As empresas seguem tendo que se adaptar e se reinventar constantemente para manter a sobrevivência do negócio ao longo do tempo, mas a liderança nem sempre está preparada para guiar os colaboradores por esse processo. É o que revela a pesquisa “A cultura a serviço da estratégia do negócio”, realizada pela Olivia – consultoria especializada em processos de transformação organizacional. Segundo o levantamento, 37% dos gestores não se sentem preparados para a mudança e 3% estão pouco preparados.
O objetivo do estudo foi revelar o grau de importância dado pelas empresas à cultura organizacional nos processos de mudança pelos quais passam. Os dados foram coletados de companhias de nove Estados e 35 cidades brasileiras, além de cinco países. Participaram da pesquisa empresas de 14 setores, como serviços, agricultura, varejo, indústria, tecnologia, educação, saúde, entre outros. Além disso, 66% dos profissionais entrevistados são gestores, incluindo cargos como CEO, sócio, fundador, diretor, gerente e coordenador.
A cultura organizacional é elemento essencial no processo de transformação de qualquer empresa, de acordo com Reynaldo Naves, sócio e Managing Partner da Olivia Brasil. “O mundo está muito mais dinâmico, e a cultura organizacional deve ser um pilar dessas transformações, pois as organizações não mudam, mas sim as pessoas, portanto elas devem estar no centro de qualquer estratégia de mudança”, comenta.
A pesquisa revelou que 77% dos entrevistados consideram que a liderança comunica ou transmite uma visão clara de onde quer chegar nos próximos cinco anos, contra 23% que não compartilha da mesma ideia.
Sobre o maior desafio no processo de mudança, o engajamento é apontado como o principal, com 16%, seguido pela agilidade e adaptabilidade (14%) e comunicação (13%). Os dados também revelam que, quanto ao alinhamento do discurso da liderança em relação às mudanças, 54% se consideram alinhados, enquanto 16% estão muito alinhados, 25% pouco alinhados e 5% desalinhados.
“A liderança tem um papel fundamental no alinhamento das estratégias rumo às mudanças, pois o contato diário é que representa a tangibilização de tudo que pode estar escrito ou sendo falado. Nada vai dar certo se a liderança não se apropriar do seu papel de agente da mudança e não for o principal exemplo dessa transformação. Eles precisam ser embaixadores, polinizadores e multiplicadores dessa mudança, para que a cultura sustente a estratégia, e então a empresa consiga chegar aos resultados estabelecidos”, sinaliza Naves. O especialista acrescenta que as empresas precisam sempre estar orientadas para a visão que as move e às mudanças que acontecem nesse contexto, pois a transformação digital muda a forma como elas podem fazer as mesmas coisas, mas também cria novas oportunidades de negócios.
O estudo também mostra quais transformações as empresas estão passando diante das novas estratégias de negócio. São elas: processos de inovação (27%), seguidos dos processos de gestão de pessoas (25%), os processos de comunicação interna e externa (13%) e os processos financeiros (12%).
Outro dado importante que a pesquisa revelou é que, para que essas transformações deem certo, é necessário mudar comportamentos para alavancar a estratégia do negócio, como: engajar as pessoas (19%), desenvolver as pessoas (11%), inovar e escutar diferentes pontos de vista (7%), além de reconhecer as pessoas (6%).
Por Redação