O Administrador atento e atualizado, com certa frequência, se pergunta: qual o verdadeiro propósito e a condição de existência de uma Empresa? A resposta que sempre se ouve da maioria, é Lucro!
Todavia, serei obrigado a discordar e cito esta como uma das razões do insucesso de muitas Empresas nesse mercado competitivo.
Lucro jamais foi causa na existência de quaisquer Empresas. Lucro sempre foi, é, e sempre será consequência, isto porque faz-se necessário que todos os recursos organizacionais disponíveis, de natureza humana, financeira e tecnológicos precisam estar à disposição do cliente, para atender suas necessidades.
Está claro que o alvo de qualquer Organização, é sempre o cliente, no atendimento de suas expectativas e necessidades, oferecendo bens e/ou serviços de alto padrão de qualidade, sendo competitiva em preços, prazos, qualidade e tantos outros requeridos, de maneira a encantá-lo e torná-lo fiel ao seu negócio.
Em consequência, a empresa pode tornar-se líder e exitosa no seu ramo de negócios. “Encantar e fidelizar o cliente” é o “abracadabra” dessa equação.
Muitos afirmam que o maior problema é a cultura, cujo processo vem se perpetuando há longo tempo, através de sucessivas gerações. Ora, o ambiente empresarial é volátil e mutável, não há condições de se adaptar à nova realidade do ambiente empresarial, se não partir para um processo renovador profundo, com a mudança da cultura, pois não se realiza coisas modernas e adequadas com as ferramentas do passado.
É preciso coragem e muita convicção para realizar essa ruptura e quebrar as correntes da mesmice e da ineficiência e continuar perseguindo a excelência na modernidade e com eficácia empresarial. Creio que o sucesso futuro da organização dependerá dessa mudança que considero o eixo central do problema.
O Empresário não pode esquecer que a sociedade industrial se comporta como um fenômeno mutante, em seu processo transformador, que já vem ocorrendo desde a Revolução Industrial, permitindo as Organizações se adaptarem rapidamente às exigências do ambiente organizacional ou estarão fadadas ao fracasso.
Nesse sentido é preciso que se estabeleça um processo de desenvolvimento organizacional, baseado na mudança proposta do modelo mental vigente e se crie uma estrutura adequada para a Gestão de Pessoas, democrática e participativa, com profissionais qualificados, orientados para a visão global e estratégica dos negócios da Empresa, utilizando os recursos humanos, financeiro e tecnológicos, que são fatores preponderantes nesse processo.
Mas, o que fazer para potencializar a Empresa e transformá-la numa poderosa “máquina de fazer dinheiro”? É simples, seguir o caminho óbvio e contrário daquele praticado, isto é, em vez de dar ênfase ou se concentrar na obtenção a priori, do lucro, deve-se cuidar antes da “Galinha dos Ovos de Ouro” , que são as pessoas, seus colaboradores, que são o principal ativo da Empresa. Na verdade, a Empresa nasce quando os empregados chegam as 9 da manhã e morre as 18 horas, quando os empregados vão embora.
É da natureza humanas as pessoas não aceitarem a gestão autoritária e coercitiva, como estilo de liderança, cujos resultados alcançados dessas práticas, ao longo dos anos, não passam da perspectiva de curto prazo, pois a longo prazo o prejuízo é exorbitante, pois o padrão de insatisfação silencioso instalado é a mola propulsora do fracasso.
A implantação de um sistema de gestão participativa, se faz necessário, pois a tendência mundial aponta para a adoção de um novo modelo de liderança alicerçado no trabalho em equipe, com integração permanente, descentralização do processo decisório, permitindo a fluência do processo criativo dos empregados na solução de problemas e tomada de decisão, além de possibilitar a inovação, através da geração de ideias criativas e factíveis.
No escopo do Planejamento Estratégico anual da Organização, deve-se explicitar a fundamental importância das pessoas como âncora no processo de Desenvolvimento Organizacional, priorizando alguns princípios e valores tais como ética e integridade, comprometimento, competência, motivação, criatividade, inovação e responsabilidade social.
Concluo citando o grande mestre Sun Tzu que afirma no seu livro a “A Arte de Guerra”
“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas…”
Por Eurico Leite Lisboa, administrador, pela Universidade Estácio de Sá/RJ; Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela UFS-Universidade Federal de Sergipe; Consultor e Especialista em Planejamento Estratégico, Remuneração Estratégica, Administração Participativa e Holística e Gestão Ambiental. Consultor em Planejamento Estratégico da Petrobrás e EMBRASCON-Manaus-1988 e 1989. Consultor de Administração Holística na PRONESE-SE- 2001 e 2002. Gestor de Administração de Recursos Humanos: Fundação Real Grandeza (1996-1998).
Ouça o episódio 162 do podcast RH Pra Você Cast, “Como superar processos seletivos longos?“. Quem aí nunca enfrentou um processo seletivo que parecia interminável? Você sai de um teste, vai para outro, passa pela entrevista em vídeo, o tempo continua passando, a vaga não informa quantas etapas ainda faltam e a jornada, marcada pela incerteza e pela longitude, se torna um verdadeiro incômodo. Quem dera tivesse uma fórmula mágica para passar por tudo isso com mais facilidade, não é mesmo?
Fato é que, seja curto ou seja longo, todo processo seletivo pode ser superado pelos candidatos mais preparados. E o que deve ser feito é o que nos revela Ticyana Arnaud, Estrategista de Recolocação Profissional e Gestão de Carreira. Nesse episódio do RH Pra Você Cast, ela conta todos os segredos para que os candidatos não apenas vençam seleções longas, como também sejam mais competitivos nas vagas em que se inscrevem. Confira:
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