Além do Estigma: Como a Síndrome do Impostor afeta os profissionais da comunidade LGBTQIAPN+. A Síndrome do Impostor é uma realidade comum em muitos ambientes profissionais, onde indivíduos sofrem com a sensação constante de inadequação e o medo de serem desmascarados como “fraudes” em suas conquistas.

No entanto, para aqueles que fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Intersexuais, Assexuais, Pansexuais, Não-binárias e outras identidades de gênero e orientações sexuais), essa experiência é frequentemente mais desafiadora do que para outros grupos.

Dados revelam que cerca de 70% dos brasileiros enfrentam insegurança e uma sensação de insuficiência no ambiente de trabalho, conforme revelado por um levantamento da Febracis em agosto de 2023. Essa estatística é particularmente relevante ao considerarmos a interseção entre a Síndrome do Impostor e a comunidade LGBTQIAPN+.

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Além disso, é importante reconhecer os avanços históricos em termos de diversidade e inclusão. Um marco significativo foi a inclusão da orientação sexual como critério de discriminação proibida na Constituição brasileira em 1988. Essa medida reflete um compromisso com a igualdade e o respeito à diversidade sexual.

Como membro dessa comunidade, posso atestar que a Síndrome do Impostor impacta pessoas de todos os espectros demográficos. No entanto, para indivíduos LGBTQIAPN+, os desafios adicionais impostos pela discriminação, preconceito e estigma social podem agravar ainda mais esses sentimentos de inadequação e auto dúvida.

A jornada de aceitação e autenticidade para pessoas LGBTQIAPN+ frequentemente é uma estrada de obstáculos. Enquanto tentam estabelecer-se profissionalmente, muitos se deparam com barreiras adicionais, desde o medo de enfrentar discriminação no ambiente de trabalho até a pressão para ocultar nossa identidade de gênero ou sexualidade, a fim de se conformar com as normas sociais prevalecentes.

Além disso, há estereótipos prejudiciais e expectativas sociais irrealistas em relação ao desempenho no trabalho. A noção equivocada de que pessoas LGBTQIAPN+ são menos competentes e confiáveis do que seus colegas heterossexuais e cisgêneros alimenta os sentimentos de impostor e pode vir a minar a autoconfiança.

No entanto, é fundamental compreender que a experiência da Síndrome do Impostor é única para cada indivíduo, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual. Cada um enfrenta desafios específicos em sua jornada de autodescoberta e aceitação, e é importante reconhecer e respeitar essa diversidade também de experiências.

Para lidar com a Síndrome do Impostor, é preciso buscar apoio emocional e profissional adequado. Isso pode incluir terapia individual, participação em grupos de apoio LGBTQIAPN+ ou mentoria com profissionais que compreendam as complexidades das identidades de gênero e sexualidade.

Promover uma cultura de inclusão e diversidade no local de trabalho é fundamental para criar um ambiente onde todas as pessoas se sintam valorizadas e respeitadas. Isso requer a implementação de políticas antidiscriminatórias, treinamento de sensibilização para as equipes e a promoção da igualdade de oportunidades para todos os funcionários.

Reconhecer e abordar as diferenças na experiência da Síndrome do Impostor para pessoas LGBTQIAPN+ é um passo para a construção de locais de trabalho mais inclusivos e equitativos. Ao apoiar uns aos outros e criar espaços seguros para expressar autenticamente quem somos, podemos combater os efeitos negativos da impostura e promover o bem-estar de todos.

Síndrome do Impostor: Impacto na Comunidade LGBTQIAPN+Por Gabriel Gatto, consultor em RH há mais de 15 anos e especialista em psicologia organizacional e foi reconhecido como o melhor tech recruiter em 2023.

 

 

Ouça o episódio 181 do podcast RH Pra Você Cast, “A saúde dos trabalhadores está em risco?“. A abordagem das empresas em relação à saúde dos colaboradores traz otimismo. Desde a pandemia, o bem-estar e a qualidade de vida passaram a ser assunto obrigatório nas organizações para que elas se mantenham competitivas. Contudo, será que a prática é tão positiva quanto o debate? Segundo uma pesquisa recém realizada pela Alice, ainda existem muitos gaps a serem corrigidos. Para falar mais sobre o estudo e também a respeito do cenário da saúde do trabalhador para 2024, batemos um papo com Sarita Vollnhofer, CHRO da Alice. Confira abaixo:

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