Pesquisa com 46 países aponta ganhos com experiências mais personalizadas nos treinamentos corporativos. O mundo todo só fala nisso. Não por menos. O mercado global de inteligência artificial poderá crescer de US$387 bilhões em 2022 para quase US$1,4 trilhão em 2029, segundo projeção da Fortune Business Insights.
No maior congresso do mundo em treinamento e desenvolvimento humano, a ATD (Association for Talent Development), ocorrido nos Estados Unidos, para discutir, entre outros assuntos, o futuro do trabalho; participei da 17ª sessão sobre inteligência artificial.
Curiosamente, neste ano, o evento trouxe apenas duas apresentações em relação ao Metaverso, enquanto inteligência artificial recebeu um enfoque notável durante todos os dias do evento.
A ATD realizou uma pesquisa com profissionais de aprendizagem e desenvolvimento de talentos em todo o mundo para entender o uso de aplicativos de inteligência artificial (IA) nas iniciativas de T&D (treinamento e desenvolvimento humano) e as barreiras que encontram na sua implementação. O levantamento (AI in Learning and Talent Development) abrangeu 292 empresas de 46 países, incluindo o Brasil.
De forma geral, as empresas estão usando IA para experiências de aprendizagem mais personalizadas e para medir os impactos do treinamento nos negócios (25%), para tradução automática de idiomas (24%) e integração de novos colaboradores (23%). O uso mais extensivo se dá na capacitação de equipes de atendimento ao cliente (25%) e vendas (20%).
Os entrevistados observaram que estão mais propensos a usar IA no futuro para treinamento de produtos (42%), integração de funcionários (41%), desenvolvimento da liderança (41%) e treinamento técnico (41%).
O principal resultado ao usar IA para iniciativas de aprendizagem corporativa foi a velocidade com que podem ser implementadas (41%). As três principais barreiras nas empresas para o uso de IA foram restrições orçamentárias (62%), falta de conhecimento sobre como implantar (57%) e falta de recursos (56%). Ainda assim, o uso da inteligência artificial nas experiências de aprendizagem deve subir para 45% nos próximos 24 meses, conforme projetam os entrevistados.
A pesquisa ainda complementa que dados do relatório TalentNeuron (Gartner) mostram que o número total de habilidades necessárias para um único trabalho aumentou 10% ano a ano desde 2017. Na última pesquisa Sage Intacct 2022, Close the Books of CFOs, a economia de tempo foi citada como o principal benefício da IA, com 71% dos CFOs prevendo ganhos significativos de produtividade (até 40%).
Parece haver um consenso entre os especialistas de que qualquer profissional estará associado a uma ferramenta de assistência de inteligência artificial de alguma forma, e que a discussão não é ‘se’ isso vai acontecer, mas sim ‘quando’. Nesse sentido, os profissionais que desenvolvem pessoas nas empresas, como RH, gestores e profissionais de T&D, precisarão ter mais conhecimento sobre como a IA funciona e como implantá-la nas iniciativas de capacitação e atualização contínua.
No painel que apresentava o estudo, moderado por Rich Dwelling junto a outros especialistas – Margie Meacham, Nicolas Berthiaume Julie McGovern – foi discutida a importância do desenvolvimento do pensamento crítico como habilidade.
A inteligência artificial está mudando a forma como o trabalho é feito ao nosso redor e esse novo mundo do trabalho exige eternos aprendizes. É imprescindível ensinar os profissionais a pensar por eles mesmos e a usar os dados que chegam para tomar decisões de forma crítica e inteligente.
Entre outras possibilidades e oportunidades com o uso de IA nas iniciativas de treinamento, os especialistas destacaram a necessidade do acesso a dados que ajudem a identificar as lacunas de conhecimento e habilidades do colaborador, fornecendo o suporte certo, no momento certo, e de forma rápida.
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“Está aumentando o número de empresas que estão planejando usar IA. Então, daqui a dois anos, para quase todas as áreas, provavelmente veremos resultados de seu uso e suas aplicações. Há uma grande demanda por reciclagem profissional para que atendam adequadamente às necessidades dos clientes”, comentou Nicolas Berthiaume.
Afinal, se o próprio termo Inteligência Artificial pode intimidar a muitos, porque tendemos a imaginar soluções sofisticadas, como vemos nos filmes de ficção científica, então, é preciso garantir nas equipes uma condição de disponibilidade, interesse e confiança, que permita que fluam a curiosidade e a possibilidade de experimentações, ou seja, a abertura para o novo através da aprendizagem contínua.
Por Marília Saveri, Mestre em Comunicação Empresarial, Especialista em Aprendizagem, Franchising e Marketing. Como sócia da Praxis Business é expert em Estruturação de Universidades Corporativas, Academias de Vendas e inovação em Aprendizagem Digital.
Ouça o RH Pra Você Cast, episódio 139: “G4 Educação encontra na Inteligência Artificial o equilíbrio para melhorar a jornada das pessoas“. Novas tecnologias, por melhores que sejam, costumam trazer consigo uma certa resistência. A moda da vez, o ‘empolgante e polêmico’ ChatGPT, se encaixa perfeitamente nesse cenário. Para alguns, a Inteligência Artificial é revolucionária e extremamente eficaz para o desenvolvimento de projetos pessoais e profissionais. Para outro grupo, a nova moda chega para ‘acomodar’ as pessoas, tornando-as intelectualmente dependentes e podendo substituí-las no mercado de trabalho.
Opiniões à parte, é fato que a Inteligência Artificial e a tecnologia como um todo chegaram para facilitar o dia a dia até mesmo do mais humanizado os setores empresariais: o RH. Para quem tem a mente aberta de aproveitar todo o seu potencial, a transformação é notável. Exemplo disso ocorre na G4 Educação. Todas as vantagens e benefícios identificados pela empresa quem revela é uma das maiores entusiastas da IA no RH, Marcela Zaidem. A Diretora de Pessoas dá as melhores dicas para quem quer dominar o equilíbrio entre pessoas e digital. Confira o RH Pra Você Cast clicando diretamente no app abaixo:
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