Trabalhar em coletivo é, antes de tudo, uma escolha que precisa ser consciente. As pesquisas mostram que noventa e cinco por cento do que você faz na sua vida pessoal e profissional é em time, logo saber trabalhar em equipe e colaborar é fundamental. 

O que é um time ou uma equipe? A definição básica: um grupo delimitado de pessoas estável e interdependente que possui um objetivo compartilhado de alcançar um resultado. 

Aliás, você sabia que para a palavra em inglês muitas pessoas definem o termo da seguinte forma?  TEAM: Together, Everyone Achieves More.  Interessante né?

As pessoas que trabalham em organizações, obviamente, fazem parte de áreas, times, círculos ou squads, mas isso não significa que elas estão trabalhando coletivamente.

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Eu diria que, grande parte delas, está trabalhando para que suas ideias, seus estilos pessoais e suas maneiras de fazer as coisas prevaleçam e as outras pessoas, simplesmente, virem cópias delas mesmas.

Uma das escolhas mais difíceis de trabalhar coletivamente é reconhecer e admirar as diferenças. Muitas delas nos cansam, nos irritam em algumas situações. Mas, essas mesmas diferenças, em situações diferentes, nos fazem crescer, nos animam e nos fazem ir além de nós mesmos. Pois elas retratam talentos diferentes das nossas potencialidades que nem sempre estarão em um lugar construtivo e apoiador, mas, quando estiverem, serão incríveis.

O processo de um time que realmente trabalha em coletivo, inclui todos saberem qual é o objetivo e se comprometerem a esse objetivo comum. Saberem quais são os seus papéis de preferência complementares e alinharem os seus valores. Ter uma comunicação clara e um combinado das regras do jogo também muito claro.

É muito importante para que esse time seja efetivo, que o processo decisório seja também rigoroso e baseado em propósito. Ou seja, que exista uma coesão e as regras de participação. 

O Google fez uma pesquisa cuja a pergunta era, qual é o fator principal para um time ser de alta performance? E a conclusão que eles chegaram não foi que a quantidade de habilidades técnicas que o time possui, ou os diplomas que as pessoas tem na parede é o que faz a diferença.

São fatores importantes sim, mas o que a pesquisa mostra é que o principal fator é a segurança psicológica, ou seja, o líder desse time tem que ser capaz de garantir que os membros do time tenham a possibilidade de ser eles mesmos.

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No coletivo, algumas vezes, sinto que temos que abrir mão dos feedbacks que podam o que é genuíno em cada um. Seria mais potente conversar abertamente sobre as tensões que emergem dessas diferenças, para que novas maneiras de trabalhar juntos apareçam e continuem fortalecendo a diversidade de talentos e maneiras de fazer, sem desejar uma homogeneidade.

Mas como podemos fazer desse trabalho coletivo em equipe uma escolha mais consciente?

Acredito fortemente que isso só é possível se esse coletivo de pessoas não pula nenhuma das etapas da formação de um time, o time deve seguir de forma bem pragmática e consciente os seguintes passos: 

O Primeiro passo do ciclo de vida de uma equipe é a formação, que é sobre responder à pergunta: quem vai jogar nesse time com você? Segundo lugar, precisam se adaptar, quem vai fazer o que, quais são as funções. Terceira etapa a normatização, quais são as regras do jogo, quais são os valores, o que pode o que não pode, e aí sim vai acontecer o quarto que é a execução, a atuação em si da equipe.

Segundo o livro do Patrick Lencione das “Cinco Disfunções de um Time”: Para que o time seja efetivo deve evitar ao máximo essas disfunções, a primeira delas é a falta de confiança. Num time que não tem vulnerabilidade. Todo mundo está no pedestal, ninguém confia em ninguém. Essa é a base, é o pilar que atrapalha a gestão e a performance inicial e amadurecimento do mesmo.  

A Segunda disfunção é o medo de conflitos. Tem aquela harmonia artificial, aquela coisa que todo mundo concorda só por concordar. Terceiro, falta de comprometimento. Tem muita ambiguidade. Pessoal não veste a camisa. 

Quarta disfunção, as pessoas evitam responsabilizar os outros. Tem baixo padrão de qualidade. e o quinto, falta de atenção aos resultados. Ou seja, ao invés de focar no cliente, o time está focado no status e no próprio ego.

Lembre-se que sozinho você consegue até ganhar um jogo ou outro, mas jamais ele vai resultar em ganhar um campeonato e também de nunca exigir de um companheiro(a) de time algo que você mesmo não estivesse disposto a doar.

Nada é mais potente do que a inteligência coletiva em ação. 

Trabalhar em coletivo, uma escolha consciente! 

Por Karen Julliet Cartagena Rodriguez. Com experiência em indústrias de base, Karen Rodriguez passou por grandes empresas como o grupo Votorantim, Nissan Motors Corporation e o setor de energia na ISA CTEEP e RAIZEN na área de RH. A profissional possui experiências nas áreas de gestão de talentos, recursos humanos, clima e cultura, experiência do colaborador, aprendizagem, aquisição de talentos, HRBP e diversidade no ambiente de trabalho.

Ouça o episódio 145 do RH Pra Você Cast, “O que é preciso para construir times de alta performance?“. Como desenvolver lideranças e equipes de alta performance? Por mais que muitos tentem buscar uma “receita de bolo” para responder tal questão com facilidade – e, tão facilmente quanto, levar à execução -, o fato é que só há um caminho para que o sucesso guie a missão: treinar, treinar e treinar. Seja para líderes e liderados, a capacitação é fator determinante para a construção de times que alcançam os melhores resultados e, consequentemente, potencializam suas carreiras e a competitividade das organizações. Porém, mesmo a capacitação precisa ser estratégica. O olhar das empresas deve ser assertivo, humanizado e focado a treinamentos que, efetivamente, fazem a diferença. Eis, no entanto, que outra pergunta se manifesta: como tornar o desenvolvimento de pessoas estratégico para que as equipes de alta performance existam? Isso quem responde é uma dupla que entende – e muito – do assunto. O RH Pra Você Cast recebe Giovane Gávio, bicampeão olímpico de vôlei, palestrante e gestor de projetos esportivos, e também Sergio Agudo, Country Director da GoodHabitz. Confira clicando no app abaixo:

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