O fato de que as mulheres ocupam um lugar expressivo na área da educação não é novidade, principalmente quando pensamos que elas são a grande maioria nas salas de aula que compõem a Educação Básica.

No entanto, por muito tempo, os cargos de gestão dentro das instituições educacionais eram predominantemente ocupados por homens. Eram eles que detinham a “voz” da liderança, tanto nas escolas, quanto nas diretorias de ensino.

Nos últimos anos, esse cenário vem, finalmente, apresentando mudanças. Com o aumento do acesso das mulheres a cursos superiores que envolvem a gestão escolar, além da busca constante por um senso de realização pessoal e de capacitação, o que podemos observar é um avanço significativo na busca por espaços de gestão e liderança.

Os resultados são extremamente positivos, já que as mulheres nesses papeis profissionais têm ocupado suas novas posições com maestria. Dentre as qualificações necessárias para alcançar e manter uma boa liderança, ressalto as habilidades socioemocionais, cujo desenvolvimento é imprescindível para o futuro, e o agora.


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Entender esse contexto é simples. Cada vez mais o mercado reconhece a importância de promover ambientes de trabalho saudáveis, que facilitem uma comunicação eficaz e um sistema produtivo em equipe. O líder, por natureza, é o responsável por guiar todos os colaboradores ao estabelecimento dessa dinâmica.

Olhando para as lideranças femininas na educação, algumas competências socioemocionais devem ser consideradas como importantes para a manutenção e ampliação desses cargos. Destaco, em primeiro lugar, o desenvolvimento em busca da eficácia pessoal, com uma habilidade que chamamos de “autorregulação”. Esta consiste na capacidade de se responsabilizar pelas próprias ações, por meio da conscientização dos pensamentos, sentimentos e emoções.

Quando conhecemos quem somos e nos projetamos com um objetivo em mente, direcionando nosso foco, entendemos que é possível ir longe no que diz respeito à conquista e à permanência em cargos de liderança. Isso quer dizer que, para liderar, o primeiro passo é se conhecer (e conhecer seus objetivos).

Em segundo lugar, destaco uma competência que abrange a gestão de equipe, e é chamada de “construção de relacionamentos”. Essa capacidade consiste em construir e manter conexões saudáveis e gratificantes, interagindo interpessoalmente com confiança e mentalidade de abundância. Assim, a liderança precisa balancear coragem e consideração para formar e manter equipes com senso de propósito.

No Programa Líder Em Mim, trabalhamos com o paradigma de que todos podem ser líderes – e desenvolvemos as capacidades necessárias para isso, desde a primeira infância dos estudantes. Entregamos treinamentos e práticas altamente eficazes que ajudam todos a se desenvolverem em liderança, inclusive os nossos próprios profissionais, que seguem em constante capacitação.

Esse conceito quebra as barreiras de que liderança é para poucos e, com o auxílio do conhecimento sobre os 7 Hábitos (uma linguagem comum entre professores e estudantes, que aplicam boas práticas de comunicação e convivência) e com a utilização constante do que chamamos de “ferramentas de liderança”, as mulheres têm sido empoderadas para trazer à tona sua voz e gerenciar equipes de maneira altamente eficaz.

Uma das ferramentas de liderança que auxilia nesse processo é o gráfico “Pare e Pense”, que atua diretamente na busca da autorregulação. Nesse exercício, o indivíduo é levado a pressionar um botão de “pausa” em sua vida, como um controle remoto. Ao apertá-lo, ele ganha tempo para parar e pensar, antes de dizer ou fazer qualquer coisa.

Outra ferramenta de liderança importante é o “Círculo de Controle/Influência”, em que há um momento de reflexão quando alguma questão surge. Por meio da organização do que está sob nosso controle, podemos aumentar nosso círculo de influência e, assim, melhorar grandemente os relacionamentos profissionais e pessoais.

No geral, de forma intrínseca, as habilidades socioemocionais sempre estiveram presentes nas maiores e melhores lideranças do mundo. No século XXI, é o momento de desenvolver essas competências de forma intencional e estratégica – principalmente no caso das mulheres, que enfrentam disparidades salariais e preconceitos, até atingir posições de liderança.

Mulheres líderes: qual o papel das habilidades socioemocionais?

Por Fabiana Santana, assessora pedagógica do Programa Líder em Mim. Bacharel em Letras, Pedagoga e Alfabetizadora, com MBA em Gestão Escolar, com mais de 16 anos dedicados à educação básica. Esteve recentemente na Universidade de La Verne, na Califórnia, para estudar um pouco mais sobre Liderança e Coaching e como assessora pedagógica do Programa Líder em Mim, tem ajudado escolas a implementarem e desenvolverem uma cultura de liderança transformadora.

Ouça o RHPraVocê Cast, episódio 138, “O poder das ações em prol do protagonismo feminino” com Edna Vasselo Goldoni, presidente do Instituto Vasselo Goldoni (IVG). Fala sobre difundir o o protagonismo feminino, a sororidade, a equidade de gênero, a diversidade e a reintegração. Criado em 2017, esses são os principais pilares da organização sem fins lucrativos. Durante a pandemia, e com o forte impacto que ela teve na carreira da mulher, nasceu o Programa de Mentoria Para Mulheres “Nós por Elas”. Já em sua 15ª edição, mais de quatro mil mulheres foram beneficiadas no mundo todo. Clique no app abaixo:

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