Para líderes e gestores que buscam por alternativas para engajar seus colaboradores, as festividades de final de ano são repletas de oportunidades. Por trás de toda a aura do Natal, simbolicamente marcada pela união e pela confraternização, existe o momento perfeito para as organizações investirem em reconhecimento e demonstrarem em ação o quanto os seus profissionais fazem a diferença para o negócio.
Segundo o estudo Employer Gifting Survey, de 2021, presentear os funcionários contribui ativamente para aumentar os índices de satisfação. 59% dos respondentes alegaram que se sentiriam menos dispostos a buscar outro emprego caso recebessem algum “mimo” para valorizar todo o seu empenho durante o ano.
Ainda assim, por mais que a transição de um ano para o outro seja um dos períodos mais visados para buscar um novo emprego, somente 28% foram presenteados ao final de 2020 – o que pode ser explicado não apenas pela falta de tal cultura nas empresas, mas pela crise econômica e social do período, uma vez que a pandemia da Covid-19 estava em seu auge. 34%, por sua vez, revelaram que em toda a sua carreira nunca receberam sequer uma cesta de Natal.
“O estudo mostra que algumas organizações ainda não perceberam o quanto é importante demonstrar aos seus empregados valorização por todo o seu trabalho pesado”, disse ao portal Business Wire o Cofundador e CEO da Snappy, empresa responsável pelo estudo, Hani Goldstein.
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Pelo presente, mas também por fazer a diferença
De acordo com Everton Helfstein, Diretor de Marketing da Capital das Cestas, companhia especializada em cestas básicas e natalinas, o benefício de final de ano é uma forma da empresa se comunicar com o colaborador, especialmente quando há também o desejo de fazer da entrega um momento de conexão.
Ele destaca que entrevistas e grupos de discussão com RHs foram determinantes para a marca compreender as principais necessidades de seus clientes, e assim identificar qual é a mensagem que os gestores querem, de fato, passar para reconhecer o trabalho de suas equipes.
“Quando é feita uma cesta personalizada, a empresa escolhe os produtos e então nossa nutricionista é acionada. Ela desenvolve um livro de receitas com sugestões para um melhor uso dos itens selecionados. Outro ponto é a inclusão de um QR Code direcionado a um vídeo de um presidente, diretor ou outro porta-voz, com uma mensagem aos seus colaboradores. Temos parceria com uma produtora para produzir, captar e editar o conteúdo. Isso faz com que as pessoas que recebem a cesta se sintam mais próximas, parte do negócio”, diz.
Helfstein salienta, ainda, que a Capital das Cestas conta com um showroom móvel que é levado até as empresas. O chamado “carro do Papai Noel” auxilia que os RHs e os líderes tenham maior assertividade na escolha dos produtos que farão a composição das cestas.
“Fora as sugestões de produtos, levamos também sugestões de brindes, sejam eles mais corporativos ou mais descontraídos. As composições são montadas de acordo com o perfil das empresas. A cesta é pensada, é um presente que demonstra que quem a construiu deseja, de fato, levar o melhor às pessoas”, pontua.
A organização traz consigo outro diferencial. O diretor conta que na Capital das Cestas a preocupação social é equivalente ao fornecimento de produtos de qualidade. Quando é buscada, por exemplo, uma parceria, uma das preocupações é democratizar a cultura. Há eBooks, parcerias com cinemas e parques para oferecer descontos nos ingressos, tudo com o intuito de facilitar o acesso a entretenimento. Além disso, há um trabalho com as empresas para auxiliar ONGs e formar uma corrente de apoio social.
“Todo mês de junho, por exemplo, fazemos o Junho Vermelho, campanha interna e com todos os clientes para doação de sangue – exceto se o cliente optar por não participar, é claro. Somente neste ano 50 funcionários se voluntariaram a participar. A cesta passa a ser decorada com a respectiva cor e leva informações em geral sobre doação de sangue. Sempre tentamos estimular ações sociais, sustentáveis, o abraço de causas e ONGs. Neste Natal específico adotamos a campanha de “qual seu desejo de Natal?”, na qual fizemos uma ação que permite que quem recebeu as cestas participe de uma promoção. As pessoas postam vídeos e os mais criativos são premiados. Há viagens, videogames, etc”, elucida.
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Gestão envolvida
Para fazer o mix entre produtos e social funcionar, Helfstein revela que foi determinante o olhar do CEO da empresa, Adriano Trindade. O executivo esclarece que, desde doações a ONGs até o investimento de outras ações, que são cenários que naturalmente carregam consigo custos, há o desejo genuíno em melhorar a qualidade de vida das pessoas.
“Se não há alguém na empresa que permita que as ideias saiam do papel, acaba se tornando uma mesmice. Percebemos que isso que nós começamos a propor mexe com o mercado, estimula que outras empresas busquem agregar valor em ações sociais. Todos saem ganhando”, finaliza.
Por Bruno Piai