Tínhamos perspectivas bem claras para este ano de 2022, um ano de recuperação econômica, considerando a crise de 2020 e 2021 por conta do COVID, ela transformou mercados, empresas e hábitos de consumo de trabalho das pessoas, impondo o Home Office para todos.
Entretanto, olhando para este exato momento, fomos pegos de surpresa pela delicada situação da Europa, que está impactando não só os mercados, mas toda a cadeia produtiva interna de todos os países do globo.
O que estava sendo previsto e planejado para o crescimento econômico de 2022, muito ligado ao mercado de trabalho, vamos ver mudanças drásticas no decorrer dos próximos dias e meses.
Em decorrência disto, a tendência é de aceleração do crescimento e desenvolvimento das Smart Organizations ou startups como conhecemos, o impacto no perfil dos profissionais será uma verdadeira virada de mindset.
As áreas que devem ter destaque são:
- energia,
- agronegócio,
- alimentos,
- saúde e saúde mental,
- mercado financeiro,
- tokenização dos ativos e
- investimentos em negócios de bases tecnológicas.
Essas serão as áreas mais afetadas pela crise e que vão exigir muito investimento e automaticamente profissionais especializados, não só no contexto específico do segmento de mercado, mas com olhar mais abrangente inclusive de negócio.
À exemplo, entre as principais carreiras citadas pela pesquisa feita pelo Linkedin estão:
- recrutador especializado em tecnologia;
- engenheiro de confiabilidade em sites;
- especialista em cibersegurança;
- engenheiro de dados e
- pesquisador de experiência do usuário.
A alta dessas carreiras retrata o mundo atual, com um impacto gigantesco das transformações globais, e consequentemente as demandas de determinadas áreas serão muito maiores do se poderia imaginar isso trará novas oportunidades ou ao mesmo tempo uma busca por novos profissionais, pessoas com hard skills do segmento mas com olhares em tecnologia e negócios.
O fato é: a pandemia catapultou todos para um mundo completamente novo, é preciso entender que ela nos fez aprimorar e desenvolver os soft skills, isso nos fez olhar para novas carreiras e oportunidades.
Por exemplo, porque um executivo ex-CEO vai ser “CEO”de uma startup, o que leva esse profissional a fazer uma mudança tão radical de vida e carreira, ou o que leva uma Vice Presidente de multinacional pedir demissão e empreender.
Não que empreender seja a solução, não é, o que quero demonstrar é o tamanho do impacto da pandemia em nossas vidas e como estamos olhando nossas carreiras a partir do Lockdown.
No entendimento que novas áreas de trabalho estão surgindo como; Engenheiro de (a) de machine learn ou Gerente de RH Business Partner, fica claro que os skills desses profissionais mudaram e muito e vão continuar em transformação.
A pergunta é simples, como você faz para contratar uma pessoa para essas novas áreas o que você vai olhar os hard skills ou soft skills, aí imagina o quanto esse recrutador ou responsável pelas contratações precisam de ferramentas tecnológicas e novas visões para conseguir entender esses perfis.
De verdade, não queria estar na pele deles hoje.
Em termos de competências necessárias para o cenário pós pandemia, é bem simples: dois pontos cruciais, Resiliência e Empatia.
Esses pontos são hoje a base de todas as demandas que estão por vir.
Resiliência – talvez seja a “soft skill” mais importante para os momentos de crise, a resiliência é a capacidade de se recuperar depois de enfrentar adversidades, mais do que força, é algo que exige uma certa maturidade psicológica.
Empatia – é importante para qualquer ambiente, é a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa de forma que se consiga compreender o próximo e quase sentir o que ele sente. A base principalmente para líderes e gestores.
A pergunta que muitos se fazem é:
Como surge a oportunidade para entrar na área da tecnologia?
Podemos começar pela defasagem de profissionais de TI no mercado hoje, os últimos estudos mostram que temos uma defasagem de mais de 400 mil vagas no mercado.
As outras opções são, os mais diversos grupos e eventos do ecossistema de inovação e tecnologia, neles o network é muito forte e existem vários hunters de empresas dos mais diversos tamanhos em busca desses profissionais.
Além disso tem os hubs de inovação espalhados pelo país que também tem muitas oportunidades.
Por Ricardo Voltan, Investidor anjo, empreendedor, mentor e conselheiro de negócios. Auxilia na implementação de governança em operações e no desenvolvimento de negócios. No universo de startups, é conselheiro pelo IBGC e mentor pelo Inovativa Brasil, IdeiaGov e Goldstreet Venture Capital e investidor anjo na FEA Angels e co-founder do O BOARD.
Ouça o PodCast RHPraVocê Cast, episódio 99, “Dois anos de pandemia: o que mudou no universo corporativo?” com Rafael Ricarte, líder de produtos de carreira da Mercer Brasil e André Vicente, Diretor Geral da Adecco no Brasil. Clique no app abaixo:
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