Sim, é um susto, mas você piscou e já estamos no último bimestre do ano. Para quem lida com gestão de pessoas, seja no próprio negócio, ou na área de Recursos Humanos (RH) de uma corporação, independentemente do nicho de mercado e tamanho da empresa, esses últimos meses são cruciais para o fechamento de orçamento e a organização do que será prioridade para o próximo ano, principalmente no assunto Benefícios.

Cada empresa possui uma cultura, mas todas podem concordar em um ponto: é necessário controlar, de maneira efetiva, o capital.

O fechamento de orçamento é um momento importante para visualizar novas oportunidades, possibilidades, tendências e cenários futuros, aumentando o grau de previsibilidade e permitindo antecipar ações.

Uma das questões mais importantes é reter talentos e diminuir o turnover, e isso é sempre um desafio, já que, atualmente, as pessoas levam muitos fatores em consideração, além do salário, para permanecerem, ou não, em um emprego.

No passado, os profissionais procuravam muito mais por estabilidade e, exatamente por isso, a rotatividade de funcionários era muito menor. Hoje, após perceberem que a tão sonhada estabilidade é mais difícil, as pessoas procuram por saúde física e mental, tempo para lazer e família e, acima de tudo, benefícios que sejam realmente atrativos.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) mostrou que 90% das pessoas acreditam que os benefícios corporativos são o principal fator de motivação para permanecerem ou não em um emprego. Ou seja, eles são a prioridade, e não algo secundário. Diante deste cenário, não podemos deixar de olhar para essa questão, afinal de contas, quem faz uma empresa funcionar são as pessoas que trabalham para isso.

O primeiro ponto que deve ser observado antes de reservar uma parte do orçamento para os benefícios corporativos é fazer isso em conjunto com os colaboradores. Quando o turnover é baixo, ou está sob total controle, isso mostra a saúde organizacional e deixa os funcionários mais satisfeitos e seguros.

Muitas vezes, o que você acredita ser um excelente benefício, não é exatamente o que as pessoas estão buscando, então, utilize a comunicação a seu favor. Em alguns casos, os colaboradores podem estar planejando começar a estudar no próximo ano, então pense em como pode ajudá-los a conseguir descontos em cursos e graduações, por exemplo.

Ou quem sabe a procura maior seja por benefícios em academias, ou em consultas com psicólogos? Deixe que as pessoas façam parte dessa construção.

No atual cenário “pós-pandemia”, com quase 50% da população brasileira vacinada com as duas doses, é importante refletir sobre o bem-estar do colaborador em 2022, e isso também passa por questões que permeiam a cabeça de todo funcionário: horários flexíveis, sistema híbrido ou home office?

Esses detalhes também devem ser decididos antes do final do ano, afinal de contas, isso muda a vida das pessoas. Apesar de essa ser uma decisão muito particular, é importante deixar claro para os colaboradores os próximos passos, afinal, isso se chama cultura organizacional.

A questão final que gostaria de deixar na cabeça de todos que lidam com gerenciamento de pessoas é:

  • Priorize as necessidades dos seus colaboradores e seja criativo ao montar o seu planejamento de 2022, pois isso irá, sem dúvida nenhuma, impactar no futuro da empresa. Permita evoluir e desenvolver de forma estratégica, pense em cada indivíduo como pessoas, e não como mais um número.

Permita a inovação e permita se reinventar, todos os dias.

Planejando 2022? não esqueça os benefíciosPor Marco Ferelli, fundador da Allya, HR tech com foco em benefícios corporativos e bem-estar financeiro com mais de 30 mil parceiros e 230 clientes.

 

 

 

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 72, “O papel do RH e do gestor de pessoas na chamada “nova economia”” com Diego Barreto, vice-presidente de Finanças e de Estratégia e Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano, ambos do Ifood. Clique no app abaixo:

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