Dados do Fórum Econômico Mundial apontam que, até 2025, 40% dos trabalhadores em todo o mundo precisarão de algum nível de requalificação, devido aos avanços fugazes da Inteligência Artificial e outras ferramentas de automatização que já estão sendo implementadas em várias profissões.

Com as mudanças no mundo corporativo acontecendo com maior frequência em períodos de tempo cada vez mais fugazes, as meta skills tornam-se o foco de profissionais, recrutadores e organizações na busca pelo sucesso.

Mas o que são as meta skills?

Em sua essência, são habilidades relacionadas ao ato de “aprender a aprender” de forma contínua. Essa habilidade “macro” consiste em aprimorar aspectos como criatividade, relacionamento e adaptabilidade que, consequentemente, são necessárias para o aprimoramento de soft skills, por exemplo, comunicação assertiva e resolução de problemas.

Esse conjunto de habilidades configura-se como um ótimo caminho para que empresas prosperem diante de cenários imprevisíveis e desafiadores, além de aprimorar os profissionais, ao passo que os auxilia a se destacarem de acordo com a dinamicidade do mercado.

Na busca pelo desenvolvimento das meta skills, é necessário ter em mente que elas são comportamentos e atitudes que se desenvolvem de forma cognitiva. Ou seja, elas dependem da metacognição para serem aprimoradas.

Já a metacognição nada mais é do que estar ciente de seus processos cognitivos individuais e como eles te guiam. Só assim é possível entender como você aprende, lida com os problemas e os resolve, bem como é possível controlar e aprimorar esses processos.

A partir do momento em que os profissionais passam a estar conscientes de suas atitudes, o segundo ponto que começa a ser desenvolvido é a autorregulação. Assim, os profissionais estarão mais capacitados para a identificação de obstáculos e realização de ajustes para tomar decisões mais assertivas, de forma que os objetivos da organização sejam alcançados com eficiência.

No que tange ao RH das empresas, tradicionalmente eles se concentravam em desenvolver trajetórias de carreira específicas para cada funcionário. Atualmente, a área está redefinindo programas de treinamento e desenvolvimento focados no desenvolvimento das meta skills, reconhecendo-as como ativos essenciais para a inovação e para se destacar em um mercado de trabalho em constante mudança.

Outro ponto é que essas habilidades macro não apenas aprimoram as capacidades individuais dos funcionários, mas também permitem que as organizações aproveitem todo o potencial da inteligência artificial e automação.

A partir das meta skills, os profissionais podem potencializar as tecnologias de Inteligência Artificial em vez de serem substituídos por elas.

Assim, podemos observar que as meta habilidades não só melhoram a capacidade de resolução de problemas e possibilitam a inovação dentro das empresas, como elas também são ótimas para fortalecer a sinergia entre a equipe e a utilização de novas tecnologias.

Além de tornarem os colaboradores mais resilientes e adaptáveis para enfrentar momentos de crise ou desafiadores.

As empresas que valorizam e cultivam esse conjunto de características certamente terão vantagem competitiva no enfrentamento de cenários imprevisíveis.

Logo, investir no desenvolvimento desses aspectos nos funcionários se trata de um benefício para ambas as partes em um negócio e ainda é uma estratégia valiosa para garantir a sustentabilidade e sucesso a longo prazo.

Por Tim Lucas, Head of Hyper Island North America & Head of Content.

Ouça o RH Pra Você Cast, episódio 146, “Upskilling e Reskilling: os caminhos para a autoaprendizagem“. O “Global Sentiment Survey”, uma das pesquisas mais importantes destinadas ao público de treinamento & desenvolvimento, trouxe uma nova atualização sobre as tendências e preocupações globais dos profissionais do setor. O que não mudou em relação a 2022, porém, foi a primeira colocação entre os temas que a comunidade de T&D enxerga como os de maior atenção para a área – e o topo segue com Reskilling/Upskilling. Apesar de serem palavras já disseminadas, quais suas particularidades? Como as empresas estão enxergando (e aplicando) os conceitos? Qual o caminho para a autoaprendizagem? Falamos sobre tudo isso nesse episódio do RH Pra Você Cast, e quem nos guiou foi Mari Achutti, fundadora e CEO da Sputnik. Acompanhe clicando no app abaixo:

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