As ações de Employer Branding são uma tendência do mercado. Os colaboradores também estão dando uma atenção maior para essas iniciativas. Por isso, as áreas de Recursos Humanos precisam unir esforços para oferecer um bom ambiente de trabalho, criar políticas de remuneração e benefícios sustentáveis e atrativas e mostrar o reconhecimento aos funcionários.

Quando se fala de atrair e reter talentos, isso é de uma importância. É importante se atentar para a taxa de turnover, que mede a rotatividade da empresa, através da média de saída de funcionários (demissões voluntárias e involuntárias) em relação ao número médio de colaboradores de uma empresa em determinado espaço de tempo. Inevitavelmente, alguns talentos devem sair em busca novos desafios, mas até isso pode ajudar a manter o time renovado e motivado.

RH-TopTalks2023

Quanto menor o índice de turnover, menos impacto na produtividade, nas competências instaladas, no conhecimento interno, no alinhamento cultural, no engajamento e no sentimento de pertencimento dos colaboradores com a organização.

E quanto maior este alinhamento, mais forte a cultura organizacional. Isso fundamenta os processos e práticas do dia a dia. Para se ter um nível de excelência em termos de cultura organizacional, este alinhamento deve responder a um índice próximo a 80% de alinhamento, utilizando como referência a metodologia usada pelo Barret Value Center.

Quanto maior o alinhamento cultural menor o índice de entropia, que é a medida da desordem ou da falta de eficiência em uma organização. Através desse índice, é possível saber o quanto de energia está sendo desperdiçada durante o expediente. Quanto mais o índice esteja próximo de zero, menos perda de energia de forma desnecessária.

Pesquisa Infojobs

Desalinhamento cultural, práticas internas não alinhadas aos valores organizacionais, erros de processo, falhas de comunicação, má capacitação e uma liderança ineficaz são alguns dos fatores que favorecem a redução da eficácia e consequentemente o aumento da entropia.

Uma das formas de ter um bom alinhamento cultural e favorecer as práticas de Employer Branding é fazer uma troca com as pessoas para entender quais são as suas necessidades, que é um papel primordial do departamento de Recursos Humanos.

Ouvir os colaboradores, tanto no dia a dia como através de reuniões periódicas, dá a direção para os caminhos que a empresa precisa tomar, costurando acordos coletivos e, assim, ajudando a fortalecer a cultura organizacional.

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Atualmente, vemos uma demanda crescente por busca de benefícios tanto tangíveis quanto intangíveis. Programas para reconhecer as contribuições diferenciadas, de talentos, avaliações comportamentais, políticas de premiação e de participação nos resultados são iniciativas que as organizações precisam adotar para reter os seus talentos.

As pessoas também estão buscando mais flexibilidade para conseguir conciliar a vida profissional com a pessoal. Algumas medidas simples não trazem prejuízo para a empresa e facilitam demais a agenda dos profissionais.

Indicadores de Employer Branding

Alguns exemplos são a compensação de horas, o horário flexível, e a possibilidade de realizar suas funções à distância, fora do ambiente empresarial. Outros casos, como vale refeição, vale alimentação, vale transporte, plano médico e odontológico, já estão consolidados e seguem sendo de grande valia para os colaboradores.

No entanto, é preciso compreender que mais do que esses benefícios, eles precisam se sentir parte importante do projeto. Eles precisam ter voz e um acesso fácil aos gestores para que se sintam confortáveis com seu trabalho.

Essa aproximação entre todos que estão em uma empresa também é um passo determinante para que a cultura organizacional seja colocada em prática. Quando ela é apenas falada pela direção, os funcionários percebem.

Contudo, se ela for efetivamente colocada em prática pelas lideranças, que estão alinhadas com todos os propósitos da organização, a adoção se torna mais rápida e mais fácil com os demais trabalhadores.

Ainda temos um campo para avançar, porém já vimos uma grande evolução nos últimos anos. É preciso olhar sempre com atenção para as atualizações do mercado, entendendo o que as pessoas precisam para se ter um ótimo local de trabalho.

Colaboradores precisam ser ouvidos pelas empresas

Por José Anilton Leite Bezerra, gerente de Recursos Humanos na Montana Química.

 

 

Ouça o PodCast RHPraVocê Cast, episódio 113, “Cabo de guerra: como equilibrar o desejo de gestores x colaboradores no home office” com Paul Ferreira, vice-diretor do NEOP na FGV EAESP. Clique no app abaixo:

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Capa: Depositphotos