Quiet quitting: o que a saída silenciosa do emprego formal tem a ver com lideranças tóxicas?

Quiet quitting é uma tendência crescente de pessoas que saem de seus empregos sem avisar ou anunciar publicamente sua decisão. Isso pode ser visto como uma forma de protesto silencioso contra ambientes e lideranças tóxicas no local de trabalho.

Embora essa abordagem possa parecer imatura ou desrespeitosa, muitas vezes reflete uma profunda insatisfação com a cultura organizacional e a falta de apoio por parte dos líderes.


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Um ambiente adequado no local de trabalho é fundamental para a saúde mental e o bem-estar dos funcionários. Entretanto, muitas empresas ainda toleram lideranças tóxicas e ambientes negativos que afetam diretamente a equipe. Esses ambientes podem incluir intimidade, competição desmedida, bullying e discriminação. Além disso, muitos líderes não estão preparados para trabalhar com questões de saúde mental e bem-estar dos funcionários, o que pode exacerbar a situação.

A falta de apoio por parte dos líderes também pode levar ao quiet quitting. Quando os funcionários se sentem desrespeitados ou ignorados, eles podem perder a motivação e o interesse no trabalho. Além disso, se os líderes não estão dispostos a ouvir e resolver problemas, os funcionários podem se sentir desencorajados e sem esperança de melhoria.

Outro fator que contribui para o quiet quitting é a falta de oportunidades de crescimento e desenvolvimento. Quando os funcionários se sentem estagnados em suas carreiras e não veem perspectivas de avanço, eles podem decidir sair em busca de novas oportunidades. Além disso, a falta de feedback e reconhecimento por parte dos líderes também pode levar ao descontentamento e à demissão silenciosa.

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Em síntese, quiet quitting é uma tendência crescente que é influenciada por ambientes e lideranças tóxicas no local de trabalho. Quando os funcionários se sentem desrespeitados, ignorados ou sem perspectivas de crescimento, eles podem optar por sair em vez de enfrentar um processo formal de demissão.

É importante que as empresas reconheçam a importância de criar ambientes saudáveis e apoiadores e treinem suas lideranças para lidar com questões de saúde mental e bem-estar dos funcionários.

A importância de uma liderança inovadora

A liderança inovadora desempenha um papel fundamental junto aos funcionários que desejam o “quiet quitting” mas que não se manifestam publicamente. Em ambientes tóxicos, muitos funcionários optam por deixar suas posições sem comunicar abertamente suas razões. Esta situação pode ser prejudicial para a organização, pois pode levar a perda de talentos valiosos, aumento de turnover e danos à reputação da empresa.

A liderança inovadora deve abordar este problema de frente, criando um ambiente de trabalho saudável e positivo. Isso inclui promover uma cultura de comunicação aberta, onde os funcionários se sintam confortáveis em expressar suas opiniões e preocupações. Além disso, é importante oferecer suporte emocional e profissional aos funcionários, reconhecer e recompensar o trabalho bem-feito e fornecer oportunidades de crescimento e desenvolvimento.

A liderança inovadora também deve monitorar e medir regularmente a satisfação dos funcionários e responder rapidamente a quaisquer questões ou preocupações. Se um funcionário optar por sair, a liderança deve conduzir uma saída ética e profissional, garantindo que o funcionário deixe a empresa com dignidade e respeito.

Compete à liderança inovadora desempenhar um papel fundamental na prevenção da demissão silenciosa, criando um ambiente de trabalho saudável e positivo e abordando rapidamente qualquer questão ou preocupação dos funcionários.

Ao fazer isso, a organização pode evitar a perda de talentos valiosos e melhorar a sua reputação, bem como promover a satisfação e o bem-estar de todos.

Quiet quitting e as lideranças tóxicas

Por Maria Augusta Orofino, palestrante e autora dos livros ‘Liderança para Inovação’ e ‘Metodologias Ágeis’. TEDx Talker, é especialista em inovação, liderança e metodologias ágeis.

 

 

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