A qualificação profissional é uma preocupação constante em ambientes corporativos dos mais diversos setores. De acordo com 64% dos profissionais de Learning and Development, a cultura de capacitação profissional se fortaleceu nos últimos quatro anos, segundo a pesquisa “2022 Workplace Learning Report The Transformation of L&D“, desenvolvida pelo LinkedIn. Para o levantamento foram ouvidos 1.444 profissionais em 27 países, incluindo o Brasil.
Para a especialista em treinamento e desenvolvimento do DOT Digital Group, Sueli Andrade, os programas de educação corporativa com foco em preparação profissional para novos desafios são formas de montar times motivados, produtivos e satisfeitos. “Especialmente após a pandemia, tornou-se praticamente impossível ignorar a existência de recursos tecnológicos em programas de capacitação que visem gerar resultados verdadeiramente positivos”, explica.
Muitas empresas, no entanto, cometem erros no planejamento dos conteúdos e desconsideram fatores fundamentais para a determinação do sucesso da capacitação. Neste sentido, Sueli destaca seis erros em programas de capacitação profissional e como evitá-los.
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Ignorar recursos tecnológicos
Nascidos entre 1981 e 1995, os millennials cresceram com recursos tecnológicos à disposição e são o grupo predominante no mercado de trabalho. Sempre conectados, migraram do desktop para o mobile e estão acostumados a receber e consumir um grande fluxo de informações com rapidez – características que encontram apoio em recursos de educação digital.
Treinamentos gamificados, aplicação de técnicas de jogo em processos já existentes para direcionar objetivos de negócio podem ser uma forma de integrar uma dinâmica de jogo a uma tarefa de aprendizagem, por exemplo.
Oferecer conteúdos longos
Uma pesquisa desenvolvida e publicada em 2019 pelo LinkedIn identificou que 74% dos funcionários gostariam de aprender em seu tempo livre durante o expediente, pois é mais fácil encontrar 15 minutos livres por dia do que uma hora uma vez por semana.
Uma opção para atender essa necessidade é o microlearning, método de aprendizagem baseado em treinamentos curtos e em formato interativo (vídeos, podcasts, tutoriais, quizzes, jogos e infográficos), que podem ser consumidos rapidamente e em qualquer lugar.
Não identificar as necessidades da empresa e do colaborador
Um programa eficaz de aprendizado e desenvolvimento demanda ferramentas específicas que ajudem o colaborador no entendimento das informações.
É necessária uma estratégia de diagnóstico educacional para analisar a base de conhecimento do grupo de profissionais e o progresso que ele precisa fazer.
Não aliar prática ao treinamento
Quando não há oportunidade de praticar o que está aprendendo, as chances de esquecer o conteúdo são maiores.
Organizar o planejamento de cursos com base nos objetivos estratégicos do negócio ajuda a construir uma curadoria relevante, para que os colaboradores possam aprender a aplicar as habilidades adquiridas.
Falta de personalização
As tecnologias educacionais precisam compreender o perfil dos colaboradores e entregar uma experiência personalizada, que caminhe junto às necessidades de desenvolvimento da empresa.
Ferramentas adaptativas, que personalizam o aprendizado conforme o ritmo, as necessidades e os interesses de cada colaborador são as mais indicadas.
Deixar de colher e dar feedbacks
Da mesma forma que a empresa precisa saber se o programa educacional está cumprindo com seus objetivos, os alunos também precisam de feedbacks.
Como todo processo dentro de uma organização, é preciso ter registro dessas informações, indicadores e critérios de avaliação para, no futuro, identificar falhas, fragilidades e criar planos de ação para melhorias no processo e conteúdo.
Por Redação