Desempenho e saúde financeira: a influência da educação financeira no meio corporativo. No atual mundo corporativo, as empresas enfrentam desafios contínuos para manter os colaboradores motivados e engajados. Um dos fatores que impactam diretamente o bem-estar e o desempenho dos funcionários é a saúde financeira.

Colaboradores sobrecarregados com preocupações financeiras tendem a apresentar maiores níveis de ansiedade e estresse, o que pode prejudicar o sono, a capacidade de concentração no trabalho e o rendimento como um todo.

Pesquisa realizada pela Associação Americana de Psicologia revelou que a principal causa de estresse entre os funcionários é a preocupação com dinheiro e as finanças. O problema pode levar ao desenvolvimento de condições de saúde mental, como depressão e ansiedade, afetando o desempenho e a satisfação no trabalho, além de provocar aumento do absenteísmo.

Do ponto de vista econômico, funcionários endividados impactam negativamente o desempenho financeiro de uma empresa. Levantamento do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento para a Indústria Financeira (IRF) constatou que colaboradores com problemas financeiros são mais propensos a buscar empréstimos com altas taxas de juros, o que pode resultar em maior inadimplência e menor estabilidade financeira. 

Além disso, o endividamento dos funcionários pode causar o aumento na rotatividade, uma vez que preocupações levam à busca por oportunidades com melhores remunerações, mesmo que a diferença de rendimentos seja pequena. Alta rotatividade acarreta custos significativos para a empresa em termos de recrutamento, treinamento e integração.

Segundo o levantamento Mapa da Inadimplência no Brasil de junho de 2023, feito pela Serasa, o país possui 71,45 milhões de brasileiros nessa situação, o que representa cerca de 43,78% da população. A mostra reflete as dificuldades financeiras das famílias brasileiras, que podem estar endividadas ou enfrentando desafios econômicos, fator que interfere fortemente em outras áreas da vida do trabalhador, como na saúde e bem-estar.

No cenário educacional brasileiro, uma lacuna significativa persiste quando se trata da educação financeira nas escolas. Infelizmente, a grande maioria das instituições de ensino básico do país não inclui de forma sistemática a educação financeira em seus currículos.

Isso significa que muitos jovens estudantes concluem o ensino médio sem uma base sólida de conhecimento financeiro, habilidade essencial para enfrentar os desafios financeiros do mundo contemporâneo. Além disso, muitos trabalhadores não têm acesso a serviços financeiros básicos, como poupança e conta corrente, o que torna o gerenciamento das finanças ainda mais difícil.

Investir em programas de educação financeira é uma ação que pode contribuir significativamente para o bem-estar dos colaboradores e, consequentemente, para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

Como forma de apoiar os que estão passando por um momento difícil em relação às finanças, a empresa pode implementar programas abrangentes de educação financeira, oferecendo workshops ministrados por especialistas, que podem ser funcionários da própria empresa.

Além disso, a organização também pode realizar ações pontuais de conscientização sobre a importância da educação financeira por meio de campanhas internas.

Outra forma de oferecer apoio aos funcionários que enfrentam o problema é criar fundos de emergência ou programas de assistência financeira nos quais colaboradores endividados possam recorrer em caso de extrema urgência.

Nesse sentido, é fundamental que as organizações adotem uma abordagem empática e sensível ao lidar com os desafios financeiros de seus colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho que encoraje a comunicação aberta e a busca de ajuda, quando necessária.

Ao fazê-lo, as empresas não apenas aliviam o fardo dos funcionários, mas também fortalecem a cultura e o engajamento organizacional. 

Employer Branding e as empresas de tecnologia

Por Gabriel Rocha, Coordenador de Recursos Humanos na Roost.

 

 

Ouça o RH Pra Você Cast, episódio 137, “Transparência salarial empolga, mas estamos mesmo prontos para isso?“. Empolgante para os candidatos, preocupante para as empresas. Esse é o panorama das opiniões por trás de Projetos de Lei que obrigam as organizações a revelarem o salário de qualquer vaga em aberto.

Nos Estados Unidos, algumas cidades e estados já fazem da legislação parte de sua rotina de trabalho. O propósito principal da medida é combater a desigualdade salarial de gênero e raça. Na teoria, a ideia chama atenção. Mas será que, de fato, nossa cultura de trabalho está pronta para tamanha transparência?

Enquanto o PL 1149/22, que exige que empresas brasileiras façam o mesmo, não é nem arquivado nem aprovado, fica a dúvida. Por isso, o RH Pra Você Cast convidou Tábata Silva, Gerente no Empregos.com.br, para debater o contexto e nos ajudar a entender se a transparência salarial é ou não positiva para o mercado. Confira:

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