O ideal seria que Lula ainda estivesse preso pela corrupção comprovada e que a condenação não tivesse sido revertida, inclusive com o voto do juiz que Bolsonaro colocou no STF.

O ideal é que os juízes do STF não fossem indicados por políticos.

O ideal seria que Bolsonaro não tivesse aparelhado a Polícia Federal para bloquear investigações de corrupção envolvendo a sua família, que tivesse privatizado tudo e que tivesse reduzido o déficit público, ao invés de aumentá-lo.

O ideal seria que Lula não colocasse em dúvida seu compromisso com o equilíbrio fiscal, que é condição para o país crescer, gerar empregos, pagar melhores salários e ter recursos para bancar os gastos de governo, incluindo os programas sociais.

O ideal seria que os brasileiros nunca tivessem eleito Lula, nem Bolsonaro.

O ideal seria que houvesse surgido um líder capaz de unir o Brasil e os brasileiros, um líder que fortalecesse as instituições ao invés de fragilizá-las, que tivesse um projeto de redução do Estado, privatizações e combate à corrupção, gerando desenvolvimento e riqueza para todos os brasileiros.

Tudo isso seria ideal, mas não vivemos no Brasil ideal, vivemos no Brasil real.

No Brasil real, dada a situação em que estamos, não a que gostaríamos de estar, o melhor possível é minimamente resgatar as instituições, respeitando a democracia e o resultados das eleições.

O melhor possível é verificar cada informação que recebemos, principalmente aquelas poderiam ser verdade e que gostaríamos de acreditar que fossem. O melhor possível é parar de disseminar notícias falsas que nosso político de estimação tem interesse que disseminemos.

O melhor possível é cobrar e monitorar incessantemente o governo Lula, todos os governos estaduais e municipais, todos os senadores, deputados e vereadores, independentemente de partidos ou de ter votado neles ou não, a começar por cobrar de Lula um governo comprometido com o equilíbrio fiscal.

O melhor possível é não idolatrar nem defender nenhum político.

O melhor possível é pararmos de nos dividir e buscarmos nos unir.

O melhor possível é construir pontes e destruir muros entre a direita e a esquerda, entre o governo federal e os governos de estados e municípios, entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

Não temos, e provavelmente nunca teremos o Brasil ideal, mas podemos ter o melhor Brasil possível partindo da situação onde estamos. Só depende de nós, de cada um de nós, de todos nós…juntos.

Ricardo Amorimeconomista mais influente do Brasil segundo a Forbes e Influenciador nº 1 no LinkedIn. Indicado para os Prêmios iBest de Melhor Conteúdo de Economia e NegóciosMaior Influenciador do LinkedIn e Maior Influenciador de Opinião e Cidadania. Vote aqui. É um dos colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação.