Ao olhar para trás e refletir sobre tudo o que vem acontecendo nesses longos meses de pandemia, você consegue dizer que é a mesma pessoa de antes?

A sua rotina, certamente, não é a mesma lá de fevereiro de 2020, já que várias percepções e hábitos foram impactados. Além da esfera pessoal, é possível notar que as empresas também não são as mesmas de antes da pandemia.

Implicações financeiras, protocolos de segurança sanitária, incertezas nas prospecções, entre outros desafios que vieram junto com esse período tão difícil, mesmo que não tenham mudado o ethos, alteraram as configurações administrativas da empresa.

A mudança emergencial para o trabalho remoto foi um choque inicial para muitas pessoas e companhias como um todo também. Precisamos ajustar desde o espaço de trabalho até o relacionamento com os colegas de trabalho e família para que o expediente fluísse de maneira tranquila, mesmo no meio do caos.

Agora, a cerca de 100 dias faltando para passarmos mais um ano-novo pandêmico e com a vacinação avançando passo a passo, nos deparamos com mais um momento de adaptação, o retorno ao trabalho presencial.

Ainda que, segundo pesquisa conduzida pela consultoria de recrutamento especializado Robert Half, 95% dos gestores acreditem que a alternação entre o ambiente do escritório e de casa se tornará uma medida adotada permanentemente, ainda há muitos dilemas que circundam esse processo.

Por mais que essa segunda movimentação não seja tão abrupta quanto a corrida para o home office, um ponto a ser considerado é a forma que ela irá reverberar para todos os colaboradores. Dentro de cada setor e por trás de cada tela há uma realidade distinta.

Tendo essa recognição em vista, é possível notar que as abordagens nos treinamentos, avaliações de desempenho e arranjos organizacionais não devem ser planificadas e uniformes. As necessidades de capacitação de alguém que foi contratado durante a pandemia são diferentes daqueles que já faziam parte do quadro de funcionários da empresa, por exemplo.

O mesmo se aplica à empresa como um conjunto, só porque uma determinada firma já se estabeleceu totalmente em regime presencial, não significa que a sua precisa seguir o exemplo imediatamente. A fórmula para um modelo de trabalho perfeito não existe e, como cada companhia possui sua própria cultura, as adequações também são personalizadas ao redor dela.

Redesenhar o ambiente e os processos gerenciais após uma sequência de eventos que tocaram cada pessoa e cada empresa em níveis específicos trazem uma série de desafios para os responsáveis pela gestão de pessoas.

Eles se estendem desde as questões pessoais, passando pelas demandas burocráticas até às disposições logísticas. Logo, para que esse fluxo para o trabalho híbrido seja benéfico e pacífico para todos, a compreensão, o diálogo e a empatia de ambos os lados precisam estar posicionadas como prioridade.

Por Leiza Oliveira, CEO da rede Minds Idiomas e mãe de dois filhos. Coordena mais de 70 escolas no Brasil.

 

The challenges of corporate training and managing on blended regimen

While looking back and reflecting about everything that has been happening in these long months of pandemic, can you say that you are the same person you were before?

Your routine, certainly, is not the same as in February 2020, once several perceptions and habits were impacted. Beyond the personal sphere, it is possible to notice that most companies are not the same as they were before the pandemic.

Financial implications, sanitary safety protocols, uncertainties in prospecting, among other challenges that came along with this difficult period, even if they have not changed their ethos, they have altered the administrative settings of the company.

The emergency change to remote working was an initial shock to many people and business as a whole too. We needed to adjust from our workspace even to our relationships with co-workers and family so that the workday can flow smoothly, even in the midst of chaos.

Now, with about 100 days to go before another pandemic New Year and with vaccination advancing step by step, we are faced by another moment of adaptation, coming back to face-to-face work.

Although, according to a survey conducted by specialized recruitment consultancy Robert Half, 95% of managers believe that switching between the office and home environment will become a permanent measure, there are still many dilemmas that surround this process.

Even if this second movement is not so abrupt as the rush to home office, a point to be considered is the way it will reverbere to all employees. In each department and behind each screen there is a distinct reality.

With this recognition in mind, it is possible to notice that approaches in training, performance evaluations and organizational arrangements must not be equal and uniform. The training needs of someone who was hired during the pandemic are different from those who were already part of the company’s workforce, for example.

The same is applied to the company as a set, just because a specific firm has already been fully established to a face-to-face regimen, it does not mean that yours needs to follow the lead immediately. The formula for a perfect work model does not exist and, as each company has its own culture, adjustments are also customized around it.

Redesigning the workspace and management processes after a sequence of events which has touched each person and each company in specific levels bring along a series of challenges for those responsible for personnel management.

They range from personal issues, through bureaucratic demands to logistical arrangements. Therefore, for this flow of blended work to be beneficial and peaceful for all, understanding, dialogue and empathy on both sides need to be placed as a priority.

O desafio dos treinamentos e gestão do modelo híbrido

Por Leiza Oliveira, CEO da rede Minds Idiomas e mãe de dois filhos. Coordena mais de 70 escolas no Brasil.

 

 

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