É fato que hoje as empresas têm, entre suas prioridades, muito mais do que os resultados financeiros. O bem-estar e a saúde mental da equipe entraram de vez na pauta das companhias mais humanizadas, tornando-se foco de estratégias de gestão e RH e, em alguns casos, tendo a melhoria destes níveis como meta tangível.

Porém, mais do que assuntos paralelos, estes dois temas, resultados financeiros e bem-estar da equipe, podem estar conectados e serem complementares. Afinal, uma equipe que se sente bem pode tornar-se mais produtiva e eficiente, levando a empresa a conquistar ou até mesmo ultrapassar seus objetivos e metas financeiras.

Mas na prática, como isso acontece?

Alguns estudos têm se dedicado a estudar esta correlação. Um estudo da Escola de Negócios Said, de Oxford, avaliou dados de 1.636 companhias de capital aberto listadas para provar a relação.

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Relacionando informações resultantes de pesquisas sobre felicidade no trabalho, estresse, satisfação e propósito, e construindo uma métrica de bem-estar, o estudo comparou-a ao desempenho registrado por esssas companhias, com base no retorno sobre os ativos.

A pesquisa “The hapiness dividend”, da Harvard Business Review, revelou que colaboradores satisfeitos podem ser até 31% mais produtivos, 30% mais inovadores e 85% mais eficientes. Ou seja, o colaborador que tem maior nível de bem-estar na empresa compromete-se com os resultados e alinha-se ao seu propósito, o que pode inclusie dificultar sua saída para outro desafio.

O engajamento é outro tema em ascensão para empresas que apostam no bem-estar. De acordo com a Queen School of Business e a a Gallup, empresas que têm menor taxa de engajamento da equipe registram também produtividade até 18% menor e lucratividade até 16% abaixo da média. O crescimento de vagas nestas empresas também tende a sofrer queda de até 37%, tudo isso afetando o preço de suas ações, que registraram queda de até 65%.

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Todos estes dados relacionados mais do que confirmam a conexão positiva entre o bem-estar integral da equipe e o retorno em investimentos corporativos. O círculo virtuoso que se cria com este tipo de efeito cascata estende-se ainda para outros atores da organização, desde o cliente final até parceiros e fornecedores.

O que costumo chamar de “grau de prosperidade”, na verdade, não visa apenas o lucro em si, mas sim toda a cadeia de valores positivos vindos da priorização do bem-estar integral, é real e alcançável.

Oferecer um ambiente de trabalho saudável e oportunidades de desenvolvimento e suporte físico e mental, não só melhora a satisfação e o engajamento, mas também têm um impacto positivo nos resultados financeiros da empresa a longo prazo.

Ao reconhecer os funcionários como um ativo importante da organização, as empresas podem impulsionar o crescimento, a rentabilidade e a vantagem competitiva, ao mesmo tempo em que promovem um ambiente de trabalho saudável e sustentável.

O bem-estar da equipe e os resultados para os acionistas

Por Fernando Brancaccio, especialista em Neurociência do Comportamento para Gestão de Pessoas e Organizações! Fundador da FairJob Brasil com propósito de ajudar no equilíbrio das relações de trabalho, tornando-as mais justas e harmoniosas a partir da perspectiva da Neurociência, da Tecnologia e da Gestão Emocional.

 

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 57, “Saúde mental da boca pra fora?” com Rosalina Moura, colunista do RHPraVocê e Dr. Lucas Bifano, Psiquiatra. Clique diretamente no app abaixo:

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Capa: Depositphotos