A Gupy, empresa de tecnologia para RH, divulgou na última quarta-feira (26) o resultado do prêmio Gupy Destaca – 100 RHs que inspiram. Em paralelo, a scale up apresentou um levantamento de dados inédito, realizado em parceria com a Ideafix, que contou com a participação de cerca de 1.000 empresas de diferentes segmentos, tamanhos e regiões do país. Os dados estão divididos em três temas relacionados à atuação da área de Recursos Humanos: atração, desenvolvimento e encantamento. O levantamento completo pode ser encontrado neste link. 

Os dados inéditos do levantamento apontam que 40% dos RHs estão investindo em humanização de processos, mas apenas 14% afirmaram ter práticas personalizadas para gestão de pessoas. Outro dado que reforça esta afirmação é que 48,98% das empresas ainda usam e-mails padronizados para agradecer a participação de pessoas candidatas nos processos seletivos, sem feedback em relação ao seu desempenho. 

Em contrapartida, adotar boas práticas de atração de talentos, em especial para melhorar a experiência das pessoas candidatas nos processos seletivos, é uma das principais tendências apontadas no levantamento e já faz parte da estratégia de muitas empresas brasileiras: 46,95% dos RHs afirmaram já ter a prática de dar feedbacks personalizados para todas as pessoas candidatas que se inscreveram em suas vagas. Além disso, mais de 54% das empresas utilizam dados para a tomada de decisão neste processo. 

Quando se trata de diversidade no recrutamento, o cenário é menos otimista: apenas 28,86% das empresas têm metas de contratação de grupos minorizados, independentemente de função e cargo; e 26,63% têm metas limitadas por cargos ou por grupos de diversidade específicos. A maioria, 44,31%, não têm metas de contratação, o que mostra que diversidade ainda não é uma frente estratégica na maioria das empresas. 

“Nos últimos anos, identificamos a dificuldade de muitas empresas em recrutar pessoas de grupos minorizados. Por isso, em 2021 criamos as Soluções de Diversidade da Gupy. Com ela, as empresas podem realizar processos seletivos afirmativos, que são específicos para pessoas de grupos minorizados, e ainda têm acesso a dados de diversidade, o que permite identificar e corrigir etapas que estejam barrando o avanço dessas pessoas no processo seletivo. Com isso, já estamos ajudando muitas empresas a mudarem este cenário. É o poder e a tecnologia que toda empresa precisa”, afirma Guilherme Dias, CMPO e cofundador da Gupy.

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Como os RHs estão desenvolvendo pessoas

Entre as informações levantadas na pesquisa, práticas como ter um processo de onboarding estruturado para receber novos colaboradores e preparar a liderança para dar feedback e ser fonte de informação próxima e confiável alcançaram os maiores índices de presença nas empresas que participaram, com 84,49% e 76,12%, respectivamente. Além disso, 73,27% dos RHs afirmaram ter avaliação de desempenho e feedbacks constantes, considerando aspectos técnicos e comportamentais, o que favorece o desenvolvimento profissional das pessoas colaboradoras. 

Uma grande tendência identificada na pesquisa é a movimentação das empresas para estimular o aprendizado contínuo (lifelong learning) por meio da educação corporativa: 39,39% das empresas já definem trilhas de carreira e programas de desenvolvimento personalizados, enquanto 30,91% já estão em processo de implantação. Sobre treinamentos de habilidades comportamentais (soft skills), 65,31% das empresas afirmaram oferecer oportunidades de desenvolvimento a todas as pessoas colaboradoras, enquanto 17,76% oferecem apenas para determinados cargos e funções.

“Ainda existe um enorme caminho a ser percorrido quando se trata de educação corporativa. O aprendizado contínuo dentro das empresas precisa ir além das trilhas personalizadas definidas para as pessoas colaboradoras se desenvolverem dentro de suas áreas; é preciso empoderá-las por meio da tecnologia para que escolham o que querem aprender a fim de que assumam as rédeas de suas carreiras. Isso possibilita, por exemplo, a transição de carreira dentro da própria empresa”, comenta Dias.

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Colaboradores fazendo parte da tomada de decisões das empresas

Uma das áreas em que foi possível perceber maior atenção por parte das empresas, foi a comunicação interna. Desde a disponibilização de canais para pessoas colaboradoras de diferentes áreas se comunicarem, até a comunicação de resultados de forma geral, as empresas estão se preocupando cada vez mais em manter um ambiente transparente e com maior facilidade de trocas. 

Diante disso, uma das tendências identificadas é que as empresas estão caminhando para um processo de tomada de decisão que envolva os colaboradores. Segundo dados do estudo da Gupy com a Ideafix, 69,51% das empresas afirmaram que realizam pesquisas internas frequentemente e utilizam os dados para tomar decisões, enquanto 25% afirmaram que realizam pesquisas pontualmente com este fim. 79,80% das empresas, por sua vez, afirmaram comunicar os seus resultados a todas as pessoas colaboradoras.

Por Redação