Há pouco mais de um ano, podemos afirmar que a Inteligência Artificial (IA) mudou os negócios. A apresentação ao mercado do ChatGPT aconteceu em dezembro de 2022 e, de lá para cá, a IA passou a influenciar o desenvolvimento de soluções e produtos, processos, estratégias, decisões e a produtividade das empresas. E alcançou e transformou o nosso dia a dia enquanto consumidores.

O Estudo Futuro do Trabalho, do Fórum Econômico Mundial, retrata que mais de 75% das empresas buscarão incorporar a inteligência artificial em seus negócios nos próximos anos.

Levantamento produzido pela Maitha, em “Mercados e Tendências: Futuro em cena”, baseado nas principais pesquisas globais, reforça que a Inteligência Artificial é unanimidade, especialmente, em organizações que atuam no setor financeiro, agronegócio, saúde e utilities, como energia.

Esta tecnologia, com capacidade de reproduzir o comportamento humano na tomada de decisões e na realização de tarefas, direciona 80% das novas ferramentas adotadas pelas empresas em todo o mundo, conforme aponta a consultoria Gartner. A KPGM, em seu “CEO Outlook 2023”, que ouviu mais de 1.300 CEOs internacionalmente, apontou que 72% deles enxergam o investimento em inteligência artificial como prioritário. Pelo menos 20% das empresas planejam aumentar seu investimento em IA em mais de 50% ainda este ano.

Inteligencia artificial

“Ecossistema 2023”, produzido pela Liga Ventures (que aproxima startups de empresas), mostra que a inteligência artificial tem sido aplicada por aproximadamente 14% das startups no Brasil, sendo que as categorias que mais a utilizam são agtechs (22%), healthtechs (17%), retailtechs (12%), fintechs (10%) e martechs (8%). E, de gigantes da tecnologia, como Amazon e Google, a IA já faz parte da estrutura do negócio.

Para a maioria das empresas, independentemente do seu porte, essa tecnologia atua potencializando resultados. E uma de suas vantagens iniciais e mais evidentes é a possibilidade de analisar uma abundância de dados em pouco tempo, melhorando a eficiência na tomada de decisões. Partindo dessa premissa, os benefícios observados nos negócios vão da redução nos custos à maior agilidade no atendimento aos clientes.

A combinação estratégica entre a valorização de dados, enquanto ativos valiosos para empresas de qualquer setor, e a ascensão e priorização da Inteligência Artificial, potencializa ainda mais a oportunidade de crescimento exponencial que uma cultura de dados pode trazer para os negócios. Do ponto de vista da cadeia produtiva, por exemplo, a expectativa é de um ganho de produtividade de 30%, segundo relatório publicado pelo G4 Educação em 2024.

Há, ainda, o potencial que a IA traz de reduzir a interpretação subjetiva de dados. Os algoritmos de machine learning conseguem identificar padrões e tendências que os seres humanos não conseguem. Outra vantagem de sobrevivência – não mais competitiva – é a proteção da informação.

A IA é mais uma aliada das estratégias de segurança e redução das vulnerabilidades em sistemas corporativos. Que, aliás, é uma questão fundamental para as empresas brasileiras. Em 2022, elas sofreram com 103 bilhões de tentativas e ameaças de ataques cibernéticos, segundo a digital Fortinet.

IA nos negócios: vital para a sobrevivência empresarialPor Caio Laurino, cofundador e CIO da Maitha, consultoria em desenvolvimento de soluções digitais.

 

 

Ouça o episódio 158 do RH Pra Você Cast, “IA: a preocupação deve mesmo existir?“. Em março de 2023, veio a público a informação que cerca de 2.600 líderes e pesquisadores do setor de tecnologia assinaram uma carta aberta solicitando uma pausa temporária no desenvolvimento das inteligências artificiais. Sob o argumento de que elas podem ser um “risco para a sociedade e a humanidade”, até mesmo Elon Musk, um dos maiores entusiastas quando o assunto é tecnologia, assinou o documento.

Por sua vez, Jhonata Emerick, CEO da Datarisk, não faria parte do movimento que busca frear as IAs. Para o doutor em Inteligência Artificial, a evolução das IAs é tão natural quanto o crescimento que ela pode ajudar a impulsionar. Mas será que, mesmo com o olhar otimista, as preocupações em torno das IAs (como a perda de empregos ao redor do mundo) são legítimas? O que elas podem fazer por nós que ainda não compreendemos tão bem?

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Capa: Depositphotos