Por volta do século VI, o papa Gregório Magno definiu os pecados capitais, aqueles caracterizados como vícios de conduta, como:

  1. orgulho,
  2. avareza,
  3. inveja,
  4. ira,
  5. luxúria,
  6. gula e
  7. preguiça.

Trazendo para o mundo contemporâneo, essas falhas humanas podem ser aplicadas ao ambiente corporativo e profissional para todos os envolvidos, seja empregador, seja empregado.

Mas, neste caso, iremos nos ater especificamente ao profissional de recursos humanos responsável por fazer a seleção de candidatos a uma vaga de emprego: o recrutador.

Recentemente, viralizou na internet uma publicação postada pela candidata a uma vaga de emprego, Samara Braga, de uma conversa dela com um recrutador de uma empresa. O diálogo entre os dois acontece por meio do WhatsApp e se dá de uma forma ríspida.

Cultura de Feedback

No caso da Samara, o recrutador havia marcado a entrevista com ela para às 8h, mas não apareceu. As imagens mostram que, às 8h44m, ela insiste, mas não consegue retorno, e ele só aparece três horas depois do combinado. Nesse momento, ele manda mensagem pedindo para começar a conversa quando ela responde que não conseguiria naquela hora porque tinha compromisso.

Daí, ele responde: “Posso imaginar a rotina de tantos compromissos de um desempregado”. Samara rebate que não é porque está desempregada que precisa ficar disponível o dia inteiro e explica que estava organizando as coisas para levar o filho à escola. “Sempre difícil contratar quem tem filhos mesmo. Uma dica: foque no que quer”, responde o recrutador.

Por fim, ele afirma que ela não era a profissional que a empresa estava buscando. Trata-se de uma aula de como um profissional da área de recursos humanos não deve fazer durante uma entrevista com um candidato.

Neste caso, pode-se notar que houve alguns desvios como falta de empatia, desrespeito, comunicação violenta, falta de profissionalismo, descumprimento às práticas de inclusão social, constrangimento e Inexistência de cordialidade.

De forma geral, no mercado de trabalho, são práticas reprováveis perguntar ao candidato sobre o estado civil, se tem filho ou se pretende ter e sobre assuntos constrangedores como orientação sexual, política, religião, futebol, deficiência.

Por outro lado, sabe escutar o candidato, ser pontual, cordial, criar empatia com o candidato e dar feedback durante e após a entrevista são alguns exemplos de são de boas práticas.

Num momento em que o mercado discute questões fundamentais como humanização, respeito, sororidade, inclusão, direitos das mulheres, entre outras, em uma breve conversa, todos esses pontos foram desrespeitados.

É um sinal de que na teoria é uma coisa, e na prática é outra totalmente diferente.

Por fim, vale ressaltar que se trata apenas de um caso isolado que veio a público e que o mercado tem bons profissionais e práticas de seleção humanizadas, mas fica a lição de que o ambiente corporativo ainda tem muito a avançar.

Dia do Trabalho: tendências e perspectivas

Por Bruno Martins, CEO da Trilha Carreira Interativa.

 

 

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 70, “Quais competências não podem mais faltar para um profissional de RH?” com Emanuella Velez, uma das 25 mais influentes vozes do LinkedIn no Brasil. Clique no app abaixo:

Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:

Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube

Capa: Depositphotos