O Gympass, uma das principais plataformas de bem-estar empresarial, acaba de lançar a 2ª edição do estudo “Panorama do Bem-Estar Corporativo”. O levantamento, realizado com mais de 5 mil profissionais em nove mercados globais, traz insights sobre como o mercado de trabalho está se preparando – ou não – para atender demandas referentes à qualidade de vida dos colaboradores.

De acordo com o estudo, o debate em relação aos modelos de trabalho híbrido e presencial é determinante na construção de estratégias de bem-estar. O emocional e a produtividade ganham força quando os profissionais podem atuar no ambiente de sua escolha.

A pesquisa identificou que os “colaboradores incompatíveis”, ou seja, aqueles que preferem um modelo de trabalho, mas atuam em outro, têm o seu bem-estar negativamente impactado pelo dia a dia laboral. Quando questionados sobre seu bem-estar, o número de profissionais que dizem que o status atual é ruim ou péssimo é duas vezes mais alto entre aqueles que não trabalham no local de sua preferência do que entre os que trabalham.

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Ainda sobre, pessoas que atuam longe do espaço de sua preferência têm índices mais elevados de estresse e piora na qualidade do sono. Destaca-se também que a chance desses colaboradores se sentirem insatisfeitos com o atual empregador pode dobrar.

“Essa incompatibilidade entre o local onde os colaboradores gostariam de trabalhar e onde de fato trabalham traz à tona uma questão ainda mais importante: a jornada de bem-estar é única para cada pessoa. Por isso, a flexibilidade é tão importante para as empresas que, neste momento, avaliam o retorno ao trabalho presencial”, diz Priscila Siqueira, líder do Gympass no Brasil. “Cada pessoa é diferente e, para cuidar melhor da sua força de trabalho, é importante que as empresas ofereçam benefícios flexíveis e preventivos que, além de trazer mais saúde e felicidade para os colaboradores, também geram economia no longo prazo”, acrescenta.

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Bem-estar não é negociável

O relatório da Gympass revela que, para a imensa maioria dos profissionais, a qualidade de vida é um fator tão relevante quanto salário, benefícios e outras ofertas por parte das companhias. 96% dos respondentes não abriria mão de atuar em uma empresa que prioriza o bem-estar.

Outro dado relevante mostra que 87% dos trabalhadores abandonariam um trabalho que não se preocupa com a sua qualidade de vida, um aumento de 10 pontos percentuais em relação ao primeiro panorama lançado.

Bem-estar não é opcional

O bem-estar existe, mas não para todos

O estudo registra que os níveis de bem-estar entre as hierarquias de um negócio são bem diferentes. Enquanto 91% dos profissionais da alta liderança conseguem reservar um tempo para cuidar de si, o mesmo vale para 76% dos gestores e 66% dos não gestores.

Embora exista a discrepância, há a ressalva de que a grande maioria (77%) utiliza programas de bem-estar e qualidade de vida desenvolvidos pelo negócio. No entanto, a visão de saúde emocional dos líderes e dos liderados é bem diferente. Enquanto 77% dos executivos acreditam que a saúde mental de seu time melhorou, apenas 33% dos funcionários enxergam da mesma maneira.

“Esses dados trazem um alerta importante para líderes e gestores: se vocês acreditam ter um bom nível de bem-estar, não podem presumir que o restante de sua equipe também se sinta assim”, diz Priscila Siqueira. “A liderança precisa garantir que todos os colaboradores, especialmente os não-gestores e aqueles no início de suas carreiras, tenham o mesmo tempo, recursos e flexibilidade para o autocuidado. O bem-estar não é um benefício condicionado ao nível hierárquico; é o aspecto mais importante para manter seus colaboradores saudáveis, produtivos e engajados”, finaliza.

O estudo completo por ser acessado por aqui.