Não se engane, o caminho da liderança criativa não tem destino final
O destino final das pessoas que almejam ser chefes se resume a uma cadeira, sala privada ou posição hierárquica. Já o destino de quem almeja a liderança não existe. Nunca chega. O objetivo da liderança criativa não é chegar a lugar algum, e sim continuar caminhando e evoluindo.
Liderar é aprender a se comunicar com o objetivo de criar confiança. Criar é dar vida a algo novo e trabalhar para aquilo dar certo. Grandes líderes lideram pelo exemplo. Confúcio já dizia: “a palavra convence, mas o exemplo ARRASTA”.
Por isso, compartilho as 4 técnicas que podem ajudar você a se tornar um(a) líder(a) criativo(a):
1- Comunique-se regularmente e de forma clara:
Um não funciona sem o outro. De nada adianta você falar regularmente com seu time se a sua fala não for compreendida, já que os direcionamentos ficam confusos e nebulosos. Da mesma forma que, de nada adianta falar de forma muito clara, porém apenas uma vez por ano. Sua equipe vai se sentir abandonada e sem referência.
O que fazer? Rodadas de conversas regulares. E não estou falando de feedbacks sanduíches, como chamamos os feedbacks que começam com elogio (pão), passam pelos pontos de atenção (recheio) e finalizam com outros pontos positivos e elogios (pão). Estou falando apenas em criar espaços para ter conversas regulares e honestas que terminem com passos alcançáveis à frente. Pessoas querem se sentir desafiadas e em constante processo de aprendizado. Portanto, durante as rodas de conversa tenha sempre esses dois objetivos em mente.
2- Assuma a responsabilidade:
Quando se está na posição de liderança é fácil cair na armadilha da vítima. O líder criativo por si só delega muito e acaba por permitir que as coisas saiam de um jeito diferente do que era esperado. Isso faz parte da responsabilidade de delegar.
Mas é fundamental que você cuide para não cair na mentalidade de vítima, colocando a responsabilidade dos erros e falhas no seu time. Ou ainda pior, colocar a culpa no fato de ter delegado tal tarefa. Em vez disso, é importante que você seja o primeiro a assumir a responsabilidade das ações que seu time realizou, mesmo que isso não tenha passado por você.
Lembre-se que seu objetivo é levá-los a um ponto onde eles se sintam confortáveis e confiantes operando por conta própria. E para chegar lá, é fundamental entender que algumas coisas não vão dar certo.
3- Crie espaços para o erro:
Microgerenciamento de pessoas é algo raramente eficaz. Claro que você quer que as coisas dêem certo, mas a única forma de construir confiança e auto-responsabilidade é construindo um ambiente seguro.
Portanto, crie mecanismos que permitam o erro calculado. Isso vai fazer com que o seu time se sinta confiante e, ao mesmo tempo, caso tudo der errado, você não colocou tudo a perder.
4- Peça feedbacks:
Qualquer pessoa do seu time deveria se sentir 100% confortável em te dar feedbacks. A única forma de criar um ambiente onde isso acontece é quando as pessoas sentem que suas opiniões são ouvidas e bem recebidas, mesmo que você discorde delas. Crítica é que nem assalto, não reaja. Ouça, agradeça e processe a informação que recebeu com calma.
A última coisa que você quer é trabalhar isolado do seu time e sozinho com seus pensamentos. Afinal, você não tem nada a perder ao ouvir perspectivas diferentes das suas, pelo contrário, só tem a ganhar.
Não existe fórmula secreta, basta entender que a posição de liderança é um lugar onde precisamos ver, entender e acolher, antes de tudo, PESSOAS.
Por Jean Rosier, professor e sócio da Perestroika, escola de metodologias criativas também é co-fundador da Sputnik. Formado em publicidade pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), se especializou em Marketing Digital e educação e já atuou como palestrante internacional em eventos como o TEDx. Liderou workshops de criatividade para marcas globais como: Red Bull, LinkedIn, Coca-Cola, Oracle, Walmart e Rede Globo.
Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?
Para responder a isso e auxiliar no melhor entendimento sobre a importância da comunicação assíncrona, o RH Pra Você Cast traz a neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa de educação corporativa. Clique no app abaixo:
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