Quando falamos de inclusão nas empresas, o que percebo é que estamos avançando no tema. Já é possível ver muitas companhias preocupadas em colocar a pauta de diversidade dentro do ambiente de trabalho. Mas ainda temos muito o que avançar.

É necessário que a empresa tenha um quadro de colaboradores plural e representativo, sobretudo que ofereça condições de desenvolvimento e carreira, para que todas as pessoas tenham oportunidades profissionais.

Por isso, uma companhia que deseja ser inclusiva precisa trazer adaptações em todo o contexto corporativo para promover o potencial dessa equipe, fazendo com que cada pessoa se sinta parte daquela companhia.

Um estudo da revista Forbes constatou que a diversidade nas empresas é um dos principais motores da criação de um ambiente inovador e indica ser um elemento-chave do crescimento global.

Entretanto, esse assunto ainda é limitado. Uma pesquisa do Center Talent for Innovation/Coqual revelou que 61% dos profissionais não abrem para seus colegas e gestores a sua orientação sexual e/ou identidade de gênero.

Os negros também encontram dificuldade para chegar a cargos de alta gestão. De acordo com o levantamento do Instituto Ethos, publicada em 2016, os profissionais da cor preta ocupam 6,3% dos cargos de gerência. No quadro executivo, essa proporção é ainda menor: apenas 4,7%.

Temos mais dados e fatos para contextualizar o tema. O preconceito de gênero ainda é bastante presente no Brasil. Segundo o IBGE, em 2019, somente 37,4% das mulheres ocuparam cargos de gerência. A maternidade é um dos principais fatores que “atrasam” a ascensão profissional delas, que chegam a receber até 38,1% a menos do que os homens, exercendo as mesmas funções que eles.

Precisamos virar esse jogo

Para se tornarem mais inclusivas, as empresas precisam contribuir para uma sociedade mais justa e melhor para todas as pessoas. Além, de obterem melhores desempenhos corporativos com isso.

Investir em pessoas de diferentes perfis, etnias, cultura, raça, etc. se tornou fundamental para que as organizações avancem em diversas pautas e tenha um diferencial competitivo no mercado.

Veja mais: Inclusão falha? Somente 15% dos profissionais com TEA estão empregados

O ambiente, o clima organizacional e a maneira de conduzir qualquer projeto são diferentes quando se vive em uma cultura inclusiva. Segundo um estudo da Harvard Business, empresas nas quais o ambiente de diversidade é reconhecido, os funcionários estão 17% mais engajados e dispostos a irem além das suas responsabilidades.

Além disso, uma pesquisa da empresa de consultoria e gestão, McKinsey & Company, empresas com diversidade étnica e racial têm 35% mais chances de ter rendimentos acima da média do seu setor.

Ainda de acordo com esse estudo, companhias com diversidade de gênero têm 15% a mais de chances de ter rendimentos acima da média.

Ser inovador é ser inclusivo

Uma organização cresce, se desenvolve e aprende quando abre as portas para os talentos diversos. No entanto, os desafios para chegar nesse cenário ainda são enormes.

Precisamos romper com o machismo, racismo, sexismo, homofobia e tantas outras formas de preconceitos que estão fortemente enraizadas em nossa sociedade.

Para dar o primeiro passo rumo à inclusão, é necessário começar a contratar esses diferentes grupos de profissionais. Dessa maneira, é possível ter pessoas diversas que somam, compartilham e trazem suas experiências para dentro do ambiente corporativo.

E por mais que seja desafiador, promover essas mudanças deve estar entre as principais preocupações das companhias que querem ser mais inovadoras, criativas e produtivas.

Inclusão deve ser prioridade dentro das companhias

Por Juliana Dorigo, Diretora de RH e administrativo da Paschoalotto.

 

 

 

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 89, “O poder do investimento em diversidade” com a fundadora da Newa Consultoria, Carine Roos. Clique no app abaixo:

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