O ChatGPT e IA como impasse no recrutamento e seleção de candidatos. No mundo competitivo e dinâmico dos negócios, atrair e reter talentos tornou-se uma missão essencial para as empresas. A eficiência e a agilidade desempenham papéis cruciais, especialmente para aquelas que competem com “marcas famosas” por talentos.

Entretanto, essa não é a realidade de muitas empresas, onde muitas vezes perdem bons candidatos por causa da extensão dos processos. Ir contra essa maré é uma necessidade de mercado.

Um processo seletivo mais curto e eficaz pode se tornar uma peça fundamental de employer branding, ao mesmo tempo em que questiona a eficácia dos testes de personalidade e crítica o poder da IA nas seleções.

Um processo ágil não apenas atende às expectativas dos candidatos, mas também projeta uma imagem positiva da empresa. Candidatos talentosos, frequentemente disputados por grandes corporações, valorizam o tempo e a eficiência.

RH TopTalks cobertura

A experiência de recrutamento rápida e eficaz comunica que a empresa preza os profissionais e reconhece a importância do tempo deles. Empresas que conseguem oferecer um processo seletivo mais enxuto podem diferenciar-se positivamente em um mercado onde a agilidade é um ativo valioso.

Enquanto muitas empresas adotam testes de personalidade e avaliações psicométricas como parte integrante do processo seletivo, uma visão crítica emerge.

A era da inteligência artificial tornou mais fácil para os candidatos contornarem esses testes. Ferramentas de IA, como o ChatGPT, permitem a criação de respostas otimizadas para atender aos critérios dos testes, levando a uma seleção que pode não refletir adequadamente as verdadeiras características dos candidatos.

Além disso, com o sistema de IA, o algoritmo também se torna um problema, visto que pode excluir bons talentos por padronização em palavras-chaves nas candidaturas. Ainda assim, a polêmica em torno dos testes de personalidade está relacionada à sua validade e utilidade preditiva.

Muitos argumentam que tais testes não são indicadores confiáveis do desempenho futuro de um candidato. Em vez de medir habilidades específicas relacionadas ao cargo, eles podem inadvertidamente rejeitar candidatos altamente qualificados que possuem habilidades valiosas, mas que não se alinham perfeitamente aos traços de personalidade desejados.

Pesquisa Infojobs

Nos Estados Unidos, por exemplo, já se relata o uso de deepfake – tecnologia usada para criar vídeos falsos – em entrevistas de emprego, onde outras pessoas mais qualificadas se passam por candidatos para responder as perguntas em um processo.

Isso não apenas levanta questões éticas, mas também destaca a necessidade de abordar as vulnerabilidades do processo tradicional associadas às tecnologias emergentes.

Empresas que dependem exclusivamente de ferramentas de IA para a seleção de talentos podem inadvertidamente favorecer candidatos com habilidades tecnológicas específicas, mas não necessariamente os mais qualificados para a função. Equilibrar a agilidade com a qualidade na seleção de talentos são mais propensas a atrair os profissionais certos e a projetar uma imagem positiva.

É crucial repensar o papel dos testes de personalidade, lógica e outras avaliações psicométricas no processo seletivo.

Dessa forma, elas não apenas aprimoram sua marca no mercado, mas também garantem que estão escolhendo os talentos certos para impulsionar o sucesso futuro da organização.

IA: Impasse no recrutamento e seleção de candidato

Por Fabio Ivatiuk, CEO e Fundador. Há mais de 13 anos como empreendedor, Fabio empreendeu na RHevolut. É graduado em Direito, pela Universidade Estadual do Norte do Paraná, com especialização em Administração de Empresas, pela Fundação Getúlio Vargas. Ainda no seu currículo, efetuou MBA em Gestão Estratégia de Empresas, pela FGV e mestrado em ICT Law, na Universidade de Hannover.

Ouça o episódio 162 do podcast RH Pra Você Cast, “Como superar processos seletivos longos?“. Quem aí nunca enfrentou um processo seletivo que parecia interminável? Você sai de um teste, vai para outro, passa pela entrevista em vídeo, o tempo continua passando, a vaga não informa quantas etapas ainda faltam e a jornada, marcada pela incerteza e pela longitude, se torna um verdadeiro incômodo. Quem dera tivesse uma fórmula mágica para passar por tudo isso com mais facilidade, não é mesmo?

Fato é que, seja curto ou seja longo, todo processo seletivo pode ser superado pelos candidatos mais preparados. E o que deve ser feito é o que nos revela Ticyana Arnaud, Estrategista de Recolocação Profissional e Gestão de Carreira. Nesse episódio do RH Pra Você Cast, ela conta todos os segredos para que os candidatos não apenas vençam seleções longas, como também sejam mais competitivos nas vagas em que se inscrevem. Confira:

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