Por mais que a pandemia da Covid-19 tenha sido uma das principais responsáveis para que empresas acelerassem mudanças em sua dinâmica de trabalho, antes dela algumas transformações já se evidenciavam e davam o pontapé inicial no chamado “novo normal” – embora, de fato, seja difícil crer que o termo teria tanto impacto sem o coronavírus. Entre as alterações que se propunham, uma das nítidas era a maior atenção dos recrutadores por habilidades além das técnicas, as chamadas soft skills.

O novo olhar para as competências dos trabalhadores chegou para ficar. Somente no segundo trimestre de 2022, por exemplo, de acordo com Rohan Rajiv, diretor de gerenciamento de produtos do LinkedIn, as habilidades sociais foram exigência em 78% das vagas anunciadas na plataforma – em escala global.

Diante de tal dinâmica, diversos estudos visam identificar quais são as soft skills mais importantes e buscadas tanto no presente quanto aquelas que serão as mais requisitadas no futuro do trabalho. Um deles é o relatório Future of Jobs, levantamento anual realizado pelo Fórum Econômico Mundial.

O estudo, salienta Tatiany Melecchi, autora da ATD Sales Enablement Community of Practice e CEO Fundadora da Consultoria Transforma People & Performance, “analisa as tendências globais do mercado de trabalho e as habilidades mais procuradas pelos empregadores em diferentes setores da economia”.

Segundo a atual edição, por mais que as organizações tenham, em 2023, suas habilidades comportamentais de predileção, a tendência é que daqui quatro anos parte delas (44%) se torne obsoleta. Isso “devido ao avanço tecnológico, o que torna importante desenvolver e aprimorar as habilidades em alta demanda para se manter competitivo no mercado de trabalho”, destaca a mestre em Marketing.

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Tatiany ressalta que as habilidades cognitivas são, hoje, as mais importantes. Não à toa, os pensamentos analítico e criativo, primeiro e segundo colocados no ranking de 2023, também ocupam essas posições no mapeamento de 2027, invertendo apenas a ordem entre si.

Ainda assim, habilidades de liderança e influência social, de acordo com a especialista, têm um lugar definido de destaque. “As características que nos tornam humanos, nos tornam capazes de nos relacionarmos uns com os outros e de fazer coisas inovadoras”.

Primeira brasileira certificada como Professional in Talent Development pela ATD (Association for Talent and Development), nos EUA, Tatiany elucida, ainda, com base no relatório, que seis em cada dez trabalhadores necessitarão de treinamento antes de 2027, “mas apenas metade terá acesso a oportunidades de treinamento adequadas”. Todavia, 82% das companhias planejam investir em capacitação.

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Por Bruno Piai