Já deixou de ser novidade o destaque a respeito do quanto o papel dos líderes mudou – e continua mudando – nos últimos anos. Habilidades comportamentais como empatia, inteligência emocional e até mesmo vulnerabilidade são apenas algumas que integram a cartilha do líder moderno. Além disso, é missão da liderança ser capaz de inspirar pessoas, um propósito que soa óbvio, mas que na prática é um desafio para poucos. Estes poucos são chamados de Thought Leaders ou Líderes de Pensamento.

De acordo com a especialista em Customer Experience (CX) e sócia-fundadora da Stratlab, Fernanda Nascimento, essa categoria de líderes abrange aqueles que têm a capacidade de serem referência não só em suas áreas de atuação e especialização – o que inclui o RH –, mas também símbolos de uma jornada bem-sucedida em suas respectivas carreiras.

“Líderes de Pensamento utilizam suas redes sociais, especialmente o LinkedIn, para compartilhar experiências, posicionando-se como autoridades em sua área e influenciando outros executivos no mercado”, pontua Fernanda.

Tornando-se um Thought Leader

Segundo levantamento feito pela Semrush, quase metade dos conteúdos produzidos pelos líderes de pensamento (47,6%) são capazes de gerar leads e vendas para as organizações. Contudo, não é tão simples alcançar tal patamar de relevância e influência.

“É um trabalho que envolve estratégia, alta qualidade de conteúdo, confidencialidade e processos fluidos e seguros, além do uso inteligente de dados”, explica.

A especialista acrescenta que para tornar o conteúdo mais poderoso e envolvente, uma dica da Forrester pode fazer toda a diferença. “Sua estratégia de conteúdo deve colocar as pessoas no centro: os desafios que eles enfrentam estão mudando rapidamente e os compradores querem saber que você entende seu setor, mercado, empresa e condições de negócios. Eles querem saber que você ouve os seus problemas e que pode oferecer soluções, não apenas palavras de simpatia”, aconselha.

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Outro ponto trazido pela executiva da Stratlab é a credibilidade. Fernanda salienta que dados e experiências confiáveis são fatores que potencializam a atração da mensagem compartilhada. 

“Adicione esse valor ao seu conteúdo trabalhando com influenciadores, analistas do setor e consultorias de pesquisa para criar, validar e colocar um nome ou marca confiável em suas ideias e sua liderança inovadora”, orienta.

Pilares essenciais

De acordo com a Orbit Media, existem três pilares que de competências para os Thought Leaders. O primeiro deles é o dos insights de especialista: esse líder precisa ter ideias fora da caixa, realizar pesquisas e até escrever livros sobre os temas que domina.

Um segundo ponto está na presença de mídia. O Líder de Pensamento deve ser influente nas redes e ser citado por outros líderes como fonte de conhecimento e informações em seu campo de expertise. A terceira vertente de capacidades se pauta na força e na firmeza das opiniões, que muitas vezes podem ser controversas.

É importante ressaltar que, além de experiência e conhecimento, a transparência é fundamental para o perfil dessas lideranças. Os líderes de pensamento costumam respaldar suas opiniões e sua expertise usando recursos e dados das empresas e não têm medo de compartilhar sua sabedoria com os outros.

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Trata-se de um patamar de autenticidade que os especialistas em recursos humanos afirmam ser fundamental na hora de cultivar uma rede de relacionamentos de maneira eficaz no LinkedIn, por exemplo. Afinal, as relações sólidas e duradouras, mesmo nas mídias sociais, requerem confiança e coerência de propósitos e crenças.

“Embora essa prática exista há um bom tempo, chegamos a um momento ‘UAU!’ desse conceito e ainda vamos abordar esse tema muitas vezes”, finaliza Fernanda.

Por Redação