colaboradores, e para isso seguem observando constantemente as tendências que estão surgindo e se popularizando. O cenário atual, pós-pandêmico e de forte transformação digital, apresenta uma nova era de trabalho, caracterizada principalmente pela adaptabilidade, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e, claro, home office.

Nesse sentido, um dos principais desafios enfrentados pelas organizações é como prosperar nesse novo momento e ao mesmo tempo priorizar o fortalecimento dos vínculos entre as equipes, independentemente de onde estejam. Além disso, há a grande questão de como equilibrar a necessidade de integrar os times e consolidar a cultura organizacional com a demanda dos profissionais por mais flexibilidade.

Como apontam os dados da pesquisa “Tendências e Perspectivas do Trabalho – Report WeWork LatAm 2023” lançada pela WeWork em parceria com a Page Outsourcing, Reconnect | Happiness at Work e Exboss, e realizada com 10 mil profissionais de cinco países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México), a flexibilidade é prioridade para os colaboradores atualmente, e 81% dos entrevistados gostariam de ter ou já possuem um benefício nesse sentido.

Porém, com o empenho das lideranças e do RH, o caminho para chegar a um resultado que faça sentido para todos os lados pode ser menos turbulento. Ainda que o trabalho remoto não seja algo realmente novo, a escala em que foi adotado é muito maior do que se tinha até então.

Durante a pandemia, fomos forçados a repensar como trabalhamos, e agora, conforme emergimos dessa crise global, testemunhamos o surgimento de um modelo híbrido, que combina o presencial e remoto enquanto tenta oferecer as ferramentas necessárias para que os colaboradores prosperem e as empresas se mantenham competitivas.

Já compreendemos que a distância física pode prejudicar a construção de relacionamentos e colaboração entre as equipes, o que torna ainda mais importante pensar em alternativas que integrem, motivem e engajem os funcionários. A interação no escritório proporciona momentos essenciais de troca de ideias e construção de laços, e para preservar e incentivar essas trocas, é preciso planejar um calendário de eventos e atividades estratégicas que ofereçam mais valor e desenvolvimento.

Outro ponto relevante é promover uma cultura de compartilhamento online. Para isso, é fundamental incentivar os times a compartilhar ideias, o que contribui para a construção de um senso de comunidade e ajuda a entender melhor os colegas. Porém, como realizar uma boa comunicação online é algo desafiador e exige habilidades específicas, as companhias também devem incorporar treinamentos com foco em escuta ativa e gerenciamento de conflitos.

Além disso, estabelecer uma métrica de ênfase nos resultados, e não nas horas trabalhadas, proporciona aos colaboradores a liberdade de gerenciar seu tempo de forma mais adaptável – o que também ajuda a atender a demanda por flexibilidade.

Junto a essas ações, é vital manter um diálogo aberto com a equipe, avaliando regularmente se o modelo adotado está funcionando ou não. Essas conversas permitem fazer ajustes conforme necessário, e mostram que a empresa está de fato preocupada com o bem-estar dos colaboradores e apta a se adaptar.

O home office e o trabalho híbrido representam o futuro do mercado corporativo, e aceitar essa nova realidade é essencial para o crescimento e desenvolvimento dos negócios no mundo moderno. Abraçar e buscar entender as novas tendências é o principal caminho para a inovação, pauta que tem sido tão comentada pelas companhias nos últimos anos. Pense nisso!

Gustavo Caetano é CEO da Samba Tech, embaixador da Reserva e autor do best-seller “Pense Simples”. É um dos colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação.