O desafio de atrair, desenvolver e reter os estagiários no pós-pandemia. Compreender as diferenças entre as gerações tem se tornado um desafio ainda maior nos dias de hoje. Existem empresas em que cinco gerações diferentes interagem e precisam conviver com alguma harmonia.
E vamos voltar nossos olhos aos estagiários, neste momento. Uma vez que estagiário sempre foi sinônimo de inovação, de criatividade, de novidade, de energia e, de alguma forma, de economia de custos. E é isso mesmo!
Mas, as restrições impostas pela pandemia, trouxeram o desafio do home office e com isso uma grande questão: como desenvolver e acompanhar esses profissionais de maneira a garantir que eles tenham uma experiência satisfatória e que vá de encontro com os objetivos da empresa?
Nesses três anos conhecemos os Zoomers, que são os profissionais que começaram a trabalhar sem contato direto com a empresa e interagindo apenas pelos aplicativos de comunicação. Por isso o Zoomer, tirado do aplicativo Zoom!
Imagine só alguém que começou a trabalhar, de maneira remota e, por consequência, nunca conheceu espaço do seu escritório, quem são seus gestores fora dos meetings ou como é conversar presencialmente, em horário de almoço, com seus colegas de trabalho.
A pergunta é como engaja este perfil? Como cobrar tarefas e responsabilidades de alguém nessas condições?
Um outro grande desafio que, inclusive se aplica a todos os profissionais e não apenas aos estagiários, é estabelecer uma boa relação de convivência, tanto remota quanto presencialmente.
O cenário foi exposto, mas, agora, o que as empresas e os gestores podem fazer para atrair, desenvolver e reter os estagiários nos dias de hoje?
Primeiramente, é necessário destacar que a maior besteira é ter medo de contratar estagiários por conta dessa nova realidade, já que as vantagens da contratação são sempre muito maiores. Mas, para isso, desde o onboarding deste grupo, deve ser especial. Muitos deles nunca trabalharam.
Um bom kit de boas-vindas e uma integração que dure um tempo razoável, para apresentar a empresa, os valores, as metas, a cultura e algumas regras são pontos incríveis e muito fáceis de se fazer. Quem entra sabendo o que é esperado e as regras do jogo, tende a atuar de maneira mais adequada.
Fazer reuniões periódicas para avaliar os resultados, estabelecer metas, delegar tarefas são maneiras essenciais e não devem ser negligenciadas com o tempo. Devem ter dias e horários marcados e cumpridos. Essa constância ajuda na disciplina dos estagiários.
Outra ideia é promover encontros presenciais, para troca de ideias e experiências entre os estagiários, o que, de fato, podem proporcionar bons resultados. Os treinamentos, cursos, mentoria, atividades on the job são formas que conseguem garantir que essa turma enxergue seu desenvolvimento.
É necessário deixar claro que tudo o que promova mais conexão dos estagiários com a empresa e seus colegas de trabalho, vai ser um diferencial para que essa relação seja positiva.
É otimista o cenário atual e futuro em que o volume de contratação de estagiários tenha voltado ao patamar observado antes da pandemia e, ainda, apresente boas tendências de crescimento para este perfil que tanto agrega.
Por Rudney Pereira Junior. Com carreira desenvolvida essencialmente no mercado financeiro e consultoria de recursos humanos. Psicólogo, 25 anos de carreira, com especialização em Gestão & Ambiente de Trabalho e MBA em Gestão de Pessoas pela FGV – Fundação Getúlio Vargas. Headhunter especialista em Seleção de Executivos, Seleção de alta e média gerência, Programas de Talentos, Startup de empresas nacionais e multinacionais.
Ouça o episódio 155 do RH Pra Você Cast, “O impacto da Geração Z nas relações de trabalho“. Pela primeira vez, quatro gerações dividem o mesmo ambiente de trabalho no mundo corporativo. Uma delas, a Geração Z, tem trazido diversas transformações e reflexões ao mercado de trabalho. Mas será que as empresas, líderes e RH conseguem entender o que esses jovens buscam e almejam para suas carreiras? O que tudo isso exige de revisão por parte da gestão de pessoas e como se tornar um “parceiro estratégico” desses profissionais? No episódio de hoje, conversamos com a doutora especialista em Geração Z, Thaís Giuliani, também consultora, mentora, escritora e criadora da Geração Zimago. Acompanhe:
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