Segundo a nova edição do estudo “Future of Work”, da Korn Ferry, os assuntos relacionados à sustentabilidade estão entre os que mais inspiram profissionais nascidos entre 1981 e 1996: 65% dos millennials dizem se motivar em uma companhia que realmente trabalhe os pilares ambientais, sociais e de governança. Ou seja, a agenda ESG está em alta.

Um outro dado curioso do estudo é que 54% dos respondentes considerariam mudar de carreira para assumir uma função que seja mais focada em sustentabilidade. Por meio dessas amostras divulgadas, é possível considerar que, hoje em dia, além da geração Z, outras gerações também priorizam as políticas e práticas das empresas para que se dediquem ainda mais nas suas funções de cargo e, supostamente, desenvolvam seu plano de carreira.

Ao aprofundar neste assunto, é possível alertar para a necessidade que as empresas devem ter na gestão ESG não apenas como um formato de negócio, tendência ou ética, mas, também, ampliando isso nas oportunidades de engajamento dos atuais e novos colaboradores de diversas gerações, como forma de retenção de talento e plano de sucessão de carreira.

Outros dados do estudo

Anos atrás, a abordagem mais comum ao realizar planejamentos de carreira era a de pensar de cinco a dez anos no futuro. Hoje, porém, ao passo em que o mundo passa por períodos de instabilidade em uma periodicidade ainda maior, as pessoas não vêem ponto em planejar tão à frente. Cerca de 44% das pessoas pensam em seus planos de carreira em termos de meses, não anos.

“Para manter os profissionais motivados, o ideal é definir metas mais curtas ou que possam ser revisadas regularmente”, aconselha Aline Riccio, Diretora de Projetos da Korn Ferry. “Para manter a dinâmica do desenvolvimento, pense em termos de seis meses, não seis anos”, acrescenta. Essa progressão e perspectiva de desenvolvimento profissional é muito valorizada por colaboradores, ao passo em que 58% afirmam que trocariam seu emprego atual por outro menos interessante, mas que oferecesse um salário mais alto.

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Em relação à cultura de trabalho, muito impactada nos últimos anos por fenômenos como a Covid-19, o novo normal contemplou a ascensão do modelo de trabalho remoto e, principalmente, híbrido. 52% dos entrevistados afirmam que o trabalho em home office faz com que se sintam desconectados de seus colegas, e que essa desconexão poderia ser o suficiente para fazê-los procurar emprego em outro lugar.

Entretanto, um número ainda maior, de 64%, afirma que o retorno ao escritório teria um impacto negativo à sua saúde mental. Isso porque a possibilidade de flexibilidade apresentada pelo home office se tornou muito valorizada por colaboradores de diferentes áreas, que afirmam permanecer realizando as mesmas funções, agora de forma remota, com níveis de produtividade iguais, senão maiores do que quando trabalhavam presencialmente.

“Isso vale especialmente para empresas que têm uma força de trabalho relativamente jovem, em que determinações muito rígidas podem dificultar a retenção de talentos em ascensão”, finaliza Aline.

Por Redação