Quando chega o final do ano, é comum que as pessoas reservem um tempo para refletir sobre todas as situações vivenciadas ao longo do período. Pensam sobre as metas e objetivos estabelecidos no início do ano e como eles foram cumpridos.

Na verdade, esses momentos são inerentes às datas de significado. Sempre que completamos mais um ano de vida ou quando perdemos alguém próximo, por exemplo, costumamos pensar sobre nossos sentimentos, valores e tudo o que vivemos até ali, sozinhos ou junto às pessoas que amamos.

Por isso, quando chegamos ao fim do ano, é corriqueiro fazermos este balanço. Se fôssemos uma empresa, nesse momento faríamos uma grande avaliação de tudo que ganhamos e perdemos, onde erramos e acertamos, para então termos uma visão completa de como podemos melhorar e evoluir nos negócios; conosco não é diferente.

Trata-se de um bom hábito, entretanto, diferente de uma corporação, que tem todos os seus passos e transações registrados, precisaremos resgatar em nossa memória todos os 365 dias vividos e, com certeza, esqueceremos de muitos detalhes.

Situações vivenciadas há tanto tempo que, muitas vezes, podem ser consideradas como resolvidas e superadas, e, assim, seguimos para o próximo período sem a consciência de absorvermos os aprendizados, repetindo os mesmos erros e hábitos não tão saudáveis.

Por isso, quando estamos em busca de construir a melhor versão de nós mesmos, é crucial que essa reflexão se torne uma rotina diária. A bagagem fica muito mais leve quando passa a ser reciclada no dia a dia. Quando pequenos, por exemplo, aprendemos a rezar para dormir, um hábito para lá de salutar e superimportante.

Por que, então, não aproveitamos esse momento de pausa para avaliar como foi nosso dia?

Podemos fazer alguns questionamentos a nós mesmos, avaliar onde erramos ou acertamos, se o que programamos deu certo, como esse dia poderia ter sido melhor, como fazer diferente no dia seguinte e por aí em diante. Certamente encontraremos situações para sermos mais gentis, empáticos, amorosos, dedicados, deixando de lado a procrastinação e o desânimo. Todo dia pode ser um bom dia, no horário e local que definir como o mais apropriado.

Como tornar essa prática diária

É preciso respirar. Definido o melhor momento do dia para isso – alguns preferem pela manhã, outros após o almoço, durante o banho, antes de dormir – é preciso ter esse momento de pausa e reflexão. A prática da respiração ajuda a trazer a consciência e a presença, é quando paramos e prestamos atenção em nós mesmos. Respire fundo e expire com calma.

Uma outra maneira de trabalhar a presença é se atentar para o que está sentindo nesse momento. Se está aborrecido, tranquilo, feliz, alegre, proativo, determinado, preguiçoso, desanimado, tudo isso sem julgamentos, pois não existe um jeito certo para estar.

Tomando consciência de que os sentimentos e os comportamentos não estão bons, basta avaliar como poderia ser melhor e tentar aplicar. Tudo bem encontrar alguma resistência, continue nesse exercício por quanto tempo considerar importante.

A consciência para o próximo ano

Todos esses exercícios que ajudam a trabalhar a consciência e a presença podem contribuir, inclusive, para determinar as metas para o ano seguinte. Temos tantas responsabilidades e compromissos para conciliar, que a frustração – embora faça parte da vida – não precisa estar presente no próximo ano por uma escolha nossa.

Estando conscientes, poderemos traçar objetivos ousados o bastante para nos motivar, mas dentro daquilo que sabemos ser capazes de cumprir, para não gerar essa carga extra de frustração que depois precisará ser reciclada.

É preciso avaliar com calma e profundidade essas metas, se elas farão sentido no decorrer do próximo ano. Se forem muito complexas, nada melhor que fazer um planejamento passo a passo de todas as etapas a serem cumpridas.

Abraçando esse hábito de reflexão diária, continuamente suas arestas serão aparadas para que a cada dia nasça uma melhor versão de si.

Longe da perfeição, é claro, mas muito melhor do que ontem. Com isso, tenha certeza, sua reflexão de final de ano nunca mais será a mesma.

A inteligência emocional aliada às metas de final de ano

Por Heloísa Capelas, reconhecida como uma das mais brilhantes especialistas em Autoconhecimento e Inteligência Emocional do país. Autora best-seller, palestrante e empresária, é mentora de líderes e ministra treinamentos para profissionais que buscam evolução na vida e carreira. É criadora do Universo do Autoconhecimento, plataforma de cursos on-line e considerada uma das maiores autoridades aplicação do Processo Hoffman, no mundo. CEO do Centro Hoffman, sua mais recente obra é “Inovação Emocional”, seguida de “Perdão, a Revolução que falta” e “O Mapa da Felicidade”.

Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?

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